********************************************************************** Sociedade Brasileira de Química BOLETIM ELETRONICO No. 599 ********************************************************************** ______________________________________________________________________ Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da SBQ (http://jbcs.sbq.org.br). ______________________________________________________________________ Veja nesta edição: 1. V SIMPEQ - Simpósio para Profissionais do Ensino de Química 2. III Workshop em Física Molecular e Espectroscopia (III WFME) 3. XV Encontro Regional de Química - Regional SBQ-Araraquara-Ribeirão Preto-São Carlos 4. Medalha Prof. Dr. Waldemar Safiotti 5. CNPq - OF. CIRC. PR. Nº 0502/05 6. Razões para Hiroshima e Nagasaki, artigo de Ricardo Ferreira ********************************************************************** 1. V SIMPEQ - Simpósio para Profissionais do Ensino de Química ********************************************************************** V SIMPEQ - Simpósio para Profissionais do Ensino de Química, dias 9 e 10 de setembro no Instituto de Química da UNICAMP. O SIMPEQ é um evento dirigido para profissionais que estão atuando no Ensino de Química, com a participação de membros da UNICAMP e o apoio do Instituto de Química da UNICAMP, da Regional Campinas da SBQ e das Diretorias de Ensino de Campinas, Região Leste e Região Oeste. Todas as informações sobre o evento, inclusive com ficha de inscrição gratuita on line estão disponíveis em: <http://gpquae.iqm.unicamp.br/simpeq5i.html>http://gpquae.iqm.unicamp.br/simpeq5i.html. Vale lembrar que o evento também se relaciona com um curso de extensão da UNICAMP: ASPECTOS ESCOLARES E CIENTÍFICOS DO CONHECIMENTO QUÍMICO. O curso é gratuito para professores da rede pública e todas as informações sobre o curso (sigla QUI-0030), inclusive para inscrição, estão disponíveis no site da Escola de Extensão da UNICAMP em: <http://www.extecamp.unicamp.br/dados.asp?sigla=QUI-0030&of=001>http://www.extecamp.unicamp.br/dados.asp?sigla=QUI-0030&of=001 Fonte: Adriana Vitorino Rossi ********************************************************************** 2. III Workshop em Física Molecular e Espectroscopia (III WFME) ********************************************************************** III WORKSHOP EM FÍSICA MOLECULAR E ESPECTROSCOPIA (III WFME) 1ª. Circular O III wfme se realizará em Belo Horizonte, nas dependências do Departamento de Física da UFMG, no período de 17 a 19 de Novembro de 2005. Uma versão inicial da página do evento está em <http://tupi.fisica.ufmg.br/wfme/wfme.htm>http://tupi.fisica.ufmg.br/wfme/wfme.htm, contendo mais informações sobre o mesmo. Essa página estará sendo periodicamente atualizada. O programa constará de palestras de caráter reflexivo, comunicações orais e seção de painéis. A ênfase na interação teórico-experimental em Espectroscopia Molecular será mantida. O sucesso dos encontros anteriores realizados em Niterói nos anima a prever que esse evento vai progressivamente se transformar em referência nacional da comunidade de Física Atômica e Molecular. Para confirmar essa previsão, convidamos a comunidade a apoiar o evento na sua terceira edição, inclusive divulgando o mesmo em seu departamento. O número de participantes estará limitado a (algo em torno de) 60. Estaremos negociando com os organizadores do SBQT o transporte direto, no caso de haver interesse de pernoitar em BH entre os dias 19 e 20. Nesse ano determinamos uma taxa de inscrição de R$ 45,00 para estudantes e R$ 90,00 para pesquisadores. Essa taxa tem o objetivo de cobrir o custeio da organização. Em princípio, as despesas de transporte e hospedagem e alimentação ficam por conta do participante. Por outro lado, estamos tentando auxílio para quem o necessitar, nas diversas agências, tentando cobrir ao máximo as despesas dos participantes. Até agora temos uma recomendação do CA do CNPq que cobriria no máximo 30% do custo previsto. No entanto, notem que o CNPq não permite auxílio a quem recebe grant ou taxa de bancada. Portanto solicitamos que os inscritos tentem auxílio individual. Para dúvidas sobre pedidos coletivos de auxílio, por favor, contate o membro local do comitê, quando houver. Estaremos também negociando hospedagem e alimentação a custo reduzido. Existe a possibilidade de organizarmos um passeio a Ouro Preto e Mariana ao final do evento, após o almoço do dia 19. Na inscrição você deve apenas informar seu interesse em participar ou não do mesmo. Em caso positivo você poderá pagar o valor correspondente ao transporte e jantar (comida mineira) ao se registrar no