[Boletim-sbq] Boletim Eletronico No. 603

Luiz Carlos Dias luizsbq em iqm.unicamp.br
Sexta Agosto 26 16:49:50 BRT 2005


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Sociedade Brasileira de Química   BOLETIM ELETRONICO   No. 603
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Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian
Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista
de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América
Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
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Veja nesta edição:

1. Olimpíada Científica da Sociedade Brasileira de Química - SBQ
2. 1o. Congresso Brasileiro de Espectrometria de Massas - BrMASS
3. Prazo envio trabalhos XV Encontro regional de Química
4. Pedido de auxilio coletivo à FAPESP para participação do XV SIBEE
em Londrina
5. Ciência no Brasil: salto de qualidade
6. Brasil no topo do mundo

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1. Olimpíada Científica da Sociedade Brasileira de Química - SBQ
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OLIMPÍADA CIENTÍFICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA
(OLIMPÍADA CIENTÍFICA SBQ)

MUDANÇAS NAS DATAS - OS PRAZOS FORAM PRORROGADOS

A OLIMPÍADA SBQ é um trabalho de difusão de Ciência e Tecnologia,
através da química, entre os jovens.

Itens do regulamento da OLIMPÍADA SBQ.

1) A OLIMPÍADA SBQ tem como objetivos, o reconhecimento e estímulo
da vocação científica em química entre os estudantes do ensino médio
e a difusão da ciência e da tecnologia.

2) Poderão participar da OLIMPÍADA SBQ alunos regularmente matriculados
em escolas públicas ou privadas de ensino médio (1a à 3ª séries) .

3) Tema da OLIMPÍADA SBQ 2005: O tema para a dissertação dos estudantes
de nível médio na OLIMPÍADA SBQ 2005 é:

BIODIESEL: O PROCESSO DE PREPARAÇÃO, IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E AMBIENTAL.

4) Consultas na Internet: 
<http://www.sbq.org.br/>www.sbq.org.br - Química Nova, Vol. 28, No. 1,
19-23, 2005.

– <http://www.biodiesel.gov.br/>www.biodiesel.gov.br – e outros.

5) Seleção na Escola. A Escola deverá organizar uma comissão de
seleção, chamada de: "Comissão de Seleção da Escola", constituída
por Professores de Ciências, com o número máximo possível de
Professores de Química. Da Comissão de Seleção da Escola poderá fazer
parte Profissional de Química de Nível Superior que não pertença à
escola.

6) O que faz a Comissão de Seleção da Escola? A Comissão de Seleção
da Escola abre as inscrições para a OLIMPÍADA SBQ, estabelece data,
organiza o local de realização dos trabalhos, analisa os
trabalhos feitos pelos candidato(a)s e escolhe um candidato para
representar a Escola na OLIMPÍADA SBQ.

7) O trabalho do Candidato. O candidato deverá fazer redação sobre
BIODIESEL, apresentado em texto de três páginas. A redação deve
citar no que o assunto abordado é importante para o avanço da
ciência química e dos processos industriais, ao utilizarem energia
de fonte renovável. Abordar questões como o efeito estufa, seqüestro de
carbono e crédito de carbono.

8) Texto final do aluno. O texto final do aluno deve ser dividido
em três partes:

§ Introdução - Apresentar o tema desenvolvido na redação.

§ Desenvolvimento – Abordar as diferentes partes do tema e apontar
também como e porque o assunto da redação é importante para o
desenvolvimento do Brasil.

§ Conclusão - Com base nos dados da redação, mostrar, de maneira objetiva,
como a química, quando bem utilizada, pode tornar a vida do homem
mais agradável, confortável e segura.

9) Critérios de avaliação. São os seguintes os critérios de avaliação dos
trabalhos dos candidatos:

Apresentação; organização; clareza; capacidade de interpretação;
capacidade de argumentação; coerência das idéias; relevância da
abordagem.

10) Inscrição dos candidatos. Cada Escola poderá inscrever apenas um(a)
candidato(a).

