[Boletim-sbq] Boletim Eletronico No. 576

Luiz Carlos Dias luizsbq em iqm.unicamp.br
Sexta Maio 13 12:08:55 BRST 2005


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SBQ - BIENIO (2004/2006)      BOLETIM ELETRONICO      No. 576
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Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian 
Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista 
de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América 
Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da 
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
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Veja nesta edição:

1. Comemoração das 1000 Teses do IQ da UFRJ
2. Concurso Público para preenchimento de uma vaga para Professor
Assistente, Departamento de Físico-Química - IQ-Unesp
3. Concurso para professor adjunto - Departamento de Química/ICEx-UFMG
4. Concurso para Doutor em Química na Universidade Federal do Rio 
Grande, FURG, Rio Grande-RS
5. Mestrado em Tecnologia Ambiental na UNISC
6. São as moléculas constituídas por átomos conectados por ligações 
químicas?, artigo de Ricardo Ferreira
7. Produção científica cresce 54% no país
8. Ciência brasileira cresce também em qualidade
9. Argentina: maior evasão de cientistas da América Latina

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1. Comemoração das 1000 Teses do IQ da UFRJ
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A Diretoria do Instituto de Química da UFRJ tem o prazer de convidar 
aos membros da comunidade científica para a comemoração das 1000 
Teses do IQ da UFRJ, que será realizada no dia 18 de maio de 2005, 
as 13:30 horas, conforme programação no site: http://www.iq.ufrj.br

Atenciosamente,

Graciela Arbilla de Klachquin

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2. Concurso Público para preenchimento de uma vaga para Professor
Assistente, Departamento de Físico-Química - IQ-Unesp
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Estão abertas as inscrições, no período de 16/05/2005 à 31/05/2005 no
horário das 9 às 11 horas e das 14 às 16 horas 30 minutos, na
Seção Técnica de Desenvolvimento e Administração de Recursos Humanos,
à Rua Professor Francisco Degni, s/no, Instituto de Química de 
Araraquara - SP, para o Concurso Público de Provas e Títulos
para preenchimento de uma função de Professor Assistente, em 
Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa - RDIDP, sob o 
Regime Jurídico da CLT e Legislação Complementar, junto ao 
Departamento de Físico-Química do Instituto de Química do Campus
de Araraquara, no conjunto de disciplinas de Física I, II, III e IV. 

O concurso destina-se ao preenchimento da função de Professor 
Assistente, por tempo indeterminado e até que seja provido o cargo
de Professor Assistente no conjunto de disciplinas objeto deste 
concurso.

Área de Concentração: Física

TITULAÇÃO EXIGIDA: Doutorado em Física e áreas afins

Para maiores informações:
http://www.iq.unesp.br/concurso/edital-prof-assistente-fisica.doc

Fonte: Carolina Regina Ramos Teixeira 

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3. Concurso para professor adjunto - Departamento de Química/ICEx-UFMG
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CONCURSO PARA PROFESSOR ADJUNTO 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - ICEx - UFMG
 
Estão abertas as inscrições para Concursos de Professores Adjuntos 
para as áreas de Química Analítica, Química Inorgânica e Química 
Orgânica, sendo 01 (uma) vaga para cada área, para o 
Departamento de Química. 
 
Conforme edital publicado no Diário Oficial da União abaixo:
 
<!ID667760-0> EDITAL Nº 51, DE 6 DE MAIO DE 2005

Maiores informações:

31 3499 5810 (Sec. Geral - ICEx)
31 3499 5710 (Dep. Química)

Fonte: Prof. Fernando Barboza Egreja Filho
Dep. Química - ICEx - UFMG
31 3499 5756

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4. Concurso para Doutor em Química na Universidade Federal do Rio 
Grande, FURG, Rio Grande-RS
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Concurso para Doutor em Química, área de concentração Quimica 
Inorgânica ou áreas a fins, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE, 
FURG, RIO GRANDE-RS.

O endereço específico do edital é o seguinte:
http://www.furg.br/furg/concur/edital10-2005-efetivo.htm

Informaçoes também podem ser obtidas na página da FURG 
http://www.furg.br, pelo e-mail dqmadm em furg.br ou pelo 
telefone (53) 2338693.

