[Boletim-sbq] Boletim Eletronico No. 565

Luiz Carlos Dias luizsbq em iqm.unicamp.br
Quinta Abril 7 09:07:06 BRST 2005


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SBQ - BIENIO (2004/2006)      BOLETIM ELETRONICO      No. 565
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Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da 
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Veja nesta edição:

1. Errata:Processo seletivo para contratação de professsor substituto 
na área de química  da UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei)
2. 11th Brazilian Meeting on Organic Synthesis - BMOS-11
3. Brasil só detém 0,2% das patentes mundiais
4. Tem início processo de renovação dos Comitês Assessores
5. Brasileiras conquistam espaço na ciência
6. O CNPq pode ter um orçamento de 1,5 Bilhão: Sonho ou Realidade?, 
artigo de Hildebrando Souza Menezes Filho

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1. Errata:Processo seletivo para contratação de professsor substituto 
na área de química  da UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei)
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A sigla UFSJ refere-se a Universidade Federal de São João Del Rei e 
Não a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), como divulgado na 
mensagem Número 4, do boletim da SBQ 564. Pedimos desculpas pelo 
engano. 
A mensagem corrigida segue abaixo.

Processo seletivo para contratação de professsor substituto na área 
de química  da UFSJ (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei)
 
Vagas: 01
Requisito básico: graduação em química com mestrado em química e 
áreas afins. 
Inscrições: de 11 a 15 de abtil de 2005. 
Horário: das 9:00 às 11:00 e das 14:00 às 17:00 hs.
local: sala 3.13 do DCNAT no Campus Dom Bosco
Praça Dom Helvécio, 74 
36301-160 - São joão del Rei - MG
  
Seleção: 26/04/2005
Informações: telefax: 32 3379 2483 e-mail: dcnat em ufsj.edu.br
Download do edital: http://www.ufsj.edu.br/Pagina/dcnat/
  
Fonte: Prof. Marco Antônio SCHIAVON

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2. 11th Brazilian Meeting on Organic Synthesis - BMOS-11
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Caros Colegas,

É com grande satisfação que informamos que estão abertas as inscrições 
para o 11th Brazilian Meeting on Organic Synthesis - BMOS-11.

Informações e Inscrições: www.ufsm.br/bmos

O BMOS-11 se realizará entre os dias 29/agosto e 02/setembro de 2005, 
no Hotel Laje de Pedra-Canela-RS.

Vários professores renomados, nacionais e internacionais, ministrarão 
conferências plenárias e convidadas. Entre eles podemos destacar o 
ganhador do premio Nobel, Prof. Robert Huber, e um dos mais 
destacados cientistas da atualidade da área de química, o 
Prof. K C Nicolaou. 

Abraços,

A L Braga
Secretário Geral

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3. Brasil só detém 0,2% das patentes mundiais
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De acordo com o presidente do Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI), Roberto Jaguaribe, país deveria ter, pelo menos, 
Dez vezes mais patentes do que contabiliza hoje

Suelem Caminha escreve para o 'Diário do Nordeste':

O Brasil responde por apenas 1,6% do conhecimento gerado em todo
o mundo. O índice cai para 0,2% no caso das patentes produzidas no
país. A mudança desses indicadores passa pela ampliação e
divulgação da cultura da propriedade industrial entre os empresários
brasileiros.

"O Brasil deveria ter dez vezes mais patentes solicitadas junto ao
", afirmou o secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do
Desenvolvimento Industrial e presidente do Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI), Roberto Jaguaribe.

Jaguaribe esteve, nesta terça-feira, em Fortaleza participando do
primeiro de uma série de seminários em todo o país, promovidos pelo
instituto para divulgar a propriedade industrial como instrumento do
desenvolvimento econômico e social das empresas. "O INPI precisa
sair do gabinete e buscar o empresário", comentou.

O órgão terá um orçamento de R$ 59 milhões em 2005, volume duas
vezes superior ao orçamento de 2003 - de R$ 28 milhões.

Antes de aumentar a participação brasileira no ranking dos países
geradores de conhecimento, Roberto Jaguaribe admite que precisa
superar restrições internas. São problemas de pessoal, que podem
ser solucionados com a contratação de 450 pessoas.

"É uma expectativa, mas as vagas ainda não foram aprovadas", diz
Jaguaribe que precisa reforçar a área administrativa e de patente do
órgão. O INPI acaba de formalizar um convênio com o Serpro para
informatizar todos os processos internos.

Valor

Dentro do estágio de desenvolvimento econômico e social do Brasil,
faz diferença a empresa aprender a tirar proveito do valor da sua
marca - ou seja, das patentes.

"Estes instrumentos, hoje, são pouco usados pelos empresários
brasileiros e perdem a chance de agregar mais valor aos produtos
nacionais", ressaltou o vice-presidente do INPI, Jorge Ávila. "Os
empresários precisam descobrir o INPI", completa.

