[Boletim-sbq] Boletim Eletronico No. 584
Luiz Carlos Dias luizsbq em iqm.unicamp.br
Segunda Junho 13 10:43:16 BRST 2005
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SBQ - BIENIO (2004/2006) BOLETIM ELETRONICO No. 584
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Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian
Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista
de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América
Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
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"DIA NACIONAL DO QUIMICO, 18 DE JUNHO"
OS MEMBROS DA DIRETORIA E DO CONSELHO CONSULTIVO DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE QUÍMICA - SBQ E O EDITOR DO BOLETIM ELETRÔNICO DA
SBQ, CUMPRIMENTAM TODOS OS QUÍMICOS DO BRASIL PELO PASSAGEM DO
DIA NACIONAL DO QUIMICO, NO PRÓXIMO SÁBADO, DIA 18 DE JUNHO.
PARABÉNS A TODOS OS COLEGAS QUÍMICOS!!!
Veja nesta edição:
1. Oportunidade em nanotecnologia de polímeros
2. 11th BMOS - Prazo final para pedido coletivo de auxílio
participação!
3. IV Jornadas Internacionales para la Enseñanza Preuniversitaria y
Universitaria de la Química
4. Evando Mirra: "A prática científica, superando todos os obstáculos,
vai se consolidando entre nós"
5. Pesquisas nos EUA: Um em três cientistas admite má-fé
6. Portal de periódicos da Capes investe em melhorias
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1. Oportunidade em nanotecnologia de polímeros
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"Oportunidade em nanotecnologia de polímeros: existe uma vaga para
pesquisador, em nanotecnologia de polímeros, no laboratório do Prof.
Fernando Galembeck. Essa vaga foi aberta devido à contratação da
pesquisadora que a ocupava, por uma das principais petroquímicas
brasileiras.
Os interessados devem enviar mensagens com currículo para
<fernagal em iqm.unicamp.br>
Fernando Galembeck
IQ-UNICAMP
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2. 11th BMOS - Prazo final para pedido coletivo de auxílio
participação!
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Prezado Professor/Pesquisador,
O prazo para o pedido coletivo de Auxílio para a participação de
pesquisadores do Estado de São Paulo no 11th Brazilian Meeting on
Organic Chemistry encerra no dia 15 de junho de 2005,
quarta-feira/12:00hs.
Portanto, se for de seu interesse mande os seguintes documentos
Relacionados abaixo para o e-mail leandroh em iq.usp.br.
- resumo do trabalho a ser apresentado;
- comprovante do aceite do trabalho;
- titulação e filiação institucional.
Itens financiáveis:
- Passagem individual;
- Diárias;
Atenciosamente.
Leandro Helgueira de Andrade
e-mail: leandroh em iq.usp.br
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3. IV Jornadas Internacionales para la Enseñanza Preuniversitaria y
Universitaria de la Química
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IV Jornadas Internacionales para la Enseñanza Preuniversitaria y
Universitaria de la Química
15 a 18 de novembro de 2005
Mérida, Yucatán, México
TEMA:
" O ensino e a aprendizagem da Química, para uma educação melhor"
TÓPICOS:
1 - A dimensão social da educação química
2 - Impacto da investigação educacional no ensino e na aprendizagem
da Química
3 - Geração e desenvolvimento curricular
4 - Formação e atualização de professores
5 - Experiências metodológicas e didáticas no ensino de Química
6 - Avaliação da aprendizagem
Data para submissão de trabalhos: 30 de junho de 2005
Maiores informações:
http://www.cneq.unam.mx/jornadas/default.htm
Fonte: Prof. Dr. Romeu C. Rocha Filho
Departamento de Química
Universidade Federal de São Carlos
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4. Evando Mirra: "A prática científica, superando todos os obstáculos,
vai se consolidando entre nós"
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"A ciência no Brasil está ingressando de pleno direito no quadro
daqueles que, na escala planetária, aportam sua parcela à
construção do acervo de conhecimento"
Leia a íntegra do discurso de Evando Mirra de Paula e Silva,
presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos e ex-presidente
do CNPq, que falou em nome dos novos acadêmicos na cerimônia de
posse da ABC realizada na última quarta-feira, no RJ:
"Agradeço, sensibilizado, o convite para assumir a palavra em nome
daqueles que são hoje recebidos pela Academia, nessa bela cerimônia
que sustenta um dos segredos da vitalidade desta Instituição: a
reafirmação da sua continuidade, celebrada no ritual da sua renovação.
