[Boletim-sbq] Boletim Eletronico No. 551

Luiz Carlos Dias luizsbq em iqm.unicamp.br
Quinta Fevereiro 10 10:38:31 BRST 2005


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SBQ - BIENIO (2004/2006)      BOLETIM ELETRONICO      No. 551
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Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista 
de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América 
Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da 
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
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Veja nesta edição:

1. XI Escola de Verão em Química Farmacêutica Medicinal & I Escuela 
Latinoamericana de Química Medicinal
2. Concurso Público para Universidade Estadual do Maranhão
3. XXV Escola de Verão em Química "Prof. Dr. José Tércio B. Ferreira"
4. Capes alerta para cursos de má qualidade de doutorado e mestrado 
oferecidos no Paraguai 
5. Universidade em guerra, editorial do 'Estado de SP'

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1. XI Escola de Verão em Química Farmacêutica Medicinal & I Escuela 
Latinoamericana de Química Medicinal
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Organização: LASSBio - Faculdade de Farmácia - UFRJ

A Escola de Verão em Química Farmacêutica foi criada em 1995 com 
objetivo de complementar e atualizar estudantes - de graduação e 
pós-graduação - e profissionais, nos diferentes aspectos da 
disciplina, que observa contínua evolução. A descoberta e o 
planejamento de novos fármacos, assim como o estudo da relação entre a 
estrutura química e a atividade farmacológica de fármacos e 
medicamentos são os principais objetivos da EVQF.

A XI Escola de Verão em Química Farmacêutica Medicinal e I Escuela 
Latinoamericana de Química Medicinal ocorrerá de 14 a 18 de fevereiro de
2005, oferecendo cursos em nível de graduação e pós-graduação; 
conferências com especialistas, além de uma sessão de painéis, 
conforme a programação abaixo:

Cursos em nível de graduação:

* Introdução à Química Farmacêutica Medicinal (IQFM)
Prof. Dr. Eliezer J. Barreiro
LASSBio, Faculdade de Farmácia, UFRJ

* Metabolismo de Fármacos e Toxicologia (MFT)
Prof. Dr. Carlos Alberto Manssour Fraga
LASSBio, Faculdade de Farmácia, UFRJ

Cursos em nível de graduação e pós-graduação:

* QSAR e Modelagem Molecular (QMM)
Prof. Dr. Marcelo Zaldini Hernandes
Laboratório de Química Teórica Medicinal, UFPe

* Fármacos Antitumorais (FAT)
Prof. Dr. Hugo Cerecetto
Universidad de La Republica, Uruguay
oHighlights in Medicinal Chemistry

- Prof. Robin Ganellin (University of London, Inglaterra),
- Prof. Paul W. ERHARDT (President of Section VII, IUPAC),
- Prof. Eli BREUER (Hebrew Univ Jerusalem, School of Pharmacy 
Dept Med Chem, Jerusalem, Israel),
- Dr Mukund S. Chorghade (Chorghade Enterprises, 14 Carlson Circle, 
Natick, MA, EUA),
- Dr Giovanni Gaviraghi (Siena Biotech, Itália),
- Dr Janos Fisher (Gideon-Ritcher, Hungria),
- Dr Joerg Senn-Bilfinger (Altana Pharma, Alemanha),
- Dr John Proudfoot ( Boehringer-Ilgelheim, Alemanha),

Palestrantes Convidados:

Prof. Dr. Hugo Cerecetto; (Universidad de La Republica, Uruguai)
"Investigación y Desarrollo de Derivados de N,N'-Dióxido de Fenazina 
como Agentes Citotóxicos Selectivos en Hipoxia";

Profa. Dra. Teresa Dalla Costa, (Faculdade de Farmácia, UFRGS, RS)
"Modelagem Farmacocinética/Farmacodinâmica no Desenvolvimento de 
Fármacos";

Prof. Dr. Sérgio T. Ferreira, (Instituto de Bioquímica Médica, 
UFRJ,  RJ)
"Desenvolvimento de Novas Abordagens Terapêuticas na Doença de 
Alzheimer";

Prof. Dr. Eliezer J. Barreiro, (LASSBio, Faculdade de Farmácia, 
UFRJ, RJ)
"Novos Candidatos a Fármacos Antiinflamatórios";

