SBQ - BIÊNIO (2002/2004) BOLETIM ELETRÔNICO No. 462


Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da SBQ (www.sbq.org.br/jbcs/index.html).


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Veja nesta edição:

  1. Programa de Pós-Graduação em Química (PPG-Q) da UFSCar atinge o número de 500 defesas entre mestrado e doutorado
  2. CNPq - Ofício Circular PR nº 452/03 - Pesquisadores
  3. Prêmio Jovem Cientista do CNPq será entregue no dia 18 de novembro em Brasília
  4. IX Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química - Rio 30/Outubro a 01/Novembro de 2003
  5. MCT assina convênio liberando R$ 80 milhões para programa de apoio à pesquisa em empresas
  6. Raimundo Braz Filho: 'Soberania Nacional passa por educação, ciência e tecnologia'
  7. A grande promessa, artigo de Ennio Candotti

1. Programa de Pós-Graduação em Química (PPG-Q) da UFSCar atinge o número de 500 defesas entre mestrado e doutorado


O Programa de Pós-Graduação em Química (PPG-Q) da UFSCar encontra-se em festa neste mês de Outubro, pois no dia 30/10 atingimos o número de 500 defesas entre mestrado e doutorado.

O Programa de Pós-Graduação em Química (PPG-Q) da UFSCar iniciou suas atividades em 1980. Atualmente, o PPG-Q tem um curso de mestrado e um de doutorado, nos quais existem cinco áreas de concentração: Físico-Química, Química, Química Analítica, Química Inorgânica e Química Orgânica.

CURSO DE MESTRADO
O curso de mestrado foi iniciado no 2o semestre de 1980, com duas áreas de concentração: Físico-Química e Química Orgânica. Na ocasião, o PPG-Q tinha oito docentes e dois alunos, contando com uma infraestrutura mínima desejável. As primeiras três dissertações foram defendidas em 1984 (duas da área de Físico-Química e uma da de Química Orgânica). No 2o semestre de 1984, foi implantada uma terceira área de concentração: Química Inorgânica e no 2o semestre de 1992 a área de concentração em Química Analítica. A área de concentração em Química é bem mais recente: 1o semestre de 2000. No total, 301 dissertações já foram defendidas e aprovadas.
CURSO DE DOUTORADO
O curso de doutorado foi iniciado em 1987, também com duas áreas de concentração: Físico-Química e Química Orgânica, resultado de uma evolução natural do curso de mestrado. As primeiras três teses foram defendidas em 1990 (na área de Química Orgânica). No

2o semestre de 1992, foi implantada uma terceira área de concentração:

Química Analítica, sendo que a área de Química Inorgânica foi implantada no 1º semestre de 1998 e a de Química no 1º semestre de 2000. No total, 198 teses já foram defendidas e aprovadas.

Comemoramos no dia 30 de outubro, a defesa de número 500 (Tese nº 199) em 23 anos de atividades. Esta realidade foi uma árdua conquista, feita à base do trabalho de todos os envolvidos em nosso programa de pós-graduação, alunos, orientadores e principalmente dos coordenadores ao longo destes anos.

Assim, aproveitamos a oportunidade para agradecer, em nosso nome, e certamente em nome dos demais coordenadores ao longo destes anos, ao constante apoio dos pesquisadores na avaliação de nossas dissertações e teses, contribuindo com a excelente qualidade dos exemplares, assim como, na formação de nossos alunos.

Aos 23 anos com sucesso, nos cabe concluir a defesa de número 500 compartilhando nossa alegria com os nossos colegas da SBQ.

Dra. Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva Coordenadora do PPGQ-UFSCar
Dr. Alzir Azevedo Batista
Vice-Coordenador do PPGQ-UFSCar


2. CNPq - Ofício Circular PR nº 452/03 - Pesquisadores


CNPq
OF. CIRC PR. nº 0452 /03
Brasília, 28 de outubro de 2003

Prezados Pesquisadora e Pesquisador,

Um dos fatores que mais conspiram contra a qualidade do julgamento feito pelos Comitês de Assessoramento (CAs) é a ausência de pareceres ad hoc. No caso do Edital Universal, por exemplo, não recebemos os dois pareceres ad hoc solicitados para número significativo de projetos.