Fomos eleitos pela Academia. Sabemos o valor deste voto.
Sabemos também a responsabilidade que ele implica. Conhecemos a
missão civilizadora da Academia, seu papel determinante na implantação
e na sustentação do empreendimento científico nas culturas.
Seria assim imensa, em qualquer época, a honra que sentiríamos ao
sermos acolhidos nesta Casa.
Mas a alegria e o entusiasmo se multiplicam neste momento em que se
cruzam um processo de amadurecimento da ciência brasileira, talvez
sem precedentes, e uma recriação do papel da Academia, que afirma
a sua capacidade inovadora e seu poder de articulação, tanto na
institucionalização da competência científica, quanto na inserção
do país no plano internacional.
A prática científica, superando todos os obstáculos, vai se
consolidando entre nós.
Mais do que os números, que conhecemos, indicadores de
crescimento da produção científica e tecnológica nas nossas
Universidades, nos nossos institutos, é a sua realidade palpável,
nos seus processos e nos seus produtos, no diálogo que se amplia
a cada dia com segmentos mais amplos da sociedade, na presença
dos pesquisadores brasileiros nos organismos internacionais, no
espaço político que ganha hoje a ciência brasileira, é esta
existência tangível que ganha corpo entre nós.
É justo dizer que, no espaço internacional da pesquisa, deixamos de
ser aqueles seres improváveis, um pouco mais do que figurantes, um
pouco menos do que personagens.
Estamos ingressando de pleno direito no quadro daqueles que, na
escala planetária, aportam sua parcela à construção do acervo
de conhecimento.
Mas sabemos também o quanto são vulneráveis essas conquistas, o
quanto devem ser permanentemente confirmadas e, mais ainda, o quanto
estamos distantes do que queremos ser, do que podemos ser, do
que devemos ser.
É nesta agenda de transformação que se inscreve o papel singular da
Academia, com o peso de sua autoridade, sua função de referência, seu
lugar privilegiado no encontro da ciência com a nação e na projeção
da nação entre as nações.
O Seminário da Academia, realizado nestes dois dias, já explicitou -
sintomaticamente - boa parte desta agenda.
Dentre suas tarefas mais centrais eu insistiria na necessidade
imperiosa de acelerar nossa capacidade de transformar informação
em conhecimento, transformar conhecimento em compromisso e mobilizar
toda esta aventura humana para o crescimento sustentável, para a
geração de riqueza, para uma sociedade mais igualitária, para uma
vida mais digna e muito mais interessante.
Sabemos que não é uma utopia ociosa, pois já demonstramos que somos
capazes de fazê-lo. Mas é preciso superar a pequena escala, ir além
do efeito local, da dispersão em ilhas, do gesto heróico que
ainda o configura. É preciso expandir a cultura de inovação.
É preciso compreender melhor aquilo que já está acontecendo, para
transformá-lo, com todas as divergências e os saudáveis desencontros,
em um tumultuado e convergente mutirão de todos.
Insisto nas virtudes do diverso e do contraditório. Exercitados,
pela prática da pesquisa, na dúvida metódica e nas artes da
contestação; temperados, pelo trabalho em condições freqüentemente
incertas, nas artes da superação dos obstáculos, estamos plenamente
capacitados para enfrentar a construção na controvérsia.
Navegadores da bruma e da incerteza, temos lastro para levar a cabo a
aposta radical no risco, na inteligência e no conhecimento.
E insisto também na virtude integradora desse movimento, que
percorre todos os recantos da malha do saber, que exige
freqüentação ativa das fronteiras do conhecimento, proficiência
nas técnicas e desenvoltura nas aplicações.
Que exige o diálogo entre disciplinas e, além das disciplinas, o
olhar indagador e atento para o mundo em que nos encontramos. E é
necessário que este movimento se propague além dos contornos
das comunidades de pesquisa, dos ambientes de produção, que
implique um processo coletivo de aprendizado, que diga respeita a
toda a cidadania.
É nesta agenda que nos engajamos, nós, novos membros da
Academia, convidados a participar deste ambiente estimulante e
oferecer o nosso esforço nesse embate desafiador.
