[Boletim-sbq] Boletim Eletronico No. 529

Luiz Carlos Dias luizsbq em iqm.unicamp.br
Sexta Outubro 15 18:01:52 BRST 2004


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SBQ - BIENIO (2004/2006)      BOLETIM ELETRONICO      No. 529
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Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da 
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
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Prezados colegas do Boletim SBQ,

Boa tarde! 
Gostaria de, em nome dos membros da Diretoria e do Conselho Consultivo 
Da Sociedade Brasileira de Química - SBQ, cumprimentar todos os 
Professores pela passagem de seu dia, hoje, 15 de outubro.
PARABÉNS A TODOS OS PROFESSORES DESTE PAÍS!!!
Um ótimo dia a todos!

Veja nesta edição:

1. Número 5, do Volume 15, do J. Braz. Chem. Soc., 2004, está online
2. Editorial: J. Braz. Chem. Soc. 2004, 5, 15
3. Prof. Dr. Luis Alberto Avaca (IQSC-USP), eleito
vice-presidente da International Society of Electrochemistry (ISE)
4. Mercúrio indica poluição urbana e industrial na costa brasileira

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1. Número 5, do Volume 15, do J. Braz. Chem. Soc., 2004, está online
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Temos a satisfação de anunciar que o número 5, do Volume 15, do 
J. Braz. Chem. Soc.,  2004, já está disponível desde o dia 11 de 
outubro de 2004 dentro do NOVO sítio da revista: 
http://jbcs.sbq.org.br  

Agora é possível submeter seus trabalhos e acompanhar o andamento dos 
mesmos usando a submissão On-Line. Inscreva-se como usuário em nossa 
página e mande seus trabalhos On-Line. O sistema funciona da mesma 
forma que as mais prestigiadas revistas internacionais indexadas, com 
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disponível também na nossa página. Divulgue entre seus colegas, dentro 
e fora do Brasil, este serviço, ajudando o JBCS a ser cada vez mais 
conhecido e reconhecido no mundo científico. Faça um link para o JBCS 
na sua página pessoal ou institucional. Não há custos envolvidos.  

Os assinantes devem receber seus exemplares em breve. 

Neste número temos 24 Artigos e 4 Short Reports totalizando 176 
páginas.

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de 2003 é 0,895 e de 2002 é 1,036 !!! 

Aproveite também a oportunidade para tornar-se assinante do JBCS se 
você ainda não é, ou de garantir uma assinatura para a biblioteca de 
sua Instituição. 

Mais informações sobre a revista podem ser encontradas no NOVO website
http://jbcs.sbq.org.br. Visite-o e faça um link para o sítio do JBCS 
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sua instituição pois não há custos envolvidos.  

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Vamos continuar trabalhando juntos para aprimorar nossa revista cada 
vez mais ! Faça citações das revistas da SBQ em seus trabalhos e 
indique sempre possíveis citações do JBCS e QN para outros autores. 
Editores do J. Braz. Chem. Soc. 

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2. Editorial: J. Braz. Chem. Soc. 2004, 5, 15
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Editorial 15-5

Na segunda metade do século XX ocorreu uma expansão significativa no 
número de periódicos científicos e artigos publicados nas várias áreas 
do conhecimento. Esse crescimento foi acompanhado do surgimento de 
vários parâmetros com o objetivo de aferir a qualidade dos artigos 
publicados e dos periódicos. Se na década de 1980 o número de artigos 
publicados era um indicador de produtividade, na década de 1990 o 
número de citações dos artigos indicava um reconhecimento do trabalho 
do pesquisador. A etapa seguinte foi a criação de indicadores que 
mediam a qualidade dos periódicos e com isso surgiu o Fator de Impacto. 
Vale ressaltar, que todos são apenas indicadores, mesmo que muitas 
Agências de Fomento e Instituições de Ensino Superior e Pesquisa os 
usem para aferir pesquisadores e cursos de pós-graduação. Agora, surge 
um novo indicador: o Impacto Científico das Nações (The Scientific 
Impact of Nations). King analisou artigos, revisões e as respectivas 
citações, publicados nos mais de 8.000 periódicos (publicados em 36 
línguas) indexados na base Thompson ISI, no período de 1993 a 2001, que 
representam o mais significativo material em ciência e em engenharia.3 
Seu estudo também considerou os investimentos em pesquisa feitos pelos 
respectivos países. Como resultado, foi elaborada uma lista contendo os 
trinta e um países responsáveis por 1% ou mais dos artigos mais citados 
no período. Este grupo de países é responsável por mais de 98% dos 
artigos científicos mais citados no mundo. Nesta lista o Brasil aparece 
em 23o lugar, com 288 artigos, dentre os mais citados no período 
considerado.