Os membros dos CAs e nosso corpo técnico vêm cobrando desta Presidência, com justa razão, medidas saneadoras a este respeito. Assim, após consulta aos CAs e a vários segmentos de nossa comunidade, e com aprovação do Conselho Deliberativo, resolvemos considerar inadimplentes aqueles pesquisadores do CNPq que deixarem de responder a um pedido de assessoria ad hoc. A inadimplência implica em suspensão temporária da bolsa de produtividade e do "grant".

Esse modelo, adotado há muito tempo com sucesso por outras agências, atende a uma demanda justa e insistente dos CAs, no próprio interesse de nossa comunidade.

Em contrapartida, informo que o formulário para pareceres ad hoc será consideravelmente simplificado.

Atenciosamente,

ERNEY PLESSMANN DE CAMARGO
Presidente


3. Prêmio Jovem Cientista do CNPq será entregue no dia 18 de novembro em Brasília


O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, Erney Plessmann, anunciou oficialmente no dia 7 de outubro, terça-feira, os vencedores do 19º Prêmio Jovem Cientista.

Foram três premiações na categorias Graduados e Estudantes e uma na de Mérito Institucional. As mulheres são maioria absoluta.

Entre elas, na categoria Estudantes (para alunos de escolas técnicas e de cursos superiores com menos de 30 anos), estão duas estagiárias e suas respectivas orientadoras do Ipen:

Juliana de Carvalho Izidoro e sua orientadora, Dra. Denise Alves Fungaro, do Centro de Química do Meio Ambiente (CQMA), com o 2o. lugar, com o trabalho "Tratamento de efluentes industriais usando material zeolítico preparado com cinza de carvão";

Giovana Pasqualini da Silva e sua orientadora, Dra.Sueli Ivone Borrely, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR), com o 3o.; lugar, com o trabalho "Estudo da degradação de sulfactantes contidos em efluentes pela aplicação da radiação ionizante".

Além delas, na mesma categoria, foi premiada com o 1o. lugar, Christhiane Assenhaimer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS).

Na categoria Graduados (pesquisadores com menos de 40 anos) o primeiro lugar também coube a uma pesquisadora de São Paulo, mais especificamente do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), da USP, em Piracicaba: Adriana Sturion Lorenzi. Os outros dois graduados são de dois estados diferentes: Liliana Amaral Feris, que ficou com o segundo lugar, é de Canoas (RS), da Universidade Luterana do Brasil; e

Além dessas, o Prêmio Jovem Cientista do CNPq tem ainda a categoria Mérito Institucional, que vai para a instituição que inscreve mais trabalhos. Este prêmio foi para a Universidade Vale do Itajaí.

A entrega da premiação, que inclui prêmio em dinheiro, acontece no dia 18 de novembro, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), em cerimônia que terá a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com outras autoridades governamentais e científicas do País.


4. IX Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química - Rio 30/Outubro a 01/Novembro de 2003


IX ENCONTRO REGIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA - RIO

30/OUTUBRO a 01/NOVEMBRO de 2003

Instituto Militar de Engenharia - IME

Programa do Evento
30/10/2003
Sessão de Abertura

14:00 Abertura do Evento
Comandante do IME General Rubens Silveira Brochado
Presidente da SBQ Paulo Cesar Vieira
Secretário da SBQ-Rio Eliezer Jesus Barreiro
Chairman da IX SBQ-Rio José Daniel Figueroa Villar Secretário da IX SBQ-Rio Alcino Palermo de Aguiar

15:00 Palestra de Abertura: Primeira Edição da Palestra José Bonifácio, Química e Sociedade - Contribuição da Química de Produtos Naturais
Prof. Raimundo Braz Filho, Reitor da UENF.

