[Boletim-sbq] Boletim Eletronico No. 536

Luiz Carlos Dias luizsbq em iqm.unicamp.br
Quinta Novembro 11 15:35:55 BRST 2004


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SBQ - BIENIO (2004/2006)      BOLETIM ELETRONICO      No. 536
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Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da 
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
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Veja nesta edição:

1. Mensagem do Presidente da SBQ
2. IV Workshop de Pós-Graduação em Química
3. Das Universidades estaduais do Paraná, da evasão docente e do 
cabeça-oca, artigo de Marcos Cesar Danhoni Neves  
4. FAPESP: listas tríplices para os cargos de vice-presidente, 
diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo e diretor 
científico.
5. CNPq responde a editorial 'Ciência e burocracia', da 'Folha de SP', 
sobre importação de matérias e equipamentos científicos 
6. Parlamentares da Comissão de C&T defenderão R$ 200 milhões para o 
CNPq

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1. Mensagem do Presidente da SBQ
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Prezado Colega,

Venho, novamente, pedir a sua colaboração. O dia 16/11 está se 
aproximando e ainda estamos muito longe do quorum mínimo necessário 
para instalar a Assembléia para votação do novo Estatuto.  

Ressalto que a SBQ tem prazo até 11/01/2005 para registrar o seu 
Estatuto Social, devidamente adequado ao novo Código Civil 
Brasileiro.

Caso você não tenha recebido ou tenha perdido a correspondência 
enviada, lembro que a minuta do voto (bem como toda a documentação
relativa à alteração do Estatuto) está disponível do site da SBQ: 
www.sbq.org.br.

Desde já agradeço sua participação.

Abraços,
Paulo Cezar Vieira

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2. IV Workshop de Pós-Graduação em Química
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Será realizado nos dias 25 e 26 de novembro, em Aracaju, SE, o IV 
Workshop de Pós-Graduação em Química, "INTEGRAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA: 
OS CAMINHOS DA PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA", numa realização conjunta da 
SBQ e da UFS.

O evento é destinado aos Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação
em Química, docentes e demais interessados.

O objetivo desse evento é discutir a integração Universidade-Empresa
e o papel da Pós-Graduação em Química neste processo, além de 
discutir e construir diretrizes, ações e estratégias para fortalecer
e ampliar as contribuições da Pós-Graduação em Química para o 
desenvolvimento do País.

Local do evento: Aquários Praia Hotel
Av. Santos Dumont, 1378.
Orla de Atalaia  - Aracaju

Para maiores informações,

Ledjane Silva Barreto (ledjane em ufs.br ) Fone (0xx79) 212-6650/6651/6658 
Solange Cadore (cadore em iqm.unicamp.br)  Fone (0xx19)3788-3125

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3. Das Universidades estaduais do Paraná, da evasão docente e do 
cabeça-oca, artigo de Marcos Cesar Danhoni Neves  
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Nota do Editor: Artigo escrito pelo Prof Marcos C. D. Neves,
secretário da SBPC da regional do Paraná, a pedido do Prof. Eduardo 
Borges de Melo (Unioeste Cascavel)
A fonte deste artigo é:
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=22914

Com os concursos públicos para o preenchimento de cerca de 5 mil 
novas vagas nas Universidades federais, estima-se que cerca de 30% 
(ou mais!) dos doutores das Universidades paranaenses deixarão seus 
empregos em busca de uma vida mais digna em outros Estados

O Governador do Paraná, Roberto Requião de Mello, em recente encontro 
com lideranças sindicais de estabelecimentos públicos de ensino 
superior afirmou, sobre a evasão docente qualificada nos últimos dois
anos, que: 'vão-se os cérebros e ficam os cabeças ocas'.

Disse ainda que 'ficará preocupado se a evasão ocorrer para o 
exterior, porém, se a evasão está ocorrendo para instituições 
públicas e PARTICULARES (friso nosso) dentro do país, esta é a 
contribuição do Paraná para com o Brasil'.

Não bastasse a ironia tacanha, completou: 'fico imaginando os 
cérebros saindo das cabeças e indo embora' 
(IN: http://www.sinteemar.com.br/noticias/29-10-2004_a.asp).

Infelizmente, vige no Paraná, desde os últimos Governos Requião-Lerner
(duas vezes)- e novamente Requião, a política da destruição 
sistemática das Universidades Públicas estaduais.

Os dados apontam que em menos de dois anos as cinco Universidades 
públicas do Estado perderam cerca de 7% de seu corpo docente, além de
um número mais de duas vezes superior de técnicos-administrativos.

Os números são catastróficos, pois se olharmos somente os docentes 
com título de doutor, esse número praticamente dobra.

É dessa evasão que o Sr. Governador se orgulha. Afinal, o Paraná 
fornece cérebros para todo o país, segundo sua lógica destrutiva.
É como se o prefeito de uma pequenina cidade se orgulhasse da alta 
migração de sua população pelo desemprego local.

Depois de um governo que tentou cassar a combalidade e pouca 
autonomia universitária, como foi o governo Lerner (que, em não 
negociando, permitiu que se estabelecesse no Paraná a mais longa greve
do país - 6 meses!), o governo Requião, impôs desde o primeiro dia
de sua administração, uma odiosa política decriminalização das 
Universidades paranaenses.

Chegou a fomentar a criação de uma CPI das Universidades, liderada 
por um deputado que responde pela alcunha de Braddock, em 'homenagem' 
ao ator de filmes de ação, à la Sylvester Stallone, Chuck Norris.