O número de patentes depositadas por empresas brasileiras no Brasil
não chega a 2.500 por ano. As empresas brasileiras depositam menos
de 200 patentes nos Estados Unidos por ano.

Quantidades pequenas se comparadas com o movimento de patentes
da Coréia, que deposita nos Estados Unidos cerca de 2.500 patentes
anuais, o total de patentes depositadas pelas empresas brasileiras no
Brasil.

Fonte: Diário do Nordeste, 6/4

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4. Tem início processo de renovação dos Comitês Assessores
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O CNPq, agência vinculada ao MCT, está iniciando o processo de 
renovação de membros dos Comitês de Assessoramento (CAs). Para 
isso, mais uma vez considera fundamental a consulta a 
pesquisadores, associações e sociedades científicas nacionais e 
entidades atuantes na pesquisa tecnológica

A finalidade da consulta é se ter uma relação de nomes que 
possam efetivamente contribuir para o avanço da C&T no país e para uma 
melhor atuação do CNPq.

Assim, deverão ser indicados membros representativos da comunidade 
científico-tecnológica nacional que sejam aptos não apenas a emitir
opinião sobre o desenvolvimento de sua especialidade, mas também 
de suas possíveis interfaces com outras.

É importante assinalar que, como usual, não se trata de uma eleição e 
que os assessores escolhidos não serão considerados - e não 
deverão atuar - como representantes de suas instituições ou de suas 
regiões geográficas no CNPq.

Acesse a página do CNPq e veja os procedimentos para indicação 
de nomes: http://www.cnpq.br

Fonte: Assessoria de comunicação do CNPq

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5. Brasileiras conquistam espaço na ciência
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O Brasil parece estar alcançando a igualdade entre os gêneros na 
ciência até o nível de doutorado, mas poucas ocupam posições mais 
altas

Marina Lemle escreve em reportagem para SciDev.Net:

A igualdade entre os gêneros na ciência brasileira está aumentando
até o nível de doutorado, mas poucas mulheres ocupam postos sênior,
segundo dados divulgados pelo CNPq e pelo Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

De acordo com um estudo do Inep divulgado em março, as mulheres 
obtiveram 51% dos diplomas de pós-graduação de 2003 e ocuparam 56% 
das vagas em cursos de graduação.

Enquanto o número de títulos de doutor conquistados por homens cresceu 
69,2% entre 1996 e 2003, para as mulheres o aumento foi de 80,9%. 
No mesmo período, o aumento da aquisição de títulos de mestrado por 
mulheres também foi maior (119%) do que por homens (106%).
 
O estudo mostra que as mulheres optam mais por ciências humanas e 
da saúde, enquanto homens preferem as ciências sociais e as 
engenharias.
 
A pesquisa do Inep reporta ainda dados da Capes. Em 2005, as mulheres 
receberam 55% das 16.264 bolsas de mestrado e 54% das 9.858 
bolsas de doutorado. 

De acordo com os números observados por SciDev.Net, a proporção de 
bolsas para mestrado em ciência concedidos a mulheres pelo CNPq 
aumentou de 45 a 51% entre 1990 e 2005.
 
Nenhuma das agências instituiu uma política específica de incentivo à 
mulher na ciência. O cenário da graduação e da pós-graduação parece 
refletir uma melhora mais ampla no equilíbrio entre os gêneros nos 
últimos anos no Brasil.

Mas quanto mais se sobe na pirâmide acadêmica, menor é a 
participação das mulheres em todas as áreas da ciência, mesmo aquelas
que atraem um maior número delas, como as ciências humanas e sociais.
 
O CNPq mostra que, em 2005, as mulheres concentravam apenas um terço 
das 8.500 bolsas de pesquisadores com doutorado ou experiência 
equivalente.
 
O maior contraste é no topo da pirâmide, entre os pesquisadores 
pós-doutores sênior, professores líderes de grupos, onde menos de um 
quarto dos bolsistas é mulher.

Em algumas disciplinas, o contraste é ainda maior. Em física, por 
exemplo, só 1% dos pesquisadores é mulher.

Um dos diretores do CNPq, José Roberto Drugowich de Felício, 
acredita não haver preconceito contra a mulher na alocação destas 
bolsas. Ele diz que o desequilíbrio entre os gêneros entre cientistas 
sênior reflete a predominância tradicional dos homens na pesquisa
de alto nível.

Drugowich acredita que o aumento no número de mulheres em níveis mais 
baixos mostra que o ajuste nos níveis mais altos será inevitável, e 
o tempo que isso levará, está relacionado ao número total de novas 
bolsas oferecidas.

A bioquímica Jacqueline Leta, da Universidade Federal do RJ, discorda. 
Ela acredita que pode haver certo preconceito advindo da falta de 
representação feminina em muitos comitês do CNPq, o que significa que 
há poucas mulheres opinando sobre quem alcançará postos sênior na 
carreira.

Mas ela acrescenta que a razão pela qual mulheres não seguem 
carreira científica em longo prazo está ligado à ausência de modelos e 
à persistência de papéis estereotipados da mulher na sociedade. 

