[Boletim-sbq] Boletim Eletronico No. 561

Luiz Carlos Dias luizsbq em iqm.unicamp.br
Quarta Março 23 14:19:14 BRST 2005


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SBQ - BIENIO (2004/2006)      BOLETIM ELETRONICO      No. 561
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Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista 
de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América 
Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da 
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
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DESEJAMOS UM EXCELENTE FERIADO DE PÁSCOA A TODOS!!!

Veja nesta edição:

1. Convite para reunião nacional do(a)s Coordenador(a)es de Cursos 
de Graduação em Química
2. Workshop: "Catálise na Oleoquímica", no dia 30 de maio
3. Prêmios Fritz Feigl e CRQ-IV - Concursos distribuirão R$ 60 mil 
a professores/pesquisadores e estudantes 
4. III EPEA: 3º Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental
5. Escândalo: os doutores demitidos das Universidades particulares

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1. Convite para reunião nacional do(a)s Coordenador(a)es de Cursos 
de Graduação em Química
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Caro(a) Cordenador(a):

Abaixo estamos enviando convite para reunião nacional do(a)s 
Coordenador(a)es de Cursos de Graduação em Química. Antecipadamente 
agradecido.

Solange Cadore, Cesar Zucco e Antonio Mangrich
Sociedade Brasileira de Química(SBQ)

CONVITE

O ensino de Graduação em Química tem merecido destaque por parte da 
comunidade química do país e, especialmente, da Sociedade Brasileira 
de Química (SBQ). Entretanto, não existe, hoje, um mecanismo 
para congregar os Coordenadores dos Cursos de Graduação em Química. 
Nos últimos anos, a SBQ vem promovendo reuniões periódicas com os 
coordenadores de Pós-Graduação em Química, com resultados importantes 
para a avaliação do momento atual da pesquisa em Química.  Visando 
discutir aspectos relacionados com o ensino e o desenvolvimento da 
química em nosso país, a Sociedade Brasileira de Química gostaria de 
convidar os(as) Coordenadores(as) de Graduação para uma reunião que 
será realizada no dia 01/06/05, às 20:00 horas, no Cassino Pálace, em 
Poços de Caldas, MG, durante a 28ª Reunião Anual da SBQ (30/05 
a 02/06/2005). Informações sobre a 28 RA SBQ em www.sbq.org.br/28ra. 

A pauta da reunião com os coordenadores de graduação será:

1. Informes
2. Olimpíada de Química
3. Lei de Diretrizes e Bases
4. Reforma do Ensino Superior
  
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2. Workshop: "Catálise na Oleoquímica", no dia 30 de maio
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A Divisão de Catálise -SBQ estará realizando no dia 30 de maio um 
Workshop cujo tema é " Catálise na Oleoquímica" cuja programação 
final esta abaixo relacionada.

9:15-9:30h - Abertura
 
9:30-10:30h- Dr. Setsuo Sato - COGNIS, "Oleoquimicos e Catalisadores 
- Agregando Valor aos Produtos Naturais"
 
10:30-11:10h- Coffee Break
 
11:10-11:30h - Prof. Dr. Paulo Suarez -UNB, "Transformação Catalítica 
de Triglicerídeos: Obtenção de Biocombustíveis"
 
11:30-12:10h - Prof. Dr. Ulf Schuchardt - UNICAMP, " Transformação 
Catalítica de Óleos Vegetais em Insumos para Indústria Química"
 
12:10-14:00h - Almoço
 
14:00-14:40h - Profa Dra Maria da Graça Nascimento - UFSC, "Aplicações 
da Biocátalise em Òleos e Gorduras"
 
14:40-15:20h - Prof. Dr. Donato Aranda - UFRJ, "Biodiesel e Catálise"
 
15:20-15:50h - Coffee Break
 
15:50-16:30h - Prof. Dr. Ricardo Gomes da Rosa - UFRGS, 
"Hidroformilação de Ésteres Vegetais"
 
16:30-17:10h - Profa Dra Simoni Meneguetti - UFAL, "Macromoléculas a 
Partir de Óleos Vegetais: Aplicação de Catálise em Óleoquímica"
 
17:10-17:20h- Encerramento

As incrições para WS podem ser feitas diretamente atravésdo e-mail 
(osvaldo em iq.ufrgs.br) até o dia 08 de abril.