Além disso, cancelou cursos de graduação, vestibulares e estimulou 
a cizânia nas administrações universitárias.

Ademais, some-se a esse 'estado d'arte do totalitarismo', toda a
administração requiânica prestam-lhe uma obediência canina, mesmo nas 
ironias, como se depreende da Secretaria de Ciência e Tecnologia que 
afirma que as Universidades do Paraná são as que mais recebem apoio 
do governo estadual em todo o país (em texto divulgado em informe
publicitário do governo em todos os jornais do Estado).

Brinca com números e trabalha com a prestidigitação mais elementar 
diante da população. Só o orçamento de nossa Fundação de Apoio a 
Pesquisa, 'Fundação Araucária', já é uma medida do descaso (relativo a
pesquisa): irrisórios R$ 15 milhões de reais! Tal orçamento joga na 
mendicância toda possibilidade de fomento a pesquisa no Estado.

Atualmente, o próprio Governador não esconde sua vontade férrea de 
transferir as Universidades estaduais para a esfera federal.

O que as Universidades temem, em toda essa política de discriminação, 
de ostracismo, é que em 2005 haverá no país a abertura de concursos 
públicos para o preenchimento de cerca de 5 mil novas vagas nas
Universidades federais.

Estima-se que cerca de 30% (ou mais!) dos doutores das Universidades 
paranaenses deixarão seus empregos em busca de uma vida mais 
digna em outros Estados.

Será o verdadeiro desastre! Décadas de capacitação docente e 
milhões de reais escoarão pelo ralo da incompetência administrativa.

Requião pode se orgulhar dessa evasão e chamar a quem ficou de 
'cabeças ocas', mas na verdade, a população lamenta esse fato, pois 
a formação de cada docente saiu, em última instância, do imposto tão 
duramente pago.

O Governador Requião, com seu 'apoio' político, conseguiu impedir a 
continuidade de uma política social bem elaborada em muitas 
prefeituras ou de políticas que seriam criadas a partir da plataforma 
de candidatos a prefeito que não conseguiram se eleger/reeleger.

O recado das urnas está dado. A evasão continua se acelerando e, 
assim, cabeças ocas, dessa vez do próprio Palácio do Governo, insistem 
em fomentar o impraticável: a execução sumária de um patrimônio
público construído duramente ao longo de muitas décadas.

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4. FAPESP: listas tríplices para os cargos de vice-presidente, 
diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo e diretor 
científico.
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Agência FAPESP - O Conselho Superior da FAPESP, em reunião na 
quarta-feira (10/11), anunciou as listas tríplices para os cargos 
de vice-presidente, diretor-presidente do Conselho 
Técnico-Administrativo e diretor científico.

As listas foram entregues no mesmo dia pelo presidente da Fundação, 
Carlos Vogt, ao secretário estadual de Ciência, Tecnologia, 
Desenvolvimento Econômico e Turismo João Carlos de Souza Meirelles. 
O secretário encaminhará as mesmas aos governador de São Paulo 
Geraldo Alckmin, que fará a escolha dos novos executivos da FAPESP.

Os nomes foram escolhidos em eleição da qual participaram dez
conselheiros dos doze que compõem o Conselho Superior da Fundação. 
A escolha foi feita a partir das listas encaminhadas pelo Comitê de 
Busca e Seleção, constituído para o processo seletivo. O comitê 
foi formado por Vogt, que o presidiu, e pelos conselheiros Hermann 
Heinemann Wever, Marcos Macari e Vahan Agopyan.

Vice-presidente

Para a vice-presidência, vaga aberta desde o término do mandato de
Paulo Eduardo de Abreu Machado, em julho, no primeiro escrutínio ficou
Marcos Macari, professor titular do Departamento de Morfologia e 
Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias 
da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que obteve dez votos.

No segundo escrutínio ficaram Nilson Dias Vieira Junior, gerente do
Centro de Lasers e Aplicações do Instituto de Pesquisas Energéticas e 
Nucleares (Ipen), e José Arana Varela, professor titular do Instituto
de Química da Unesp, em Araraquara, ambos com nove votos.

Diretor presidente

O cargo de diretor presidente do Conselho Técnico-Administrativo
(CTA), aberto desde o falecimento de Francisco Romeu Landi, em abril, 
e que vinha sendo ocupado interinamente pelo diretor administrativo 
Joaquim José de Camargo Engler, teve em primeiro escrutínio Walter 
Colli e Umberto Cordani, com dez votos, e Ricardo Renzo Brentani, com 
nove. Colli é professor titular do Instituto de Química, Cordani é professor
titular do Instituto de Geociências e Brentani é professor titular da 
Faculdade de Medicina, todos da Universidade de São Paulo (USP).

Diretor científico

Para o cargo de diretor científico, que irá substituir José Fernando
Perez, que colocou o cargo à disposição, a lista traz em primeiro 
Escrutínio Carlos Henrique de Brito Cruz, reitor da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), com dez votos.

Em segundo escrutínio ficaram Luiz Nunes de Oliveira, pró-reitor de
pesquisa da USP e professor titular do Instituto de Física de São 
Carlos, e Hernan Chaimovich Guralnik, diretor e professor titular 
do Instituto de Química da USP. Os dois tiveram dez votos.

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5. CNPq responde a editorial 'Ciência e burocracia', da 'Folha de SP', 
sobre importação de matérias e equipamentos científicos 
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Órgão esclarece que a alegada inadimplência em nada afeta o
'Importa Fácil Ciência'

Leia a íntegra da carta enviada pelo CNP