Viemos de horizontes distintos, das Ciências Matemáticas, Físicas
e Químicas; das Ciências da Terra, da Engenharia, da Saúde; das
Ciências Biológicas, Biomédicas; das Humanas, das Agrárias; do país e
do Exterior. Mas, aqui, as diferenças aproximam.
E é nessa vontade múltipla e convergente que este mosaico de
trajetórias e de posturas intelectuais se coloca à disposição do
empreendimento comum.
Este é para nós um momento de festa e um momento de agradecimento.
Agradecemos àqueles que nos acolhem pela distinção que nos fazem e
pela generosidade com que o fazem.
Agradecemos àqueles com quem construímos nosso itinerário científico
e compartilhamos nossos sonhos: nossos mestres, nossos colegas,
nossos alunos, as instituições por que passamos.
E agradecemos carinhosamente às nossas famílias a extensão humana e o
valor do afeto que nos trouxeram até aqui.
Atribui-se às vezes um significado emblemático às datas. Se assim for,
nosso ingresso na Academia se faz sob bons auspícios. Porque o 8 de
junho é dia rico em evocações para as histórias de ciência,
tecnologia e inovação.
Podemos lembrar, de início, uma saborosa inovação que aniversaria hoje.
A invenção que lhe deu origem é muito mais antiga, mas a inovação
(no sentido próprio de novo processo ou produto levado ao
mercado, melhor ainda, conhecimento levado ao mercado, introdução de
uma tecnologia na prática social), é mais recente.
Hoje aniversaria o sorvete... Sua apresentação pública ruidosa se
deu no Café Procope, em Paris. E, nas Américas, o sorvete seria
democraticamente oferecido ao público pela primeira vez, em Nova York,
em 8 de junho de 1786...
Mas foi também em 8 de junho, em 1637, que Descartes publicou o
Discours de la Méthode, o Discurso sobre o Método, o texto fundador
que conhecemos.
Descartes, menos cartesiano do que seus paladinos, teve a grandeza de
nos ensinar tanto pela fulguração do gênio quanto pela generosidade
de seus erros.
E nos legou a dúvida metódica e o eixo emotivo e intelectual da
reflexão que marcaram tão profundamente o espaço mental do novo tempo.
E, mais próximo de nós, em 8 de junho de 1992, foi criada a Comissão
das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, nesta cidade
do RJ, uma das mais importantes conquistas da Cúpula da Terra,
processo no qual a Academia Brasileira de Ciências teve participação
fundamental, e em cujos desdobramentos continua a ter participação
fundamental.
Estes três acontecimentos singulares e díspares, uma inovação que
suaviza nossas vidas, uma reflexão que procura os caminhos da
verdade e um evento emblemático do lugar do cientista nas lutas do
seu tempo, nós os percebemos como sinais do ânimo que nos inspira e
do compromisso que reafirmamos aqui, em nosso ingresso na Academia.
Muito obrigado."
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5. Pesquisas nos EUA: Um em três cientistas admite má-fé
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Um em três cientistas admite má-fé
Pesquisa feita nos EUA identifica as condutas inapropriadas mais comuns
Numa pesquisa feita nos EUA com mais de 3.000 cientistas ligados à
área médica, um terço deles admitiu, sob condição de anonimato,
que cometeu alguma improbidade em seus estudos nos últimos três anos.
Os resultados, levando em conta que muitos devem ter optado por omitir
suas mazelas com medo de que fossem descobertos, são tidos como
conservadores pelos realizadores do estudo.
Ainda assim, apontam que os pequenos casos de fraude e
adulteração, em geral despercebidos, podem causar mais danos à
credibilidade da ciência do que os grandes e escandalosos casos de
fraude, que acabam indo parar nos jornais.
O estudo foi realizado com pesquisadores dos NIH (Institutos
Nacionais de Saúde) dos EUA. De todos os formulários
distribuídos, 3.247 foram devolvidos com respostas utilizáveis. Eles
foram divididos em acadêmicos em início de carreira e em meio de
carreira.
Curiosamente, os pesquisadores experientes (média etária de 44 anos)
se mostraram menos éticos que seus colegas principiantes (com, em
média, 35 anos).