Fonte: Marcelo M. D'Oca

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5. Mestrado em Tecnologia Ambiental na UNISC
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Informamos que a partir de 16 de maio estarão abertas as inscrições 
para a primeira turma do Mestrado em Tecnologia Ambiental da 
Universidade de Santa Cruz do Sul em Santa Cruz do Sul - RS, sendo 
que as atividades iniciam em agosto próximo. Colocamo-nos a 
disposição dos interessados o seguinte endereço:
http://www.unisc.br/cursos/pos_graduacao/mestrado/ppgta/index.html 

Maiores informações poderão ser adquiridas pelo e-mail: 
ppgta em unisc.br 

Atenciosamente, 

Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental. 
  
Muito obrigado pela sua atenção!

Lourdes Teresinha Kist (Coordenadora-adjunta do Programa) 
 
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6. São as moléculas constituídas por átomos conectados por ligações 
químicas?, artigo de Ricardo Ferreira
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Os químicos não hesitariam em dar uma resposta positiva a esta 
pergunta: moléculas são certamente constituídas por átomos e pelas 
ligações químicas entre eles.

Ricardo Ferreira é pesquisador do Depto. de Química Fundamental na 
Universidade Federal de Pernambuco. Artigo enviado ao 'JC e-mail':

Os químicos não hesitariam em dar resposta positiva a esta pergunta: 
moléculas são certamente constituídas por átomos e pelas ligações 
químicas entre eles.

Esta é uma idéia que se origina com Lavoisier (que, na realidade, não
fala em átomos) com sua teoria fundamental de que os compostos 
químicos podem ser decompostos em elementos, não redutíveis a 
substâncias mais simples.

Dalton, dez anos depois de Lavoisier (1803), já define compostos como 
sendo combinações de átomos dos diferentes elementos químicos.

Os físicos têm, por razões históricas, uma visão diferente, e 
preferem tratar uma molécula como a de HF (gás fluorídrico) como um 
sistema formado por dois núcleos (de cargas elétricas +1 e +9), ao 
redor dos quais se distribuem 10 elétrons, ocupando funções de onda 
moleculares, e de spins emparelhados.

Os químicos também usam este conceito de 'orbitais moleculares', 
introduzido por Hund e Mulliken em 1928.

Mas a maioria dos químicos prefere pensar as moléculas como descritas 
originalmente por Heitler e London em 1927: por exemplo, no caso 
da molécula HF, um elétron no orbital atômico 1s do H, outro elétron 
em um orbital 2p do F, orbitais ditos de valência, e que se 
interpenetram (overlap, em inglês) dando origem a uma ligação química 
H-F.

Calcular a integral de overlap entre dois orbitais atômicos 
tornou-se uma operação corriqueira depois do aparecimento dos 
computadores ultra-rápidos e seus programas.

Mas para determinar o centro da carga de overlap, isto é, onde ela 
se situa entre os dois núcleos que estão ligados, há várias 
propostas diferentes na literatura química, as mais conhecidas sendo 
as de Mulliken e de Lowdin.

No número de 22/04/2005 da conhecida revista Chemical Physics 
Letters, Oscar L. Malta, Professor do Departamento de Química 
Fundamental da UFPE, usando uma aproximação diferente daquelas de 
Mulliken e Lowdin, mostrou que é possível relacionar numa expansão 
em série, a posição do centro de carga de overlap com a 
polarizabilidade molecular, uma grandeza que pode ser medida 
experimentalmente.
Oscar Malta demonstra que a carga de overlap funciona como um 
oscilador harmônico, e calcula no seu trabalho o espectro 
correspondente para 10 moléculas (entre as quais o HF).

Os espectros devem se situar em freqüências bastante altas, entre 
o UV e os raios-X moles, e seus componentes poderão ser detectados
no espalhamento Raman.
 
Na espectroscopia fóton-eletrônica, um fóton de dada energia h? 
atinge uma molécula e arranca um elétron, cuja energia é medida em 
um detector apropriado.

Muitas vezes pode-se saber que o elétron veio de uma subcamada 
(2p, por exemplo) de um dado átomo na molécula. Poderemos 
agora, com a nova espectroscopia, caracterizar igualmente as 
cargas de overlap das ligações entre os átomos.

Quando a experiência for realizada com sucesso (talvez no LNLC da 
Unicamp) estará confirmada a visão química sobre as ligações em 
moléculas, sem prejuízo da visão alternativa dos físicos.

