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Veja nesta edição:
A Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa na última quarta-feira para discutir a situação da pesquisa científica e tecnológica do Estado e o repasse de verbas para o setor teve boa repercussão entre os deputados mineiros, avalia o professor Robson Matos, secretário adjunto da SBPC/MG, entidade que organizou o evento.
Com a presença de representantes da comunidade acadêmica e científica, secretários de Estado e deputados, a reunião aconteceu na Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembléia e teve por objetivo sensibilizar os parlamentares para a necessidade de efetivo apoio à Ciência e Tecnologia. "Ampliamos o leque de deputados sensíveis à causa da C&T", assegura Robson Matos. A Audiência também foi parte de um processo legal que visa realizar, na Assembléia, fórum técnico sobre o assunto.O presidente da SBPC, Ennio Candotti, e os pró-reitores da UFMG, José Aurélo Bergmann e Maria Sueli Pires, também participaram da reunião.
Segundo o professor, a Audiência aprovou o pedido de realização do fórum, que agora será submetido a votação pela Mesa da Casa e pelo Colégio de Líderes. "Nossa proposta é apresentar, no fórum, pesquisas que são financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e outras que poderiam estar em estágio mais avançado caso tivessem garantia de recursos", explica.
Cachaça
O principal assunto na Audiência Pública foi a situação da Fapemig, que nunca recebeu, em tempo hábil, o percentual de 1% do orçamento bruto do Estado, estabelecido pela Constituição. Historicamente, o governo mineiro faz o contingenciamento da verba e repassa pequenas parcelas, entregando o maior montante apenas por volta do dia 26 de dezembro, o que dá à Fundação o prazo de três ou quatro dias para empregar os recursos ou devolvê-los ao governo, pois, segundo a lei, a verba anual precisa ser aplicada até 31 de dezembro.
Também foram apresentados dados sobre o bom desempenho dos pesquisadores de Minas comparativamente aos cientistas de São Paulo e Rio de Janeiro, apesar da escassez de recursos para os projetos de pesquisa.
"Expliquei aos parlamentares que C&T é uma cachaça - gostaria que todos tomassem um pouquinho, porque vicia", brincou Robson Matos, ao lembrar que o processo de sensibilização dos parlamentares por meio do debate e da informação costuma gerar bons resultados. "Quem conhece a C&T se apaixona e percebe a importância de defendê-la", afirma.
Dívida moral
Em audiência com o Secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Antonio Augusto Junho Anastasia, os representantes da SBPC discutiram
Segundo Robson Matos, o secretário informou que o governo mineiro pretende aumentar aos poucos o valor repassado à Fapemig, até conseguir cumprir o dispositivo constitucional. Em 2003 só serão repassados cerca de R$37 milhões, que equivalem a 35% do valor total. Para 2004, a intenção é ampliar um pouco esse valor.
Leia mais (matéria site ALMG)
Enviado por Robson Mendes Matos - DQ - ICEx - UFMG
robson dedalus.lcc.ufmg.br
(Extraído do site da UFMG: www.ufmg.br, 25/09/2003)
15TH SURFACTANTS IN SOLUTION SYMPOSIUM (SIS2004), Fortaleza, de 6 a 11 de junho de 2004 - Aproveitem os últimos dias e façam sua pré-inscrição para o SIS2004.
Esclarecemos que a pré-inscrição não implica em obrigatoriedade de participação no simpósio, mas facilitará as etapas posteriores de submissão do Abstract e da realização da inscrição. Alternativamente, a pré-inscrição poderá também ser feita online juntamente com o formulário de submissão de Abstract que estará em breve disponível no site do evento: www.ibilce.unesp.br/eventos/sis2004
Responsável pelo registro de patentes e marcas, instituto espera mudança prometida pelo governo
As 13 tiras de fita isolante que remendam o sofá preto do hall da presidência, no 18.º andar do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), demonstram bem a situação do órgão, responsável pelo registro de patentes e marcas do país.
Com escassez de pessoal e de recursos, a produtividade caiu e há 350 mil processos na fila para análise. Apesar desse cenário, o governo informa que o órgão é prioritário e que já há previsão para a contratação de 108 pessoas.
"Para quem está de fora pode parecer que o Inpi não está produzindo. Mas ele está produzindo, sim, dentro da capacidade extremamente limitada que temos agora", explica a diretora substituta de patentes, Maria Alice Calliari, que ingressou em 1980 no instituto, como examinadora.
A executiva substituiu o diretor titular, Luis Otavio Beklini, que ocupa a presidência interinamente. O governo federal ainda não definiu o prazo para a escolha do novo presidente.
A secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), responsável pelo órgão, reconhece que o Inpi precisa de pelo menos 500 novos funcionários e costuma divulgar que o ministério confere prioridade ao órgão.
De concreto, até o mês de setembro, foi decidida a contratação de pouco mais de 100 pessoas, por meio de concurso público. Há planos para contratar outros 200 em 2004 e mais 200 em 2005.