"Embora possamos apenas especular sobre as diferenças observadas
entre os grupos, há várias explicações plausíveis", argumentam
Brian Martinson, da HealthPartners Research Foundation, e Melissa
Anderson e Raymond de Vries, da Universidade de Minnesota,
responsáveis pelo levantamento, divulgado na edição de hoje da
revista científica britânica "Nature" (http://www.nature.com).
O trio aponta como possíveis razões o fato de que os cientistas
mais experientes já conhecem melhor o sistema e têm menos medo de
serem pegos, ou o fato de que cientistas mais jovens se delataram
menos nos formulários, com medo de serem expostos.
Os questionários continham 16 perguntas do tipo "sim ou não",
dizendo respeito a diferentes tipos de má-conduta na qual o
cientista poderia ter incorrido nos últimos três anos -que iam da
mais inofensiva delas, Nº 16 ("Você manteve registros inadequados de
suas pesquisas?"), à mais escabrosa, Nº 1 ("Você falsificou ou
"fabricou" dados de pesquisa?").
"A pergunta mais condenadora foi a de número dez", avalia
Adriane Fugh-Berman, pesquisadora americana que recentemente
denunciou um caso de "ghost-writing" (recrutamento de cientistas para
assumir a autoria de um estudo e ocultar os interesses dos
redatores originais) envolvendo a gigante farmacêutica britânica
AstraZeneca.
A questão Nº10 era: "Você mudou o projeto, a metodologia ou os
resultados de um estudo em resposta a pressões de uma fonte de
financiamento?". Entre todos os pesquisadores, 15,5% admitiram
ter feito isso. Excetuando a quase inofensiva pergunta dos
"registros inadequados", essa foi a que obteve maior resposta.
"Omitir detalhes de metodologia ou resultados se o pesquisador
decide fazer isso é uma coisa, outra é se uma companhia farmacêutica
decide isso", diz Fugh-Berman, dizendo que sentiu falta de mais
perguntas sobre influências das fontes de financiamento e
demonstrando pouca surpresa pelos números obtidos: "A única parte
surpreendente da pesquisa é que eles sejam tão baixos".
Admitindo que até mesmo os maiores números tendem a ser
estimativas conservadoras, baseadas em auto-admissão anônima, os
autores acham que os resultados preocupam. Argumentam que essas
"pequenas" mazelas do dia-a-dia científico podem ser até mais graves
do que os grandes casos de fraude que, vez por outra, ganham
destaque na imprensa.
"Pouca atenção se deu até agora ao papel do ambiente de pesquisa
como um todo no comprometimento da integridade científica",
conclui o trio.
"É hora de a comunidade científica considerar quais aspectos desse
ambiente são mais importantes para a integridade de pesquisas,
quais aspectos são mais suscetíveis a mudanças, e quais mudanças
serão as mais frutíferas para garantir a integridade na ciência."
Fonte: Folha de SP, 9/6
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6. Portal de periódicos da Capes investe em melhorias
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Novas bases de dados e de patentes, plataformas e serviços de
pesquisa dos conteúdos foram incorporadas ao Portal
As novas aquisições são a SciFinder Scholar (Chemical Abstracts),
SportDiscus, INSPEC via SilverPlatter, CrossRef, e Derwent Innovations
Index.
Criado pela Capes em novembro de 2000, para universalizar o acesso à
informação no meio acadêmico-científico, o Portal é atualmente
o maior banco de informações científicas da América Latina, atendendo
152 instituições.
Segundo informações do diretor de Programas da Capes, José Fernandes
de Lima, os novos produtos complementam o serviço que já é oferecido
e fortalecem esse instrumento essencial para o ensino e a pesquisa
científica nacional.
"O fato de estarmos adquirindo novas bases é o atestado de que
investimos para que o portal se fortaleça cada vez mais. Esta é uma
decisão da diretoria da Capes", salienta.
O diretor adianta que a aquisição da SciFinder Scholar (Chemical
Abstracts), principal base de dados bibliográfica e de substâncias
na área de química, atende a uma demanda da comunidade científica.
"Trata-se de uma base da maior importância, que será
utilizada não só pelos profissionais da química, mas também de
áreas como farmácia, medicina, agricultura, porque permite a busca de
fórmulas e reações químicas".
Outra das melhorias introduzidas no Portal é o acesso à base de
Patentes Derwent Innovations Index (DII), em parceria da Capes com
o MCT