Capes e Inep são instituições do Ministério da Educação.
(SciDev.Net - http://www.scidev.net)

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6. O CNPq pode ter um orçamento de 1,5 Bilhão: Sonho ou Realidade?, 
artigo de Hildebrando Souza Menezes Filho
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Já em 2004, possuímos um contingente de 119.000 alunos matriculados e 
apenas a oferta de 34.484 bolsas de mestrado e doutorado
 
O título é uma provoca...ação. Durante dois dias (31/3 e 1/4) o 
presidente do CNPq, Erney Camargo, demonstrou, didaticamente, para 
os servidores do corpo gerencial da instituição, por a + b +...x, 
y e z de que é possível possuirmos um orçamento mais significativo, 
tendo em vista tanto as propostas, projetos e programas em vigor 
como as competências instaladas na instituição a serviço da 
ciência, tecnologia e inovação nacional.

A Sala de Videoconferência do CNPq/507 Norte, foi o palco da 
palestra do presidente, destacando as Prioridades e Ações da 
Instituição nos anos de 2003 a 2005.

Foram horas de agradável interação entre a presidência do CNPq e seu 
corpo dirigente. No dia 31/3, por meio de uma metodologia onde os 
presentes podiam manifestar seus pensamentos sobre o que estava 
sendo exposto, a participação do pessoal das diretorias DPH, DPT e GPR
foi acalorada e intensa.

O presidente circulava pela sala promovendo o debate, cedendo de 
próprio punho o microfone aos servidores. Isso serviu de abertura 
para que houvesse manifestações e avaliações das diversas áreas.

Essa técnica utilizada no evento "quebrou o gelo" que porventura 
pudesse existir, o que é comum quando um superior hierárquico expõe 
questões que mereçam maior atenção, devolvendo "a bola" para a 
equipe de assessoria.

Desse modo, todos "vestem a camisa" e contribuem para a solução
dos problemas.
 
Os comentários, ao final das exposições, foram favoráveis à 
iniciativa e houve a promessa de organização de novos encontros, 
também delegados à Coordenação Geral de Recursos Humanos - CGRH.

O primeiro deles envolverá a área de informática e seus novos 
equipamentos para a modernização dos serviços do CNPq.
 
De modo sucinto, Erney mostrou aos presentes o esforço da sua 
administração para resgatar a credibilidade e idoneidade da 
instituição no pagamento das suas contas, ao mesmo tempo em que 
novos programas e inovações são implementados.
 
Com slides de fácil apreensão, pôde-se perceber com clareza que o 
CNPq atravessa ótimo momento na gestão de suas atividades. É 
indubitável que a conceituação favorável, não apenas junto à 
comunidade científica como também diante do Congresso Nacional, 
atinge hoje os seus melhores níveis desde a criação do CNPq, há 54 
anos.
 
A seguir alguns tópicos abordados na palestra aos servidores:

O presidente falou sobre os desafios para o Brasil em C&T; 
a articulação do desenvolvimento de C&T com a política industrial; a 
ampliação da base instalada em C&T; a promoção do desenvolvimento
científico e a popularização da ciência.
 
Erney discorreu sobre o histórico da execução orçamentária de 1998 a 
2004, demonstrando de forma incisiva que durante a sua gestão o CNPq 
conseguiu cumprir as metas orçamentárias em mais de 99%, só não 
atingindo 100% devido aos encargos da passagem necessária de contas 
a pagar dez/jan a cada ano.
 
O presidente demonstrou que os recursos do Tesouro para o CNPq foram 
738 milhões, assim distribuídos: bolsas - 546 milhões; fomento 
- 118 milhões e administração - 74 milhões.

Citou os esforços de sua assessoria e os dele próprio, na obtenção de 
novos recursos em emendas orçamentárias para 2005, da ordem de 
75 milhões que, infelizmente, já foram "diminuídos" em 22,7 milhões, 
recursos esses que possibilitariam a concessão de bolsas de extensão 
durante o ano de 2005 que beneficiariam as populações mais 
necessitadas.

Apesar dessa limitação o presidente ainda tem a esperança de que 
esses recursos sejam retomados pelo CNPq.
 
Nessa exposição houve também a demonstração da importância dos 
fundos setoriais e o impacto deles no orçamento do CNPq.
 
O presidente discorreu sobre as Ações do CNPq em 2003: os recursos 
para fomento; a implantação do Adicional de bancada ("Grant") para 
Bolsa de Pesquisa (PQ) esclarecendo que essa modalidade visava 
auxiliar os laboratórios em equipamentos e não como 
complemento salarial dos pesquisadores, como se comentou por aí.
 
Relação das atividades empreendidas

Implementação de Taxa de bancada para Bolsa de doutorado; Julgamento 
do Edital Universal (R$ 60 milhões) e dos Editais dos Fundos setoriais
(R$ 80 milhões); Edital para Ciências