Num segundo momento, o número de citações dos artigos é comparado com o 
que o autor denomina wealth intensity3 (produto interno bruto dividido 
pela população). Quando é feita esta comparação o Brasil passa a ocupar 
a 26a posição, à frente de Rússia, China, Taiwan, Índia e Irã. Paises 
como Rússia, China e Índia, que tem contribuição em citações maior do 
que o Brasil, mudam de posição quando este indicador é usado (wealth 
intensity ). Vale ressaltar que nenhum outro país da América Latina faz
parte das listas. Novos indicadores são sempre bem vindos, contanto que
sejam interpretados apenas como indicadores! O recém criado Impacto 
Científico das Nações traz um novo atrativo, pois cria condições para a 
comparação de nações estejam elas no primeiro mundo ou não. Várias 
sinalizações têm sido detectadas, o que demonstra o crescimento da 
atividade de pesquisa no Brasil, bem como a melhoria da qualidade 
destas publicações. A cada ano aumentam o número de revistas brasileiras
indexadas, como também os seus respectivos fatores de impacto. 

Atualmente, o Brasil é responsável por 1,5% da produção científica 
mundial e cerca de 10% das publicações brasileiras em periódicos 
indexados é feita em revistas, de boa qualidade, publicadas no país.

Outro estudo divulgado recentemente na Chemical and Engineering News,4
correspondente às publicações indexadas no período 1998-2001, revelou 
que o Brasil foi um dos paises que apresentou maior crescimento em

publicações no período: Coréia do Sul 1.332%, Taiwan 472%, China 354%, 
Brasil 308% e Itália 99%. Esses estudos,3,4 não discriminam áreas do 
conhecimento, entretanto a Química é uma das mais destacadas. 

Quaisquer que sejam os indicadores considerados, o crescimento da 
produção científica brasileira nas últimas duas décadas é expressivo. 

Os dados recentes da avaliação dos Programas de Pós-graduação pela 
CAPES5 revelam o contínuo crescimento da área de Química. No período 
avaliado (2001-03), foram publicados 6565 artigos em periódicos
indexados, nacionais (508) e internacionais (5815), bem como foram 
titulados 1329 mestres e 890 doutores. Estes dados, quando comparados 
com o biênio anterior (1998-2000) representam um crescimento de 37% nos 
artigos publicados e de 18 e 41%, respectivamente, nos mestres e 
doutores titulados.

As evidências demonstram que, no caso do Brasil, o sinergismo entre a 
comunidade científica, Sociedades e Agências Federais e Estaduais de 
Fomento à Pesquisa tem permitido um crescimento da ciência muito além 
Do investimento financeiro realizado. Acreditamos que com a absorção 
dos jovens doutores no meio acadêmico e industrial e com o aumento do 
investimento em ciência, tecnologia e inovação, que, sem prejuízo dos 
recursos do tesouro, pode ser viabilizado com o descontingenciamento 
dos Fundos Setoriais, haverá crescimento científico e, conseqüentemente, 
mais justiça social. 

Refs.:

1. de Andrade, J. B.; Cadore, S.; Vieira, P.C.; Zucco, C.; Pinto, A. C., 
Quim. Nova 2003, 26, 445.

2. Pinto, A. C.; de Andrade, J. B.; Quim. Nova 1999, 22, 448.

3. King, D.A.; Nature 2004, 430, 311.

4. Heylin, M.; Chem. Eng. News 2004, June 14, 38.

5. da Gama, A.A.S.; Ferreira, V. F.; Quim. Nova 2004, 27, 687-Editorial.

Angelo C. Pinto (UFRJ) e Jailson B. de Andrade (UFBA)

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3. Prof. Dr. Luis Alberto Avaca (IQSC-USP), eleito
vice-presidente da International Society of Electrochemistry (ISE)
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Recentemente, o Prof. Dr. Luis Alberto Avaca (IQSC-USP) foi eleito
vice-presidente da International Society of Electrochemistry (ISE), 
para o bienio 2005 - 2006.

O mandato inicia em 01/01/2005.