Fonte: JC e-mail 2765, de 11 de Maio de 2005

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7. Produção científica cresce 54% no país
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Índice liderado pelos paulistas está na 3.ª edição dos 
'Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em SP'
 
Herton Escobar escreve para 'O Estado de SP':

Os investimentos em C&T aumentaram. A produção científica 
brasileira aumentou. A participação do setor privado aumentou. E o
ensino superior expandiu para acomodar a demanda crescente 
por conhecimento.
 
Os resultados, referentes ao período de 1998 a 2002, estão descritos 
na terceira edição dos Indicadores de C&T e Inovação em SP, publicada 
nesta terça-feira pela Fundação de Amparo à Pesquisa de SP (Fapesp). 

Eles confirmam, mais uma vez, a superioridade paulista no setor de 
ciência e tecnologia, assim como a já consagrada tendência brasileira 
de grande produção de conhecimento, mas com pouca inovação 
tecnológica.
 
A produção científica brasileira - mensurada pelo número de 
trabalhos científicos publicados em revistas indexadas - teve 
crescimento médio anual de 54%, enquanto o crescimento da produção 
mundial ficou abaixo de 9%.
 
A participação brasileira no cenário científico internacional saltou 
de 1,1% em 1998 para 1,5%, em 2002. Graças, em grande parte, ao 
Estado de SP, que teve crescimento de 63% e foi responsável por 
52% da produção de ciência nacional.
 
Para isso foi preciso dinheiro. Os gastos públicos em P&D no Estado 
no período ficaram sempre acima de R$ 2,3 bilhões.
 
Nesse cenário, SP é também o único Estado onde os gastos 
estaduais superaram os do governo federal: 60% ante 40%, 
respectivamente, ou R$ 1,47 bilhão ante R$ 982 milhões nos quatro 
anos pesquisados.
 
Outra particularidade paulista refere-se à participação do setor 
empresarial nos investimentos em P&D. Em 2000, essa participação 
chegou a 54%, ou R$ 2,2 bilhões.
 
'O levantamento mostra que no nível federal permanece a 
preponderância de gastos públicos, enquanto em SP verificou-se 
uma inversão das participações', disse Sandra Hollanda, analista 
do CNPq.

'É um resultado que chegou a nos surpreender, mas perfeitamente
explicável pela natureza das empresas que investem em pesquisa e 
desenvolvimento, e que estão concentradas em SP.'

Falta, ainda, maior interação entre o setor acadêmico e o 
privado. O primeiro, tradicionalmente, é responsável pela produção 
de conhecimento, enquanto o segundo tem a responsabilidade de 
transformar esse conhecimento em inovação tecnológica - novos 
produtos e processos para o mercado.

'O forte crescimento da produção científica brasileira e paulista 
verificado nos últimos 15 anos (...) parece ainda não produzir efeito 
real no incremento da produção tecnológica e na intensificação dos 
esforços de inovação das empresas brasileiras', diz a publicação 
da Fapesp, de 992 páginas.
 
O registro de patentes brasileiras nos EUA teve um crescimento apenas 
modesto, chegando a 0,07% do total de registros em 2001 - abaixo da 
evolução de outros países emergentes, como China, Índia e África do 
Sul.

Menos de 5% das empresas que trabalham com inovação consideraram 
as Universidades e Institutos de Pesquisa fonte importante de 
informação.

Segundo Ruy de Quadros Carvalho, professor da Unicamp, trata-se
de tendência internacional, mais acentuada no Brasil.

'Isso deve-se ao fato de que a atividade de P&D no Brasil é menos 
intensa e, portanto, a demanda por conhecimento tecnológico 
é menor.'

As empresas, na sua maioria, preferem nortear seus esforços de 
inovação a partir de informações do próprio mercado, fornecedores, 
clientes e concorrentes. 

A publicação completa está no site http://www.fapesp.br/indicadores.
 
Fonte: O Estado de SP, 11/5

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8. Ciência brasileira cresce também em qualidade
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Para especialistas, publicações estão 'no clube dos melhores'

Herton Escobar escreve para 'O Estado de SP';

A produção científica brasileira não cresceu apenas em quantidade,
mas também em qualidade, segundo especialistas ouvidos pelo Estado.

O aumento quantitativo, medido pelo número de artigos científicos 
publicados em revistas indexadas, está registrado na última edição 
dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em SP, 
publicada anteontem pela Fapesp. Segundo o estudo, a produção de 
ciência no Brasil cresceu 54% no período 1998-2002.