- As inscrições são individuais e deverão ser encaminhadas até o dia
19 de Setembro de 2005, após a seleção procedida pela Escola, para:

Secretaria da Sociedade Brasileira de Química - Instituto de Química
da USP - caixa postal: 26037 cep:05513-970, A/C da Sra. Dirce Campos.

11) Cada inscrição é constituída de:

a) trabalho com o máximo de 3 (três) páginas;

b) ficha/comprovante de inscrição devidamente preenchidos;

c) comprovação de matrícula; e

d) carta de encaminhamento do Diretor da Escola.

12) Ficha de Inscrição

<http://www.sbq.org.br/portal2/olimpiadas/inscricao_olimpiada_sbq.doc>Clique 
aqui para pegar sua ficha de inscrição.

13) DA AVALIAÇÃO FINAL DOS TRABALHOS

Os trabalhos inscritos pelas Escolas serão avaliados pela Comissão
Julgadora da OLIMPÍADA SBQ.

A Comissão Julgadora da OLIMPÍADA SBQ será constituída por 10 membros,
sendo 6 da Diretoria e Conselho Consultivo da SBQ, 2 pertencentes à
Divisão de Ensino da SBQ e 2 representantes das Secretarias
Regionais da SBQ.

14) Resultado da Avaliação: Serão considerados vencedores os 3 (três)
candidatos que, segundo a Comissão Julgadora da OLIMPÍADA SBQ,
apresentarem os melhores trabalhos.

15) Os vencedores receberão diplomas e prêmios de R$2500,00 da
SBQ correspondentes a computadores pessoais. Prêmios idênticos também
serão concedidos aos professores das turmas e às Escolas das quais
os vencedores forem alunos.

16) Datas Importantes:

Prazo Final para Inscrição: 17/10/2005

Divulgação dos Resultados: 05/11/2005

Entrega dos Prêmios e Encerramento da Olimpíada: Dezembro/2005

Antonio Mangrich, Vice-presidente da SBQ.
Coordenador da Olimpíada SBQ.

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2. 1o. Congresso Brasileiro de Espectrometria de Massas - BrMASS
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A Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas convida os
interessados a participarem do 1º Congresso BrMASS, que será realizado
em Campinas, nos dias 20 a 22 de novembro.

Data: 20, 21 e 22 de novembro/2005
Local: The Royal Palm Plaza Hotel Resort Campinas/SP

Descontos nas inscrições: até 22/09/2005
Inscrições pelo site: <http://www.brmass.sbq.org.br/>www.brmass.sbq.org.br

e-mail para maiores informações: 
<mailto:brmass em iqm.unicamp.br>brmass em iqm.unicamp.br
Tel: (019)3788-3460

Fonte: Dr. Renato Haddad
Membro do Comite Organizador do 1 Congresso Brasileiro de
Espectrometria de Massas - BrMASS

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3. Prazo envio trabalhos XV Encontro regional de Química
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Prazo envio trabalhos XV Encontro regional de Química

O prazo para envio dos trabalhos para participação no XV Encontro
Regional de Química- em Ribeirão Preto, SP,  que acontecerá nos dias
10 e 11de outubro de 2005, no Hotel Stream Palace em Ribeirão Preto,
encerra-se dia 03/09/05.

Maiores informações: 
<http://sites.ffclrp.usp.br/erq2005/home.htm>http://sites.ffclrp.usp.br/erq2005/home.htm

E-mail: <mailto:regionalsbq em ffclrp.usp.br>regionalsbq em ffclrp.usp.br

Fonte: Profa. Dra. Adalgisa Rodrigues de Andrade
Departamento de Química- FFCLRP-USP

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4. Pedido de auxilio coletivo à FAPESP para participação do XV SIBEE
em Londrina
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Caros Colegas,

Como ficou decidido, durante a Assembléia da Divisão de Eletroquímica
na Reunião da SBQ deste ano, nós estaremos enviando à FAPESP um pedido
de auxílio coletivo para a participação no SIBEE de Londrina que
ocorrerá em dezembro deste ano.