dia, 17/11. As instruções para INSCRIÇÃO e para confecção do RESUMO podem ser enviando e-mail para <http://tupi.fisica.ufmg.br/cgi-bin/openwebmail/openwebmail-viewatt.pl/rachid@fisica.ufmg.br>rachid em fisica.ufmg.br (Prof. Jose Rachid Mohallem, presidente do comitê organizador). Aguardamos sua presença em BH. Comitê Organizador Fonte: Antonio Carlos Borin Instituto de Química ********************************************************************** 3. XV Encontro Regional de Química - Regional SBQ-Araraquara-Ribeirão Preto-São Carlos ********************************************************************** O XV Encontro Regional de Química estará discutindo a Pesquisa e Ensino de Química em nossa Região. Será realizado em Ribeirão Preto, nos dias 10 e 11 de outubro. O prazo para a submissão de trabalhos ao XV Encontro Regional encerra-se dia 03 de setembro de 2005. Os detalhes para submissão dos trabalhos, datas e procedimentos estão divulgados na página do Encontro: <http://sites.ffclrp.usp.br/erq2005/home.htm>http://sites.ffclrp.usp.br/erq2005/home.htm Visite a página e faça sua inscrição. Mais informações com o a secretaria Regional da SBQ-Araraquara-Ribeirão Preto-São Carlos: <mailto:regionalsbq em ffclrp.usp.br>regionalsbq em ffclrp.usp.br Fonte: Profa. Dra. Adalgisa Rodrigues de Andrade Departamento de Química- FFCLRP-USP ********************************************************************** 4. Medalha Prof. Dr. Waldemar Safiotti ********************************************************************** O XV Encontro Regional de Química em Ribeirão Preto estará atribuíndo a medalha Prof. Dr. Waldemar Safiotti. Esta medalha foi instituída com o objetivo de homenagear pessoas atuantes, inovadoras e que tenham contribuído para o desenvolvimento da Química em nossa Regional. Convidamos a todos os sócios da SBQ-Regional Araraquara-Ribierão Preto e São Carlos que visitem o site do Congresso e façam a indicação de pessoas com o perfil acima. <http://sites.ffclrp.usp.br/erq2005/home.htm>http://sites.ffclrp.usp.br/erq2005/home.htm Maiores informações <mailto:regionalsbq em ffclrp.usp.br>regionalsbq em ffclrp.usp.br Aguardamos a sua indicação: Profa. Dra. Adalgisa Rodrigues de Andrade Departamento de Química- FFCLRP-USP ********************************************************************** 5. CNPq - OF. CIRC. PR. Nº 0502/05 ********************************************************************** OF. CIRC. PR. Nº 0502/05 Brasília, 10 de agosto de 2005 Prezados pesquisadora e pesquisador do CNPq, Quero transmitir-lhes cópia da carta que enviei ao JC E-mail, em 09/8/05, sobre os problemas de avaliação de bolsas e auxílios pelos Comitês Assessores do CNPq. Atenciosamente, ERNEY PLESSMANN CAMARGO Presidente Carta enviada ao JC E-mail, em 09/8/05 Reiteradamente, neste ou em outros jornais, pesquisadores reclamam ao CNPq ou do CNPq sobre vários aspectos das avaliações de bolsas de produtividade e dos auxílios concedidos ou negados pelos Comitês de Assessoramento (CAs). Alguns chegam a propor intervenção direta da administração nos CAs. Ao início de nossa gestão anunciamos à comunidade científica que toda decisão de mérito sobre pedidos de auxílios e de bolsas de produtividade em pesquisa passariam a ser totalmente delegadas à comunidade científica por meio de seus representantes legais, os membros dos CAs. Ou seja, em nenhum momento a administração efetuaria concessões de mérito não referendadas pelos CAs ou por comitês assessores específicos. Essa proposição tem sido seguida até hoje. Em contrapartida, estabelecemos que a composição e critérios dos Cas deveriam ser públicos, transparentes e acessíveis nas páginas do CNPq na Internet. Essa proposição também tem sido rigorosamente seguida até hoje. Aparentemente, alguns pesquisadores se recusam a aceitar as decisões dos Cas como decisões soberanas de seus pares e preferem atribui-las à administração, o que não corresponde à realidade. Por outro lado entendo que os CAs, quando questionados, deveriam vir a público esclarecer seus critérios e decisões junto à comunidade. A reivindicação da comunidade para que a administração não se envolvesse em questões de mérito teve suas origens há décadas e atingiu maior força durante e imediatamente após o regime militar. Acho que progressivamente a comunidade científica foi atingindo esse objetivo e a atual administração do CNPq considera gratificante ter contribuído para atingi-lo. Embora o modelo de avaliação de mérito por pares seja o mais adequado e reivindicado por toda a comunidade científica em nível mundial, ele não é isento de erros que, eventualmente, podem