As inscrições via correio estão ENCERRADAS. Estaremos aceitando 
inscrições na secretaria do evento, a partir da data da abertura:
Centro de Ciências da Saúde - Bloco K - Cidade Universitária - 
Ilha do Fundão - RJ

Informações adicionais estão disponíveis no sítio:
http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio/escola_veraoXI/home.html

Atenciosamente,
Carolina Duarte

Comissão Organizadora
XI EVQFM & I ELAQM
LASSBio - Faculdade de Farmácia - UFRJ
camattos em ufrj.br

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2. Concurso Público para Universidade Estadual do Maranhão
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Encontram-se abertas, no período de 24 de janeiro a 11 de março de 
2005, as inscrições para os Concursos Públicos destinados ao 
provimento de Cargos na Carreira do Magistério Superior da 
Universidade Estadual do Maranhão. 

Maiores detalhes podem ser obtidos na págima da UEMA, 
http://www.uema.br/editais/index.htm, edital 
Edital n.º 06/2005-PROG/UEMA e retificação da alínea "g" através do 
Edital n.º 19/2005-PROG/UEMA. 

Fonte: Profa. Dra. Elizabeth Nunes Fernandes
Profa. Adjunta do Departamento de Química e Biologia do CESI/UEMA

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3. XXV Escola de Verão em Química "Prof. Dr. José Tércio B. Ferreira"
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A XXV Escola de Verão em Química "Prof. Dr. José Tércio B. Ferreira"
será realizada no período de 14 a 25 de fevereiro de 2005 no
Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos. 

Para maiores informações:
www.ufscar.br/eventos/evq2005
evq2005 em dq.ufscar.br

Fonte: Profa. Dra. Ieda L. V. Rosa
Membro da Comissão Organizadora
ilvrosa em power.ufscar.br

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4. Capes alerta para cursos de má qualidade de doutorado e mestrado 
oferecidos no Paraguai 
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A Capes alerta mais uma vez a sociedade brasileira para a oferta de
cursos de pós-graduação sem qualidade, ministrados por instituições
de ensino superior estrangeiras

De acordo com o diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine
Ribeiro, algumas denúncias chegaram à coordenação informando que
agências especializadas estão arregimentando brasileiros,
especialmente das regiões Norte e Nordeste, para cursos de
mestrado e doutorado em universidades do Paraguai.

As aulas são realizadas durante o período de férias escolares, de
maneira intensiva, e os alunos recebem a promessa de que terão
seus títulos reconhecidos no Brasil.

O diretor de Avaliação diz que é um dever da Capes prevenir a
sociedade para a resolução do Conselho Nacional de
Educação/Câmara de Ensino Superior
(portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0101.pdf), que disciplina o
reconhecimento de títulos de mestrado e doutorado obtidos no
exterior.

Ele adianta que 'não há, em hipótese alguma, reconhecimento
automático de títulos de pós-graduação conferidos no estrangeiro. A
validade no Brasil de diplomas desses níveis, outorgados por
instituições estrangeiras, depende sempre de exame de mérito, que é
realizado caso a caso, por instituições brasileiras de ensino superior
especialmente qualificadas.'

Renato Janine Ribeiro salienta que essa regra vale em todos os
casos, isto é, tanto para cursos realizados no Mercosul como em
qualquer outro país, não havendo discriminação a favor ou contra
nenhuma instituição ou nação do mundo.

Ele lembra que, a Capes conseguiu, a duras penas, pôr fim, em 2001,
a uma oferta ilegal de cursos de mestrado e doutoramento por
instituições estrangeiras que ministravam aulas no Brasil sem terem
sido avaliadas (portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0201.pdf).

'Se a Capes e o CNE defendem a qualidade dos títulos de mestrado e
doutorado, tanto os obtidos no Brasil quanto no estrangeiro, não é
de forma alguma para penalizar os alunos. É em defesa de um bem
maior, que é o de garantir à sociedade brasileira que tenha
profissionais bem formados. Se mestrados e doutorados de fim de
semana ou de fim de ano forem autorizados ou reconhecidos,
teremos mestres e doutores sem condições de realizar pesquisa ou
de exercer bem suas profissões. É por isso que somos intransigentes
na defesa da qualidade da pós-graduação,' argumenta o diretor.
(Fátima Schenini, da Assessoria de Imprensa do MEC)

Fonte: JC e-mail 2702, de 04 de Fevereiro de 2005. 