Desse modo, gostaríamos de informar que estamos aguardando que o
Prof. Dr. Luiz Henrique Dall’Antonia nos envie uma lista com os e.mails
dos pesquisadores do estado de São Paulo que enviaram trabalhos ao
SIBEE 2005 para que possamos entrar em contato com os mesmos solicitando
as informações necessárias para o pedido de auxílio.

Gostaríamos de lembrar que poderão estar incluídos no pedido os
pesquisadores doutores vinculados a uma Instituição do Estado de São
Paulo. Os pesquisadores que recebem benefícios complementares vinculados
a projetos temáticos, jovem pesquisador ou PRONEX da FAPESP não poderão
ser incluídos no pedido.

No pedido poderá ser incluído apenas o nome de um autor por trabalho.
Estaremos recebendo as informações no e.mail: 
<mailto:sibee2005 em iqsc.usp.br>sibee2005 em iqsc.usp.br.
Por gentileza não enviem mensagens para o nosso e.mail institucional
ou particular

Obrigado a todos e em breve entraremos em contato

Profa Lucia Mascaro- DQ- UFSCar
Prof. Arthur de Jesus Motheo – IQSC- USP

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5. Ciência no Brasil: salto de qualidade
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A ciência no país passou por uma revolução nos últimos 20 anos

Eduardo Geraque escreve para a “Agência Fapesp”:

Não existe um indicador quantitativo que revele o contrário. A
ciência brasileira passou por uma revolução nos últimos 20 anos.

O número de trabalhos indexados, por exemplo, cresceu cinco vezes.
Hoje, são produzidos no país e publicados em revistas internacionais
mais de 17 mil artigos por ano.

“Um dos desafios agora deve ser com a qualidade dos trabalhos
realizados”, afirma Eduardo Krieger, pesquisador do Instituto do
Coração da USP e presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC).

“Isso pode começar nos congressos, por exemplo. É preciso que os
trabalhos inscritos passem por seleção bastante crítica”, disse
à ‘Agência Fapesp’.

Krieger, que está em Águas de Lindóia para a 20ª Reunião Anual da
Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), foi também
o primeiro presidente dessa instituição. Coube a ele fazer a
conferência de abertura da reunião na noite de quarta-feira (24/8).

“É o momento de comemorar os 20 anos, mas não de ficar olhando
apenas para o retrovisor”, disse.

Dentro da proposta de elevar a qualidade da ciência brasileira,
Krieger acredita que o caminho mais seguro para isso é o da avaliação
pelos pares.

“Temos que fazer com que os pesquisadores venham aos congressos e
avaliem os trabalhos apresentados pelos alunos mais jovens. Outro
ponto fundamental é premiar os trabalhos que forem considerados os
melhores”, sugere.

Dados apresentados pelo presidente da ABC mostram que os indicadores
de qualidade da ciência do Brasil, apesar de terem aumentado também
nos últimos anos, ainda não chegaram na média internacional. O
Brasil está hoje na 17ª posição do ranking da produção científica,
segundo números de 2000. Apenas 1,33% da ciência global sai do país.

Na área de biomédicas, enquanto o impacto médio de cada país está
em 8,6%, os trabalhos feitos em laboratórios brasileiros são
responsáveis por uma taxa de 3,3%, bem abaixo da média. “Isso mostra
que precisamos dar mais atenção à qualidade da produção científica”,
concluiu Krieger.

Fonte: Agência Fapesp, 26/5

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6. Brasil no topo do mundo
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O economista Cláudio de Moura Castro afirma que não existem três
países no mundo em que a pesquisa científica tenha crescido tanto
quanto no Brasil

A declaração vem acompanhada por números: o país exporta 1% do
comércio internacional e exporta 1,5% da ciência internacional.

Embora os dados sejam animadores, diz que é necessário outro
passo: “Precisamos perder milhares de cérebros, porque essas pessoas
vão fazer a diáspora com quem está aqui”.

Atualmente, Moura Castro é presidente do Conselho Consultivo da
Faculdade Pitágoras, autor de 35 livros e de mais de 300 artigos
científicos. Suas opiniões são polêmicas, sobretudo em relação à
atual política nacional.