até ser graves. Mas, por outro lado, são erros passíveis de correção. Os problemas da avaliação situam-se em dois patamares distintos. Um, diz respeito ao próprio conceito da avaliação e seus critérios. Outro, diz respeito à aderência pelos avaliadores aos critérios adotados, sejam eles quais forem. Em ambos os casos a administração tem subsidiado e participado Ativamente do processo. Com relação ao primeiro, o Conselho Deliberativo do CNPq, que é a Instância superior da instituição, tem alertado os CAs quanto aos riscos da excessiva quantificação da produção científica. Ao mesmo tempo, o CD vem desestimulando a adoção de algoritmos de avaliação e instando para que se dê considerável peso a aspectos qualitativos que incluiriam a importância do pesquisador em sua área de atuação. Na visão do CD, aspectos qualitativos e quantitativos não são excludentes, sendo que os primeiros poderiam ser adequadamente subsidiados pelos últimos. Para ajudar nesse aspecto, o Conselho Deliberativo do CNPq criou, há algum tempo, uma Comissão para acompanhamento e análise dos critérios de avaliação dos CAs. Esta comissão está em pleno funcionamento e é para ela que a Presidência tem reencaminhado os e-mails que lhe são dirigidos. A comissão também pode ser contatada diretamente no endereço cd em cnpq.br. Com relação ao segundo patamar, o CNPq constituiu uma equipe de funcionários de nível superior para acompanhar e assessorar os CAs quanto a eventuais discordâncias entre os critérios expressos pelos próprios CAs nas páginas do CNPq e sua aplicação em casos específicos. Essas discordâncias existem e, embora se procure evitá-las ao máximo, elas podem ocorrer e ocorrem. Para esses casos, montamos toda uma cadeia de recursos contra decisões que os pesquisadores considerem incorretas. Esse sistema de recursos vem funcionando com eficiência e rapidez e só este ano já analisamos e demos provimento a centenas de recursos. Portanto, a administração do CNPq vem adotando as medidas que lhe competem para o aperfeiçoamento do sistema, mas não tem a mínima intenção de substituir a avaliação de pares por decisões administrativas. Alguns pesquisadores me têm escrito sobre aspectos gerais ou específicos do tema geral da avaliação. Outros têm usado as páginas deste jornal para expressar suas opiniões (edição de 29/07 e 02/08). Certamente há e haverá muitas outras opiniões diversas, o que é saudável. O que não é saudável, porém, é que se cobre da administração interferência ou intervenção nos critérios e decisões dos CAs. Isto representaria um retrocesso a um passado inaceitável que a comunidade lutou para superar. Não obstante, recebemos com relativa freqüência, ou vemos publicados em veículos de divulgação, apelos ou convites para que a administração ignore decisões dos CAs e assuma ela a decisão de mérito. A presente administração não endossará ou participará de tal retrocesso. Entendemos, porém, que o CNPq e a comunidade científica devam partir juntas para um aperfeiçoamento do sistema de avaliação que contemple, como deseja o CD, tanto aspectos quantitativos como qualitativos da vida acadêmica. Entendemos também que o momento está maduro para que sejam discutidos os conceitos e critérios de avaliação em produtividade científica e que a comunidade e as sociedades científicas deveriam participar ativamente desse processo juntamente com seus representantes nos CAs. A administração e o Conselho Deliberativo do CNPq receberiam como muito positiva essa colaboração. Atenciosamente, Erney Plessmann Camargo Presidente ********************************************************************** 6. Razões para Hiroshima e Nagasaki, artigo de Ricardo Ferreira ********************************************************************** Identificar as razões de um lance no jogo político-econômico internacional está sujeito a erros, muito mais do que aponta para fatos Nos 60 anos da destruição de Hiroshima (6/8) e Nagasaki (9/8) é razoável esperar que muitas pessoas voltem a perguntar: Por que? O governo americano sempre afirmou que as bombas atômicas foram usadas contra aquelas cidades japonesas para apressar a derrota do Japão, inclusive porque o prolongamento da guerra forçaria a invasão daquele país por forças americanas, com grandes baixas entre os militares dos EUA. Teria mesmo sido esta a razão principal para o uso daquelas terríveis armas contra as populações das duas cidades? Afinal, o Governo Bush também declarou que o Iraque possuía armas de destruição em massa. Já na famosa carta de Einstein para o Presidente Roosevelt, em agosto de 1939, fica claro que a grande preocupação