16:15 Palestra Plenária "Especiação" Prof. Reinaldo Calixto (PUC-RJ)

16:45 Palestra Plenária "Isatina: o Renascimento de uma Molécula Antiga"
Prof. Ângelo da Cunha Pinto (IQ-UFRJ)

17:30 Sessão de Comunicações Orais I

17:30 Polibutadieno Alto-Cis por Meio de Catalisadores à Base de Neodímio: Efeito das Variáveis de Síntese do Catalisador e do Processo de Polimerização Fernanda M. B. Coutinho, Ivana L. Mello, Denise S.S. Nunes, Tereza C.J. Rocha, Antônio A. Ferreira, Marcos A.S. Costa, Luiz Claudio de Santa Maria, Bluma G. Soares.

17:50 Modelos De Liv-Qsar-3d Para Inibidores De Tripanotiona Redutase: Estudo de Uma Série se Fenotiazinas N-Alquilamônio Quaternárias, Raquel Paula De Souza Conde (Ic)*, Rita Cristina Azevedo Martins (Pg), Magaly Girão Albuquerque (Pq) & Ricardo Bicca De Alencastro (Pq.

18:10 Preparação de 2-Pirrolidonas Quirais Substituídas a Partir de Enoatos Derivados do D-(+)-Manitol Jorge Luiz De Oliveira Domingos, Evanoel Crizanto Lima, Ayres Guimarães Dias, Paulo Roberto Ribeiro Costa.

18:30 Estudo da Atividade Catalítica do Complexo [Feiii(Tpp)Cl] Imobilizado em Zeólita Y Mara H.N. Olsen, Gisele C. Salomão, Adolfo Horn Jr., Christiane Fernandes, L. Cardozo-Filho, O.A.C. Antunes.

18:50 Modelagem Estrutural do Complexo da Carbazol 1,9a-Dioxigenase (Pseudomonas Sp.) da Rota de Desnitrogenação de Petróleo Ariane Leites Larentis, Shaila Cíntia Rössle, Rodrigo Volcan Almeida, Alexander Machado Cardoso, Welington Inácio De Almeida, Paulo Mascarello Bisch, Orlando Bonifácio Martins, Tito Lívio Moitinho Alves.

19:00 Fim das atividades do dia

31/10/2003

10:00-12:30 Minicursos (Parte I)

"Tratamento de Resíduos de Laboratório". Profa Maria Cristina Canela (UENF) (sala 3027)

"Planejamento de Agroquímicos: Um Campo de Aplicação para a Modelagem Molecular" Prof. Carlos Maurício Sant Anna (UFRRJ) (sala 3030)

"Química Forense" Prof. Carlos Alberto da Silva Riehl (UFRJ) (sala 1024)

"Química Bio-inorgânica: O Papel dos Metais em Sistemas Biológicos". Profa. Joana Mara Santos (UERJ)
(sala 3001)

13:30 Sessão de Painéis I (Posters Impares)

15:00 Palestra Plenária "Os Conceitos de Estrutura Molecular, Estrutura Química e de Ligação Química na Mecânica Quântica" Prof. Marco Antonio Chaer Nascimento (IQ-UFRJ)

15:30 Palestra Plenária "Pescando moléculas no litoral brasileiro: estratégias, resultados e perspectivas" Profa. Rosângela Epifânio (UFF)

16:15 Palestra Plenária "Ochnaceae: Química e Atividade Biológica" Prof. Mario Geraldo de Carvalho (UFRRJ)

16:45 Palestra Plenária "Obtenção em uma etapa do éter metílico (DME),

17:30 Sessão de Comunicações Orais II

17:30 Estudo Dos Complexos De 1-Propanotiol Com Os Metais, Vanádio (Iv), Níquel (Ii), Ferro (Ii), Chumbo (Ii) E Cádmio (Ii). Cristiane Maria De M. A. Portella, Judith Felcman E Maria Luiza B. Tristão.

17:50 Análise Do Impacto Dos Fatores Físicos E Químicos Na Qualidade Do Ar No Centro Do Rio De Janeiro, Rodrigo Caciano De Sena, Sergio Machado Corrêa, Graciela Arbilla.