Favorável à entrada do capital estrangeiro no sistema educacional
brasileiro e defensor das Universidades com fins lucrativos, ele
esteve em Brasília na última terça-feira, 23 de agosto, para lançar o
livro Crônicas de uma Educação Vacilante (Editora Rocco), seleção de
textos publicados na revista Veja nos últimos dez anos.

A seguir, principais trechos da entrevista que concedeu à Assessoria
de Comunicação do Cespe/UnB:

Podemos ser otimistas em relação ao ensino de nível superior no Brasil?

– Razoavelmente otimistas. Por exemplo, quando me lembro dos meus
colegas de economia e quando vejo as turmas que entraram depois,
posso dizer que os pesquisadores de hoje são muito melhores. O que há é
o seguinte: os bons estão cada vez melhores, mas entrou na
Universidade uma multidão de gente mal preparada. Está entrando
gente virtualmente analfabeta, ou para usar o termo técnico,
analfabeto funcional. Isso também acontece nos EUA, onde você tem uma
proporção de 10% ou 15% de pessoas que entram no ensino superior e
também são analfabetos. Diante da inação do Estado para consertar o
ensino fundamental, isso é um mal menor, porque você conserta no
nível que não era para consertar. Para falar em termos extremos, o
menino entra analfabeto e sai sabendo ler e escrever.

Existe um descaso com o ensino fundamental?

– Totalmente. A década de 1990 foi a única na história do Brasil em
que prestamos atenção e demos prioridade ao ensino fundamental e
médio. E agora, nos anos 2000, nenhum ministro parou e disse “a
grande prioridade deste governo é o ensino fundamental”. Na minha
cabeça, deve ser a única prioridade. O resto é perfumaria. Se você
faz isso, o ensino superior se conserta sozinho.

O Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB)
contribui na redução da distância entre o ensino médio e o superior?

– O PAS tira o fator traumático do vestibular, começa a fazer o
aluno estudar um pouco antes. Não é uma política de inclusão, é uma
solução educativa em vez de ser social, por isso, o Programa nem
ajuda nem atrapalha quem fica de fora. É um modelo que esparrama
pelo tempo, então despolariza aquele trauma, dirige melhor o esforço do
aluno. É uma solução para alunos que, ao se auto definirem com boas
chances de entrar na UnB, já estão descolados do resto.

Como o senhor avalia o projeto de Reforma Universitária concluído pelo
MEC?

– Que reforma?

Não podemos falar em reforma? O projeto elaborado pelo Ministério da
Educação não avança o debate?

– O projeto não tem uma concepção da Universidade que a gente gostaria
de ter daqui a uns anos. Todos os países que fizeram esse exercício,
entre eles Chile, Singapura e Coréia, convergiram no mesmo:
queremos umas poucas Universidades com padrão internacional. São
países que querem dar o salto na educação superior. Se você procura
isso na nossa reforma, não encontrará nem diagnóstico do passado nem
visão do futuro.

Qual é a debilidade do projeto?

– Esse projeto só faz mostrar a xenofobia do Ministério, porque essa
lei não serve para nada. O que acontece? Eles fizeram uma lei que diz
que as instituições com objetivo de lucro só podem ter 30% do capital,
mas esqueceram de ver se existem instituições com objetivo de lucro
fora do Brasil com o perfil de vir para cá.

O que muda em uma Universidade com objetivo de lucro?

– Você não precisa dar satisfação a ninguém. O que significa? São
vantagens de simplificação administrativa, quer dizer, eu pago
imposto e não preciso inventar historinha para ninguém.

O Pitágoras é assim.

O senhor acredita que a reforma será aprovada pelo Congresso Nacional?