dos cientistas na América, muitos dos quais depois se engajaram no Projeto Manhattan, era com a possibilidade de uma bomba de fissão de urânio vir a ser construída pela Alemanha de Hitler. Alguns dos pesquisadores do projeto perceberam, por volta de 1944, que a Alemanha não teria condições de produzir bombas atômicas. John Rotblat e Edward Condon, por exemplo, retiraram-se voluntariamente do projeto por esta razão. De fato, em 8 de maio de 1945 a Alemanha se rendeu incondicionalmente, e foi ocupada pelas forças aliadas e aquelas da União Soviética. Em função destes acontecimentos, em junho de 1945 um grupo de cientistas do Projeto Manhattan, liderados pelo grande físico James Franck, escreveu um memorial em que pediam que a bomba atômica não fosse utilizada contra alvos no Japão, mas que primeiro se fizesse uma demonstração da capacidade devastadora da bomba em uma ilha deserta do pacífico, à qual seriam convidados emissários japoneses. O Relatório Franck (como passou a ser chamado) foi entregue a J. R. Oppenheimer, diretor científico do projeto, que o encaminhou ao Governo em Washington. Mas o plano foi rejeitado pelo presidente Truman, que o considerou inexeqüível. E, realmente, depois da primeira bomba ter sido testada em Alamogordo, perto de Los Alamos, em julho, as duas cidades japonesas foram obliteradas. Em 2 de Setembro os representantes japoneses assinaram a rendição, na Baia de Tokyo. Em 1947 o grande físico inglês Patrick M. S. Blackett (1897-1974) escreveu um livro “As Conseqüências Militares e Políticas da Energia Atômica”, no qual defende uma outra explicação para a decisão americana de utilizar as bombas atômicas contra o Japão. Entre os físicos Blackett (Prêmio Nobel de 1948) é conhecido por suas grandes descobertas nas reações nucleares, estudadas com a câmara de Wilson, pela construção da câmara de Wilson com disparos automatizados (trabalho que contou com a colaboração de G.P.S.Occhialini, cuja memória é tão cara aos físicos brasileiros), e por suas pesquisas sobre o magnetismo terrestre. A conclusão de Blackett é, textualmente (p. 127 do referido livro): “Chegamos à conclusão que a utilização das bombas atômicas (contra o Japão) não foi de fato, o último ato militar da Segunda Guerra Mundial, mas o primeiro ato de Guerra Diplomática que começava contra a Rússia”. Segundo Blackett, várias ações de guerra efetuadas no fim do conflito com a Alemanha já visavam mais prejudicar os aliados russos de que os inimigos nazistas. Assim foi, por exemplo, o terrível bombardeio aéreo que destruiu a fábrica de armas Skoda na Checoslováquia, em 25 de abril de 1945, cinco dias apenas antes do suicídio de Hitler. Acontece que o Exercito Vermelho avançava vitoriosamente para ocupar aquele país, e os americanos quiseram evitar que os russos se apossassem da fábrica. Blackett então comenta que na Reunião de Yalta (fevereiro de 1945), entre os Aliados Ocidentais e a Rússia, ficou acertado que as forças deste último país, que não estava ainda em guerra com o Japão atacariam as forças japonesas na Mandchuria três meses depois da derrota alemã. E realmente, em 8 de agosto de 45, os russos começaram sua ofensiva contra os japoneses no continente asiático. Mas, tendo bombardeado atomicamente Hiroshima já em 6 de agosto, a derrota japonesa foi tão precipitada que os americanos puderam rejeitar a proposta russa, muito coerente, de dividir a ocupação do Japão, como estavam fazendo na Alemanha. Este foi realmente uma grande vitória estratégica dos americanos na luta pela Ásia. Mesmo porque eles não contavam com a derrota final de Chiang-Kai-Chek na China, em 1949. Identificar as razões de um lance no jogo político-econômico internacional está sujeito a erros, muito mais do que apontar para fatos. Mas a opinião de Blackett merece ser conhecida pelas novas gerações, por ser apoiada em fatos (como a coincidência das datas entre o prometido pela União Soviética e a bomba de Hiroshima) e pela reputação imaculada do grande físico inglês. Nota do Editor: Ricardo Ferreira é professor do Departamento de Química da UFPE. Artigo publicado no JC e-mail 2831, de 11 de Agosto de 2005. ====================================================================== Contribuições devem ser enviadas para o Editor do Boletim Eletrônico da SBQ: Luizsbq em iqm.unicamp.br http://www.sbq.org.br Até nossa próxima edição!!! ====================================================================== _________________________________________________________ Prof. Luiz Carlos Dias Editor do Boletim Eletrônico Sociedade Brasileira de Química - SBQ e-mail: luizsbq em iqm.unicamp.br