A expectativa do governo é concluir uma reestruturação do instituto até 2007. Além de recompor o quadro de pessoal, o objetivo do trabalho é modernizar, sanear, aumentar a eficiência e aparelhar as instalações físicas da sede.
Da década de 1920, o edifício 'A Noite' abrigou a Radio Nacional e era considerado o maior prédio da América Latina, com 22 andares, que equivalem a 30 em um prédio moderno, por causa do pé direito (mais alto) dos seus andares.
Enquanto a reforma não prospera, o instituto, que já teve 860 servidores e recebia 12 mil pedidos de patentes ao ano na década passada, trabalha hoje com 560 pessoas e processa 24 mil pedidos por ano.
São 100 mil pedidos de registro de marcas anualmente. A análise de
um pedido de registro de marca pode levar até 3 anos. No mundo, a
média é de 12 meses, conforme informação do próprio
instituto. No
caso das patentes, que levam em torno de quatro anos
internacionalmente, o prazo sobe a 6 anos no Brasil.
Em razão do contingenciamento de verbas do governo, o valor que sobra para o investimento e custeio do instituto caiu dos R$ 36 milhões previstos para R$ 28 milhões em 2003.
Na prática, o orçamento para este ano é de R$ 82,173 milhões, dos quais 40% vão para os gastos com pessoal. Um dos projetos afetados pelo contingenciamento foi o de disseminação da cultura da propriedade industrial.
O curioso é que os recursos do Inpi são gerados dentro do próprio instituto.
Fonte: O Estado de SP, 26/9
A chamada pública MCT/Finep/CT-Infra 03/2003 visa a implantação de infra-estrutura física: a realização de obras e edificações em Universidades e instituições públicas de ensino superior e de pesquisa, em qualquer área do conhecimento, em todo o território nacional
Serão comprometidos recursos não-reembolsáveis de até R$ 10 milhões, sendo que pelo menos 20% deste valor deve ser aplicado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
As chamadas 04 e 05 estão voltadas para laboratórios e unidades multiusuários.
Na primeira, há R$ 20 milhões para compra de equipamentos altamente especializados, inexistentes na instituição, disponíveis regularmente para usuários internos e externos, com valor maior que R$ 100 mil.
Só poderão se candidatar unidades executoras que tenham em seu quadro permanente pelo menos vinte pesquisadores doutores. No mínimo 10% dos recursos devem ser aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Já a chamada MCT/Finep/CT-Infra 05/2003 apoiará com até R$ 10 milhões a manutenção de laboratórios e unidades multiusuários que existam há pelo menos um ano.
Esses laboratórios se caracterizam por dispor de equipamentos altamente especializados, equipe técnico-científica de reconhecida competência e usuários internos e externos, ou seja, pesquisadores de outras unidades ou instituições. No mínimo 20% do valor total deve ser aplicado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Será exigida a apresentação de contrapartida nos convênios que vierem a ser firmados com instituições vinculadas a Estados, Municípios e Distrito Federal, com percentuais que vão de 3% a 20% sobre o valor aportado pela Finep.
No caso de instituições federais e instituições privadas (como é o caso das Fundações de Apoio às Universidades) não é exigida contrapartida.
Os formulários para as três chamadas estarão disponíveis no dia 13 de outubro e o prazo para entrega de propostas é 13 de novembro.
São elegíveis Universidades e outras instituições públicas de ensino superior e de pesquisa, que poderão ser representadas por Fundações de Apoio criadas para tal fim e instituições públicas de pesquisa, científica ou tecnológica, que poderão ser representadas por entidades sem fins lucrativos, desde que tenham por objetivo regimental ou estatutário a pesquisa, o ensino ou o desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e que possuam competência e atuação no tema em questão.
(Assessoria de Comunicação da Finep)
Fonte: JC e-mail 2373, de 26 de Setembro de 2003
Apresentada pelo presidente da Capes, Marcel Bursztyn, em 14/9
Eis a íntegra do documento:
Considerações iniciais:
A persistente construção desse sistema tem sido o resultado de um empreendimento coletivo, envolvendo a intensa participação da comunidade acadêmica, juntamente com a atuação decisiva de diversas agências nacionais de fomento. Sem dúvida, o notável crescimento da pós graduação no Brasil se deu sob a égide da coordenação exercida pela Capes.
Nesse sentido, gostaríamos de afirmar o compromisso dessa gestão com a preservação das finalidades institucionais da Capes: coordenar e avaliar os cursos de pós-graduação, fomentar o sistema com bolsas e auxílios, assegurar as condições adequadas para a informação científica e tecnológica, assegurando a manutenção do portal de periódicos.
As decisões sobre a política nacional de pós-graduação continuarão a ser tomadas a partir da participação da comunidade científica, representada nos órgãos colegiados da Capes, em conjunto com sua Diretoria-Executiva.