– Há uns meses, alguém diria que o Congresso estaria passando por
isso? O fator fundamental é que a reforma do lado público custa mais
de R$ 4 bilhões, porque é o preço de tirar os inativos da folha. Ora,
com muito sacrifício, O MEC conseguiu uma promessa de receber
R$ 3 bilhões da Fundep, agora depois disso vai ganhar mais
R$ 4 bilhões para tirar os inativos? O governo terá coragem de tirar
os inativos? Isso é uma bola de neve incontrolável. Se abrir o
precedente de tirar os inativos do MEC, o que fazer com os outros? Acho
pouco provável que a Fazenda esteja disposta a botar quatro mais
4 bilhões na educação.

Então, o projeto chega a ser inviável?

– Sim, porque é uma autonomia sem prestação de contas, mas também
um apoio financeiro. Se você tira esse apoio, dificilmente as
Universidades públicas vão aceitar essa reforma.

Ou seja, na opinião do senhor a proposta vai fracassar.

– E fazer o quê? Reformar somente o privado? Quer dizer, fazer uma
lei em que todos metem a mão no privado e o dono não manda? É muito
difícil. Você tem cem deputados que, direta ou indiretamente, estão
envolvidos com o ensino privado. Se bem que você nunca sabe o que
esperar do Congresso. Têm coisas que às vezes passam numa votação à
noite, mas neste caso é difícil imaginar.

No ranking das 200 melhores Universidades do mundo não consta
nenhuma instituição brasileira. Estamos tão mal assim?

– Existem críticas aos critérios utilizados nessa pesquisa, mas uma
coisa é certa: o erro metodológico não vai mudar a realidade. Se você
mexer, mexer... não estarão 30 brasileiras.

E as melhores estão nos EUA.

– Os EUA lideram essa lista. Entre as 35 melhores do mundo, cerca
de 20 são americanas. O que os europeus fazem para não perder os seus
melhores pesquisadores para as Universidades americanas é um absurdo.
E sempre foi o destino preferido dos pesquisadores brasileiros.
Tínhamos esse dado nas avaliações que fazíamos para os alunos que
ganhavam bolsa da Capes.

Os pesquisadores brasileiros saem e voltam ao país?

– Voltam, todos. Você não tem três países no mundo em que a ciência
tenha crescido mais que no Brasil. Com exceção da Coréia e talvez
Taiwan e China, que disputam com o Brasil o crescimento da ciência.
Quantos dos 30 países que produzem ciência pertencem ao 3ª mundo?
Supondo que a Coréia não é 3º mundo, só tem Índia e China.

Quais são as características do Brasil em pesquisa?

– Tem uma característica interessante: o Brasil exporta 1% do
comércio internacional e exporta 1,5% da ciência internacional. É
fantástico! O Brasil não perde cientistas. E tem 5% dos pesquisadores
estrangeiros. Quando você põe a perda de cientistas numa tabela,
o Brasil não chega a aparecer nela.

Então, não podemos falar em fuga de cérebros no Brasil.

– Eu falo sempre: a gente precisa perder mais cérebros. Muito mais!
Precisamos perder milhares de cérebros, porque essas pessoas vão fazer
a diáspora com quem está aqui. Precisamos fazer como os coreanos e os
chineses, que estão nos EUA fazendo pesquisa. Ou os indianos, que vão
para lá e contratam os amigos da Índia. O Brasil produz nove mil
doutores por ano e, se perde dez, perde muito. É preciso que as
pessoas trabalhem na Alemanha, na Inglaterra... Porque eles vão mandar
e-mail contando como está a pesquisa por lá e vão convidar os daqui
para seminário, por exemplo. Não perdemos o bastante. Nos três anos
em que fui diretor da Capes, não teve um pesquisador que não voltou.
Nenhum! Na época, a gente ficava satisfeito, mas hoje não penso assim.

Os pesquisadores da Capes assumem o compromisso de voltar ao país.

– É, mas agora precisa ficar mais. Estamos competindo com a Coréia e
os coreanos ficam nos EUA.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Cespe/UnB
JC e-mail 2842, de 26 de Agosto de 2005

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Até nossa próxima edição!!!
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Prof. Luiz Carlos Dias
Editor do Boletim Eletrônico
Sociedade Brasileira de Química - SBQ
e-mail: luizsbq em iqm.unicamp.br