A informacao sobre a eleicao ja consta da home-page da ISE,
http://www.ise-online.org/

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4. Mercúrio indica poluição urbana e industrial na costa brasileira
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Embora as emissões de mercúrio tenham sido largamente reduzidas a 
partir da década de 1970, existem ainda vestígios de sua presença no 
solo, poeira e ar. Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense 
(UFF) e da Universidade Federal do Ceará (UFC) acreditam que a medida 
da distribuição deste elemento possa ser um ótimo indicador de níveis 
de poluição presentes na costa brasileira, região que concentra grande 
densidade populacional e de indústrias do país. A vantagem é que no 
Brasil, este metal não é encontrado em concentrações elevadas 
naturalmente no sedimento (exceto na região de Ouro Preto) e, quando 
surge, é fruto da atividade humana.

"Embora os processos industriais tenham substituído o mercúrio como 
matéria-prima de vários modos de produção, o metal permanece sendo 
emitido principalmente por fontes difusas e como constituinte traço de 
efluentes urbanos e domésticos", explicam os autores da pesquisa, 
Rozane Marins, Francisco José de Paula Filho, Saulo Robério Rodrigues 
Maia e Wanessa Sousa Marques, da UFC, e Luiz Drude de Lacerda, da UFF. 

Como fontes difusas pode-se entender o uso ainda feito desta matéria 
prima em componentes de lâmpadas, aparelhos de pressão, termômetros, 
restaurações odontológicas (amálgama), na combustão de carvão e 
derivados de petróleo, ou quando o meio ambiente encarrega-se de 
redistribuí-lo, pelo solo e drenagens. Há cerca de trinta anos, as 
indústrias faziam mais de 600 usos diferentes do mercúrio, e 
a indústria eletroquímica para produção de cloro-soda era a fonte mais 
importante de emissão.

O estudo, coordenado pela química carioca Marins, reuniu dados de 
mercúrio presente em sedimentos já disponíveis na literatura, 
principalmente dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do 
Sul, Bahia, Ceará e Pernambuco. A partir da análise das informações, a 
equipe de pesquisadores propôs o Índice de Geoacumulação Regional de 
Mercúrio (Igeoregional) para avaliar diferentes níveis de contaminação 
de ambientes costeiros localizados nas porções sul e leste do Brasil, 
que corresponde à faixa do Rio Grande do Sul até o Delta do Parnaíba 
(PI). Neste índice, fica de fora a porção Norte (praticamente litoral 
do estado do Acre) - como é dividida a costa brasileira, segundo o 
conceito de Grandes Ecossistemas Marinhos (ou LME, em inglês), que 
define as regiões segundo similaridades de tipo e formação da costa, 
água e composição e produtividade biológica.

Diferenciado em 7 classes, o /Igeoregional/ começa indicando as áreas 
naturais, sem ocorrência do metal, segue para baixos índices e, em 
sentido crescente, revela um agravamento da contaminação costeira por 
efluentes urbanos e industrias. Dentre as áreas mais contaminadas do 
litoral brasileiro está a Foz do Rio Botafogo (PE), com classe 7, e o 
rio São João de Meriti (RJ), classe 6, por terem recebido efluentes de 
indústria cloro-soda por vários anos; além da Lagoa de Patos (RS), Baía 
de Guanabara (RJ) e Baía de Todos os Santos (BA), todas com classe 5, 
contaminadas por fontes industriais, efluentes urbanos e chorume de 
lixões. 

Os pesquisadores alertam que os lixões e o esgoto doméstico e urbano, 
principalmente, são as atividades humanas que mais necessitam de 
controle e adequação ao desenvolvimento sustentável da região costeira. 
"O grau de contaminação chama a necessidade de monitoramento e também 
saneamento de áreas como a de manguezais", afirma a coordenadora do 
estudo. Marins, que estuda a presença de mercúrio no meio ambiente 
desde a década de 1990, acredita que o/ Igeoregional/, por ser simples 
de ser obtido, poderá ser usado em trabalhos futuros e ser útil na 
hora de traçar prioridades públicas de preservação ambiental e 
investimentos em saneamento básico.

O estudo foi publicado na última edição da revista científica/Química 
Nova/ (http://quimicanova.sbq.org.br/qnol/2004/vol27n5/15-RV03163.pdf) 
<http://quimicanova.sbq.org.br/qnol/2004/vol27n5/15-RV03163.pdf>

Nota do Editor: Artigo publicado na revista ComCiência
http://www.comciencia.br/200409/noticias/5/poluicao.htm

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Contribuições devem ser enviadas para o Editor do Boletim 
Eletrônico da SBQ:  Luizsbq em iqm.unicamp.br
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Até nossa próxima edição!!!
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Prof. Luiz Carlos Dias
Editor do Boletim Eletrônico 
Sociedade Brasileira de Química - SBQ
e-mail: luizsbq em iqm.unicamp.br


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