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3. Prêmios Fritz Feigl e CRQ-IV - Concursos distribuirão R$ 60 mil 
a professores/pesquisadores e estudantes 
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Os profissionais e estudantes interessados em participar da edição 
2005 dos prêmios Fritz Feigl e CRQ-IV têm até o dia 31 de março 
para fazerem suas inscrições. Promovidos pelo Conselho Regional de 
Química 4ª Região (SP/MS), os concursos distribuirão R$ 60 mil livres 
de impostos e serão entregues em 17 de junho, antecipando as 
comemorações pelo Dia Nacional do Profissional da Química (cuja data 
oficial é 18/06). 
  
Para participar do Prêmio Fritz Feigl, o profissional deverá comprovar 
atuação nas áreas de pesquisa e/ou ensino, estar registrado no Conselho 
há pelo mesmo cinco anos e em situação regular na entidade no que 
diz respeito a anuidades e documentação. O vencedor receberá 
R$ 30 mil livres de impostos, um troféu e um certificado. 
Inspirado no cientista austríaco que dedicou sua vida à química 
analítica e que desenvolveu boa parte de seu trabalho no Brasil, o 
Prêmio Fritz Feigl configura-se hoje num dos principais eventos 
destinados a reconhecer e premiar a carreira de profissionais que se 
destacam por sua dedicação e espírito investigativo.
  
O Prêmio CRQ-IV será disputado entre estudantes de cursos 
profissionalizantes na área química e distribuirá um total de 
R$ 30 mil, também livres de impostos, aos vencedores. O prêmio está 
dividido nas categorias Química de Nível Médio, Química de Nível 
Superior, Química de Nível Superior com Tecnologia e Engenharia da 
Área Química. 

Os trabalhos poderão ser individuais ou em grupo e deverão ser 
orientados por um professor ou profissional da química que atue na 
área objeto do trabalho. O professor ou o profissional deverão estar 
registrados e em situação regular no Conselho.
  
Os regulamentos e as fichas de inscrição estão disponíveis 
na página http://www.crq4.org.br/informativo/outubro_2004/pagina02.php
do site do Conselho. Informações podem ser obtidas pelo telefone 
(0xx11) 3061-6060, de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 15h.
Fonte: Carlos de Souza - Assessor de Comunicação
Conselho Regional de Química 4ª Região
11 3061-6017

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4. III EPEA: 3º Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental
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"Práticas de Pesquisa em Educação Ambiental"

Local: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP. 

Período: 10 a 13 de julho de 2005.

Organização: Grupo de Pesquisa em Ensino de Ciências do Laboratório 
Interdisciplinar de Formação do Educador (LAIFE) da Faculdade de 
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP; Programa de 
Pós-Graduação em Educação da Unesp/Rio Claro e Programas de 
Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais e em Educação da UFSCar.

Objetivos:

o Discutir, analisar e divulgar trabalhos de pesquisa em Educação 
Ambiental;
o Aprofundar as discussões sobre as abordagens epistemológicas e 
metodológicas iniciadas no II EPEA (realizado em São Carlos, em julho 
de 2003);
o Identificar práticas de pesquisa em Educação Ambiental que vêm sendo 
desenvolvidas no âmbito dos programas de pós-graduação e em 
outros espaços institucionais e não-institucionais.

Atividades: Seções de apresentação de trabalhos de pesquisa, 
conferências, mesas redondas, grupos de discussão de pesquisa e 
apresentação de painéis de programas de pós-graduação que desenvolvem 
pesquisas em EA.

Data limite para a inscrição de trabalhos: 25 de abril de 2005

Instruções para envio de trabalhos: 

Os trabalhos deverão ser enviados em versão resumo português e inglês 
contendo de 350 a 400 palavras (para publicação impressa no caderno de 
resumos) e versão integral com uma extensão máxima de 15 páginas (para 
publicação em CD-ROM). Os trabalhos deverão ser inéditos e 
restringir-se unicamente a relatos de pesquisas, concluídas ou em 
desenvolvimento, na forma de artigos relativos a pesquisas de campo ou 
bibliográficas. Serão também aceitos ensaios teóricos*. Não serão 
aceitos relatos de experiências ou apresentação de projetos de 
pesquisa, que não apresentem resultados, ainda que preliminares. 
Os autores receberão comunicação de aceite ou não de trabalhos até 
05/06/05.