18:10 Planejamento, Síntese E Avaliação Farmacológica De Novos Candidatos A Agentes Antinociceptivos Simbióticos Com Propriedades Antioxidante, Carolina M. Duarte, Cínthia L. D. Torreão, Daniel I. Lacerda, Jorge L. M. Tributino, Fernando Dutra, Etelvino J. H. Bechara, Ana Luisa P. De Miranda, Lídia Moreira Lima, Carlos A. M. Fraga E Eliezer J. Barreiro.

18:30 Estudo Comparativo Entre As Técnicas Voltamétricas De Pulso Diferencial E De Onda Quadrada Para Determinação De Talidomida Em Fármacos, Carlos E. Cardoso (Pg)*, Renata O. R. Martins, Pércio A. M. Farias E Ricardo Q. Aucélio.

18:50 Avaliação Do Ensino De Química Nas Instituições de Nível Superior Do Estado Do Rio De Janeiro, Edson De Almeida Ferreira Oliveira, Renata Mayer Barbosa, Pedro Ivo Canesso Guimarães, Luiz Cláudio De Santa Maria E Fábio Merçon.

19:00 Fim das atividades do dia

01/11/2003

10:00 Minicursos (Parte II)

13:30 Sessão de Painéis II (Posters Pares)

15:00 Palestra Plenária "A FAPERJ e a Ciência no Rio de Janeiro" Prof. Jerson Lima (FAPERJ)

15:30 Palestra Plenária "Ressonância Magnética Nuclear no Estado Sólido e suas Aplicações a Catalisadores Industriais" Dra. Sônia Cabral (CENPES-Petrobras)

16:15 Mesa Redonda "A pesquisa e a pós-graduação em Química no Estado do Rio de Janeiro"
Coordenador: Vitor Francisco Ferreira (UFF e CAPES)
Jerson Lima da Silva (FAPERJ e UFRJ)
Claudia Rezende (UFRJ)
Isabel Moreira (PUC-Rio)
Wilma de Araúlo Gonzalez (IME)

17:30 Assembléia Geral da SBQ-Rio

18:00 Encerramento do Evento.


5. MCT assina convênio liberando R$ 80 milhões para programa de apoio à pesquisa em empresas


Recursos estimulam parceria com empresas de base tecnológica

O ministro da C&T, Roberto Amaral, assinou na segunda-feira, no RJ, convênio que repassa mais de R$ 80 milhões ao Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE).

'O objetivo é descentralizar recursos para a área de C&T. Estamos rompendo com os anéis de poder. A liberação dos recursos previstos nos convênios está condicionada a contrapartidas financeiras por parte dos Estados. Na prática, isso significará um aporte de R$ 174 milhões para os Estados, o dobro do total a ser investido pelo governo federal', disse o ministro.

O PAPPE busca financiar atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos inovadores. Ele possibilita que empresas de base tecnológica se associem a pesquisadores em projetos de inovação.

A operação se dará da seguinte forma: a Finep estabelecerá convênios com as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), com duração de 24 meses.

O repasse dos recursos pela Finep para as FAPs será feito em quatro parcelas, obedecendo a um cronograma de desembolso estabelecido nos convênios.

Os pedidos de apoio feitos pelos pesquisadores, que atuam diretamente ou em cooperação com empresas de base tecnológica, deverão ser submetidos à FAP de seu respectivo Estado.

Nos Estados onde não houver FAP, o repasse será feito para a instituição habilitada e designada pelo seu governo estadual.

'O convênio assinado na segunda-feira só estimula a criação de novas Fundações de Amparo à Pesquisa e fortalece as que já existem. Ele contribuirá para o aumento de pesquisas e para o repasse de experiência entre as FAPs', afirmou Francisco Romeu Landi, presidente do Fórum das FAPs.
(Andréia de Abreu, da Assessoria de Comunicação do MCT)

Fonte: JC e-mail 2395, de 29 de Outubro de 2003


6. Raimundo Braz Filho: 'Soberania Nacional passa por educação, ciência e tecnologia'


Ao receber Medalha Tiradentes, reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense defende democratização da educação

Personalidades de diversas instituições do meio científico e autoridades da área governamental prestigiaram, na noite de segunda-feira, no RJ, a solenidade de entrega da Medalha Tiradentes ao professor Raimundo Braz Filho, reitor da Uenf.