De 10.279 artigos publicados em 1998, o país passou para 15.846, em 
2002. Mas quantas dessas pesquisas são realmente relevantes para o 
avanço da ciência? 'A qualidade é inquestionável', garante a 
coordenadora dos indicadores da Fapesp, Regina Gusmão.

Ela lembra que os números são baseados no Science Citation Index 
Expanded (SCIE), banco de dados do Instituto para Informações 
Científicas (ISI) dos EUA, que representa os periódicos de maior 
renome internacional.
 
'Todos os jornais indexados no ISI já têm por princípio um 
rigoroso critério de qualidade', afirma Regina. 'É como entrar no 
clube dos melhores. Se o trabalho está lá, é porque é bom.'
 
A base do SCIE inclui cerca de 6 mil periódicos, a maioria do 
Primeiro Mundo, como as revistas americana Science e britânica 
Nature. Apenas 17 são brasileiros. O que está representado, portanto, 
não é a produção científica nacional como um todo, mas sua 
inserção no cenário internacional.
 
'Qualidade é algo mais difícil de medir, mas minha percepção é de 
que subiu até mais do que a quantidade', diz o pró-reitor de Pesquisa 
da USP, Luiz Nunes de Oliveira. A USP foi a instituição que mais 
publicou pesquisas no período.

Fonte: O Estado de SP, 12/5

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9. Argentina: maior evasão de cientistas da América Latina
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Mais cientistas argentinos estão emigrando para os EUA que 
qualquer outro país da América Latina

Ricardo Sametband, de SciDev.Net, escreve de Buenos Aires:

A Argentina é o país da América Latina que tem a maior porcentagem 
de cientistas que emigram para os Estados Unidos, segundo estudo da 
Comissão Econômica para América latina e Caribe (Cepal).

Andrés Solimano, economista da Cepal, anunciou no mês passado (27 de 
abril), no encontro 'Redes de Conocimiento en el Exterior para 
el Desarrollo y el Empleo', que para cada mil argentinos que 
emigram para os Estados Unidos, 191 são profissionais 
qualificados, cientistas ou técnicos.

No Chile, o número é de 156; no Peru, 100; no México, 26.

'Isto é parte de um estudo maior que estamos fazendo na Cepal 
sobre a mobilidade internacional de talentos. Queremos estudar 
o movimento dos trabalhadores qualificados em torno dos distintos 
países do mundo, sejam cientistas, técnicos, executivos de empresas 
ou artistas', disse Solimano a SciDev.Net.

O economista alerta que os países da América latina gastam muito 
para capacitar os cientistas, mas estes acabam abandonando seus 
países por carecer de recursos, emprego ou vontade política de 
estimular a pesquisa científica. Segundo ele, os países não estão
obtendo sendo beneficiados pelo investimento que fazem.
 
De acordo com Solimano, os formuladores de políticas científicas 
devem colocar essa questão em sua agenda. Isto ajudaria os 
pesquisadores da região que estão no exterior a manter contato com 
outros cientistas de seu países de origem ou mesmo seduzi-los a voltar.
 
'Todos os países enfrentam a questão da emigração; a questão-chave
é compreender a relação entre o trabalho altamente qualificado e 
a nacionalidade. O número de graduados continua aumentando [na 
América latina], mas os recursos disponíveis para a pesquisa não 
acompanham o mesmo ritmo', afirma Lucas Luchilo, pesquisador 
do Centro Redes, instituição pública especializada no desenvolvimento 
da ciência e da tecnologia na América Latina.

Há dois anos, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da 
Argentina lançou o Programa Raízes, justamente para se aproximar 
de pesquisadores argentinos que trabalham no exterior globo. O 
Centro de Estudantes e Graduados Argentinos nos Estados Unidos, 
também deu início ao Projeto Diáspora que tem o mesmo objetivo.
 
Para mais informações, visite o site o dossiê sobre evasão de 
cérebros, de SciDev.Net (http://www.scidev.net).

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Contribuições devem ser enviadas para o Editor do Boletim 
Eletrônico da SBQ:  Luizsbq em iqm.unicamp.br
http://www.sbq.org.br

Até nossa próxima edição!!!
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Prof. Luiz Carlos Dias
Editor do Boletim Eletrônico 
Sociedade Brasileira de Química - SBQ
e-mail: luizsbq em iqm.unicamp.br


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