Na medida do necessário, proporemos novas ações, visando ao aperfeiçoamento da pós-graduação, compatíveis com as finalidades da Capes, procurando ampliar a sua contribuição diante das incessantes e renovadas demandas da sociedade brasileira.
Certamente, essas proposições serão acompanhadas de amplo debate com os que atuam no sistema nacional de pós-graduação. Assim, reafirmo a disposição de manter um diálogo com a comunidade acadêmico-científica, tendo em vista o processo contínuo de aperfeiçoamento da pós-graduação brasileira.
O Conselho Superior e o Conselho Técnico-Científico, são fóruns legítimos de reflexão sobre questões pertinentes à pós-graduação.
Essa revisão contínua deve estar voltada para uma interação mais dinâmica da pós-graduação com o desenvolvimento socioeconômico da sociedade brasileira.
É preciso rever resultados, avançando na construção da pós-graduação que queremos. A pós-graduação continua com a tarefa de qualificar o corpo docente no país: depois de três décadas de sua existência, apenas 33% dos docentes que atuam no ensino superior são mestres e somente 21% possuem a titulação de doutor.
Certamente, a pós-graduação já realizou muito pelo desenvolvimento do Brasil mas, sem dúvida, apresenta um enorme potencial para ampliar a sua contribuição para o desenvolvimento do ensino superior e da própria sociedade brasileira.
De um modo geral, formou-se uma cultura de pós-graduação no país que tem conduzido, em larga medida, algumas áreas do conhecimento a girar sobre si mesmas, movidas por uma lógica de produção científica pautada, de forma significativa, pelo reconhecimento intelectual e simbólico entre os seus pares.
Esse fenômeno encontra-se ligado à própria lógica do funcionamento do campo científico e tende a manifestar-se de forma diferenciada no interior das diversas áreas do conhecimento.
Sem desconhecer essa realidade, assim como as complexas relações que os cientistas mantêm com a cultura disciplinar de sua área específica de conhecimento, devemos refletir sobre a pertinência social da pós-graduação.
As diferentes áreas do conhecimento, os institutos e as Universidades que abrigam os programas de pós-graduação, na medida do possível, deveriam buscar uma interação mais dinâmica com a sociedade nacional, com diversos problemas que afetam os sistema educacional, econômico, cultural do país.
Uma das questões que gostaríamos de discutir com o Conselho Técnico Científico é o que o conjunto da pós-graduação (áreas do conhecimento/institutos/Universidades) pode fazer a mais do que vem realizando para o desenvolvimento socioeconômico, científico-tecnológico do país e para a melhoria do seu sistema educacional.
Nesse sentido, relacionamos um conjunto de questões que julgamos pertinentes, como pano de fundo para uma reflexão do momento atual da pós-graduação brasileira:
No entanto, há que se reconhecer que a sistemática do processo de avaliação se dá principalmente em um só sentido: os programas de pós-graduação são objeto de um complexo e rigoroso sistema de avaliação, mas não existe uma avaliação dos resultados da avaliação. Com vista ao seu aperfeiçoamento, dever-se-ia analisar, por exemplo, a prevalência de critérios e/ou indicadores homogêneos para todas as áreas, independente das suas especificidades disciplinares, das modalidades de inserção regional, nacional e internacional dos institutos e/ou Universidades que abrigam os centros de pós-graduação. É certo que a avaliação tem provocado uma busca de maior eficiência dos programas diante dos indicadores utilizados. Mas resta o desejo de introduzirmos a dimensão qualitativa como atributo necessário desse processo, bem como a dimensão relativa ao seu papel.
A ação da Capes tem sido muito mais reativa. Novos cursos são credenciados ou não, independentemente de serem apreciados quanto à sua relevância social para o país. É tempo de se imprimir uma perspectiva macro na formulação de políticas para a pós-graduação, definindo prioridades e estabelecendo os seus eixos de desenvolvimento para os próximos anos. Proposta de diretrizes gerais para a atualização do papel e das rotinas da Capes: As reflexões abaixo elencadas são uma plataforma aberta a discussões com os órgãos colegiados da Capes, buscando incorporar eventuais críticas e sugestões e evoluir para proposições mais detalhadas.
Considerações Finais:
Uma política de pós-graduação pró-ativa e de longo alcance deve:
A retomada da elaboração do IV PNPG, prevista como uma das atividades da Comissão Capes/Cnpq, pode constituir uma oportunidade para a formulação de uma política para a pós-graduação, capaz de identificar os pontos de estrangulamento do sistema, de rever criticamente os mecanismos que vêm sendo utilizados na implementação da pós-graduação, de definir prioridades para o seu desenvolvimento atual. O IV PNPG se configura como o instrumento apropriado para elaborar uma estratégia de longo prazo para a pós-graduação, articulando as ações da Capes com as demais agências de C&T federais, estaduais e regionais, existentes no país.
Fonte: JC e-mail 2373, de 26 de Setembro de 2003
Secretaria Geral SBQ
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Até nossa próxima edição!!!