A medalha, mais alta comenda da Assembléia Legislativa, foi concedida por iniciativa do deputado estadual Edmilson Valentim (PCdoB).

Presente à solenidade, o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, declarou que é uma honra para a instituição abrigar, no Salão Pedro Calmon, palco de lutas políticas e embates de idéias, a homenagem ao professor Raimundo Braz Filho.

No discurso de agradecimento, o professor Braz fez uma defesa enfática de valores como democratização da educação, melhoria das condições de vida da população brasileira, defesa do patrimônio público, reforço no controle dos recursos naturais e fronteiras do Brasil, soberania nacional e sentimento de patriotismo.

Braz afirmou que a soberania nacional depende da 'educação, da ciência e da tecnologia, orientadas para o desenvolvimento da população e da economia e para o fortalecimento do país perante o cenário produtivo mundial'.

E ressaltou que as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas nas Universidades públicas e gratuitas são essenciais para o desenvolvimento social e econômico do país.

O presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), professor Paulo Cesar Vieira, disse que aquela era uma justa homenagem prestada ao professor Braz, pela sua contribuição ao desenvolvimento da ciência no país, especialmente na área de Química Orgânica.

Realizada no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, a solenidade teve início por volta das 19h e terminou às 20,30h. Durante a cerimônia, foi exibido um vídeo com a trajetória histórica do professor Raimundo Braz Filho, desde o início profissional, em sua cidade Natal (Pacatuba-CE), até os dias de hoje, registrando as premiações por ele recebidas.

A mesa de trabalhos foi composta pelas seguintes autoridades, além do próprio Braz: reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira; subsecretário de estado de Educação Rivo Gianini, representando a secretária Darcília Leite; deputado Edmilson Valentim; vice-reitor da Uenf, Sérgio de Azevedo; vice-reitor da Uerj, Celso Pereira Sá, representando a reitora Nilcéia Freire; pró-reitor de Ensino e Graduação da UFRJ, José Roberto Meijer Fernandes; pró-reitor de Extensão da UFRJ, Marco Antonio França Faria; pró-reitora de Extensão da Uenf, Lílian Bahia de Oliveira; pró-reitor de Graduação da Uenf, Almy Júnior Cordeiro de Carvalho; presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), Paulo César Vieira; e Paulo Roberto Ribeiro Costa, que fez a saudação, representando os professores da UFRJ.

Estiveram ainda presentes os professores João Ferreira Filho, decano do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ; Ângelo Cunha Pinto, diretor do Instituto de Química da UFRJ; Carlos Bielchowski, presidente do CEDERJ; Áurea Echevarria, coordenadora de Pós-graduação em Química Orgânica da UFRRJ; e ainda a presidente estadual do PCdoB, Ana Rocha, entre outras personalidades. (Assessoria de Comunicação da Uenf)

Fonte: JC e-mail 2395, de 29 de Outubro de 2003


7. A grande promessa, artigo de Ennio Candotti


Não são apenas jurídicas as razões da denúncia. Mais graves talvez sejam os próprios danos que o 'confisco' desses recursos traz para o desenvolvimento científico e tecnológico que os fundos têm por objetivo promover, uma vez que paralisa as ações programadas e torna impossível pensar em novos modos de financiamento não-tributário semelhantes

Dedicar 2% do PIB para CT&I (ciência, tecnologia e inovação) até 2007 é uma meta de governo reafirmada, em sucessivas oportunidades, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje os dispêndios são da ordem de 1% do PIB -isto é, cerca de R$ 12 bilhões por ano.

É possível alcançar essa meta sem elevar de modo significativo a contribuição dos recursos tributários do Orçamento da União. Para isso é necessário apenas preservar as dotações presentes e os fundos setoriais de cortes, sobressaltos e 'reservas de contingência', afinar as ações dos diferentes ministérios e garimpar novas fontes de recurso.