Mais informações: http://sites.ffclrp.usp.br/epea3 

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5. Escândalo: os doutores demitidos das Universidades particulares
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Demissão ou não-contratação de profissionais qualificados por parte 
das Universidades particulares aponta para o descalabro da educação no 
Brasil, regida pela concepção do ensino como mercadoria
 
Abro meu e-mail e deparo com uma chamada intrigante: 'A PUC-SP 
[Pontifícia Universidade Católica] não discrimina doutores'.

Quem envia a mensagem é a Assessoria de Comunicação Institucional 
(Acipuc): para meu espanto, fico sabendo que muitas faculdades 
particulares se recusam a contratar professores com título de doutor 
ou, mesmo, os despedem logo após a defesa. E por quê? Porque um 
doutor ganha alguns reais a mais que um mestre, e, este, mais do 
que um bacharel, licenciado ou especialista.

Dia seguinte: encontro na Ilustrada uma crônica de Moacyr Scliar, 
'Crime e Castigo'. O coordenador está passando uma descompostura no 
professor, cuja freqüência a um curso de pós-graduação acaba de ser 
descoberta: como ousa ele fazer tamanha bobagem? E dá-lhe ameaças! O 
professor, atônito, concorda em desistir da pós ou, pelo menos, 
manter secreto o seu título quando o obtiver -qualquer coisa, desde 
que não perca o emprego.

Conversas com colegas me fazem ver que o assunto não é, como havia 
pensado, uma piada de mau gosto.

A 'discriminação contra os doutores', por motivos que beiram o 
ridículo -mais R$ 10 por hora-aula-, na maioria das vezes é um dos 
escândalos mais grotescos que encontramos nesse amontoado de 
aberrações em que se converteu o ensino superior pago neste país.

Custa a crer que o aperfeiçoamento de um professor seja causa de 
demissão ou de não-contratação; no entanto é o que vem acontecendo em 
inúmeras escolas particulares.

Aqueles com quem conversei a respeito estão receosos; temem ser postos 
no olho da rua se forem identificados. Mas suas experiências são 
'amargas', como me disse um deles.

Não basta, contudo, esfregarmos os olhos e nos indignarmos com esse 
absurdo. É preciso refletir sobre o que ele significa, sobre o 
descalabro que se instalou no setor pago do ensino superior. O paradoxo 
torna-se ainda maior se lembrarmos que, nas últimas décadas, 
órgãos como o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico], a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Nível Superior] e a Fapesp [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado 
de SP] aplicaram centenas de milhões de reais em bolsas de mestrado, 
doutorado e pós-doutorado, visando à capacitação do pessoal docente e, 
por extensão, à melhoria do nível de ensino no país.

Apenas uma fração dos que obtêm esses títulos podem ser absorvidos 
pelas Universidades públicas ou por escolas particulares que valorizam 
a titulação, como as PUCs, FGVs e algumas (poucas) outras. Quando o 
recém-doutor envia seu currículo ou vai fazer uma entrevista, descobre 
que seu título depõe contra ele, que está 'overqualified'...

Sabemos que, para credenciar um curso, o Ministério da Educação 
exige, entre outras coisas, uma certa cota de doutores e mestres no 
corpo docente; mas essa cota muitas vezes não é observada ou, quando o 
é, portadores de certificados de especialização (curso no qual não é 
preciso redigir uma tese) contam como mestres.

Credenciado o curso, as verificações são esparsas e complacentes,
aceitando-se explicações esfarrapadas para a insuficiência de pessoal 
titulado.

Estamos diante de uma concepção do ensino como mercadoria e da 
mão-de-obra que produz essa mercadoria como fator meramente 
quantitativo, cujos custos devem ser mantidos no patamar mais baixo 
possível.

A educação superior está estruturada como uma pirâmide: os alunos 
da graduação são educados por alguém que já concluiu seus estudos 
universitários e que busca