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5. Universidade em guerra, editorial do 'Estado de SP'
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O projeto de reforma universitária por ser simplesmente desastroso,
em vez de se perder tempo com sua reformulação o mais lógico seria
jogá-lo no lixo e recomeçar a discussão outra vez

Eis o editorial:

Desde a criação dos primeiros cursos superiores, em agosto de 1827,
nunca na história do país, nem mesmo durante o regime militar, o
governo e as universidades estiveram em posições tão antagônicas
como agora.

O motivo é o projeto de reforma universitária apresentado pelo
governo do PT no final de 2004, que vem sendo repudiado pela
maioria das instituições de ensino superior, públicas e particulares.

Por sua tradição e por seu prestígio na comunidade acadêmica
internacional, a Universidade de São Paulo (USP) deu o tom das
críticas das instituições públicas.

Segundo o Conselho de Graduação, o projeto do MEC desqualifica o
conhecimento, esvazia a autonomia universitária a pretexto de
ampliá-la, despreza a liberdade das unidades da Federação em
matéria de ensino e viola a Constituição.

Numa iniciativa inédita, o órgão, integrado pelos diretores das
diferentes unidades da USP, anunciou que não medirá esforços para
tentar impedir a aprovação dessas medidas.

Embora a posição oficial da USP ainda tenha de ser formalizada pelo
Conselho Universitário, após a manifestação dos Conselhos de
Pós-Graduação e de Pesquisa, o reitor Adolpho Melfi já endossou as
críticas do Conselho de Graduação.

Em nota sobre a reunião do Conselho a que o Estado teve acesso,
ele denunciou o assistencialismo do projeto e afirmou que, se for
aprovado, as atividades de ensino e a definição das linhas de
pesquisa ficarão vulneráveis a pressões políticas.

O projeto, diz ele, solapa 'os critérios do mérito e liberdade de ensino
que devem orientar a educação superior e as atividades
universitárias', podendo 'gerar efeitos comprometedores da qualidade
da formação educacional'.

As críticas das universidades privadas foram ainda mais duras.
Reunidas em Brasília, as 140 entidades que representam seus
interesses pediram o engavetamento sumário do projeto, por cercear
a liberdade acadêmica.

'Não há como alterar uma vírgula aqui ou um ponto ali. Não tem como
aproveitá-lo', afirmou o presidente da Associação Nacional de
Educação Técnica, Fernando Prado.

'O governo está incitando a sociedade contra a iniciativa privada',
endossou o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo, Hermes
Figueiredo.

No mesmo tom, o presidente do Conselho de Reitores das
Universidades Brasileiras e antigo membro do Conselho Nacional da
Educação, Éfrem Maranhão, chamou a atenção para um ponto que
até agora não tinha sido abordado no debate sobre a reforma
universitária.

Em vez de permitir que as instituições possam organizar-se conforme
as características socioeconômicas das regiões onde estão situadas
e as aspirações profissionais de seus alunos, como o projeto dá a
entender devido à profusão de vezes em que recomenda gestões
'pluralistas', 'participacionistas' e 'democráticas', na realidade ele as
aprisiona numa camisa-de-força.

 'O governo tenta impor um modelo único de Universidade. É um
equívoco deixar que os cursos superiores passem pelo crivo de
entidades como o Conselho Nacional de Saúde e OAB e fiquem
submetidos a corporações que estão mais preocupadas com
quantidade', afirma Maranhão, receando que esses órgãos interfiram
na oferta de vagas dos vestibulares, para diminuir a entrada de
novos profissionais no mercado e reduzir a concorrência.

Diante da contundência dessas críticas, o ministro Tarso Genro já
cogita de aumentar por mais 90 dias o prazo para os interessados
apresentarem sugestões ao seu projeto.

Mas, por ser simplesmente desastroso, em vez de se perder tempo
com sua reformulação o mais lógico seria jogá-lo no lixo e recomeçar
a discussão outra vez.

Esse é o preço que o presidente Lula terá de pagar por ter entregue
o MEC não a um educador respeitado, como seria mais sensato, mas
a um político profissional conhecido por seu apego a ideologias
anacrônicas.

Na medida em que a oposição das universidades públicas e privadas
ao projeto é frontal, pouco mais resta ao presidente da República
fazer