Os fundos setoriais, exemplos de fontes novas, foram concebidos em 1999 para promover o desenvolvimento científico e tecnológico. Mobilizaram e recolheram contribuições de setores da economia, particularmente em áreas de recente privatização, e porcentagens das remessas ao exterior para pagamentos de royalties e tecnologia.

Dinheiro, portanto, de origem não-tributária, inexistente até então no Orçamento da União.

O orçamento do MCT, para 2004, é de aproximadamente R$ 4 bilhões e corresponde a cerca de 30% dos dispêndios globais em CT&I do governo.

Esse orçamento seria de R$ 4,8 bilhões, se dele não tivessem sido subtraídos cerca de R$ 800 milhões previstos na receita dos fundos setoriais, com destino às 'reservas de caixa'.

Repetiu-se assim, neste ano, a mesma prática, dos últimos quatro anos, de repassar apenas parte (menos de 50%) dos recursos recolhidos para os fundos.

Sem levar em consideração que eles foram pensados e negociados com os contribuintes com o objetivo de dar estabilidade e permitir um crescimento, mesmo que moderado, aos investimentos na área, sem cortes e intervenções.

De 2001 a 2004, somam R$ 2.2 bilhões os recursos subtraídos dos fundos setoriais e dos compromissos que permitiram desenhar sua arquitetura.

Tanto os laboratórios de pesquisa e as Universidades, como as empresas, que contribuem com grande parte dos recursos que os compõem, têm boas razões para denunciar o indevido recolhimento fazendário.

Recolhimento indevido, uma vez que burla a própria Lei de Diretrizes Orçamentárias, de 2002 (nº 10.524), que exclui de limitações e 'contingenciamentos' os recursos para CT&I, incluindo os fundos setoriais que, sendo vinculados a finalidade específica, devem ser utilizados exclusivamente para atender esse objetivo.

Não são apenas jurídicas as razões da denúncia. Mais graves talvez sejam os próprios danos que o 'confisco' desses recursos traz para o desenvolvimento científico e tecnológico que os fundos têm por objetivo promover, uma vez que paralisa as ações programadas e torna impossível pensar em novos modos de financiamento não-tributário semelhantes.

Os objetivos de agregar mais conhecimento e inovação às políticas públicas e à produção da indústria e da agricultura ficam assim comprometidos, e o símbolo dos 2% perdido.

Deve-se, também, observar que os mencionados R$ 2,2 bilhões subtraídos do orçamento de CT&I correspondem somente à metade das 'perdas e danos' correntes.

Existe outro fundo imobilizado. O Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), que acumulou receitas de cerca R$ 2,5 bilhões, administrado pelo Ministério das Comunicações.

Esses recursos, que têm sido recolhidos pela Fazenda, não podem ser destinados aos seus fins devido a entraves de ordem jurídica que Executivo e Legislativo tardam em resolver.

Trata-se de fundo criado logo após a privatização do sistema Telebrás, para promover a universalização do acesso às telecomunicações, tanto dos meios, como, possivelmente, das próprias finalidades e da formação de recursos humanos necessários para alcançar esses objetivos.

Novamente, a falta de entendimento que permita contornar as razões que justificam o bloqueio dos recursos do Fust tem como conseqüência retardar a construção de uma ampla rede de comunicação que ligue escolas e laboratórios, centros comunitários, Universidades e bibliotecas.

Somados, os recursos das fontes mencionadas são superiores ao atual orçamento do MCT. Suas contribuições são hoje decisivas para que se possa traçar o caminho das metas que os 2% sinalizam e cumprir a promessa em quatro ou cinco anos.

Nota do Editor
Ennio Candotti é professor do Depto. de Física da Universidade Federal do Espírito Santo, membro do Conselho de Ciência e Tecnologia do MCT e presidente da SBPC. Artigo publicado na 'Folha de SP': 29/10

Secretaria Geral SBQ


Contribuições devem ser enviadas para: Luizsbq@iqm.unicamp.br http://www.sbq.org.br

Até nossa próxima edição!!!


Prof. Luiz Carlos Dias
Secretário Geral da Sociedade Brasileira de Química - SBQ e-mail: luizsbq@iqm.unicamp.br