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Veja nesta edição:
Com relação ao texto publicado no último Boletim, gostaria de tecer alguns comentários. O autor afirma que "O CNPq desde sua fundação sempre operou na base da análise por pares e assim a ciência brasileira cresceu." Essa afirmação não é correta. Pode ser que a "análise por pares" tenha sido usada na Europa desde o século XVII, mas aqui no Brasil, e mais precisamente no CNPq, ela só começou a ser usada depois da década de oitenta do século XX, por volta de 1985. Antes disso, as decisões eram tomadas pelos membros do CA em reunião no próprio CNPq em Brasília. Além disso, haviam as quotas políticas de bolsas, que eram concedidas a parentes de militares de alto escalão, diplomatas, políticos e pessoas influentes em geral. Essas bolsas eram concedidas sem nenhum julgamento e ninguém acompanhava os seus relatórios. A CAPES também instituiu a metodologia de julgamento por pares mais ou menos na mesma época. O orgão mais reticente foi a FINEP, ela só foi instituir o julgamento por pares, depois de muita pressão do meio acadêmico, na década de 90. Antes disso os projetos eram julgados pelos técnicos da própria FINEP. O processo de julgamento por pares só foi instituído nestes órgãos depois de muita pressão feita pelo meio acadêmico brasileiro, através da SBPC, da SBQ e de outras sociedades científicas brasileiras.
Com relação à outra afirmação do autor "A análise do resultado do edital mostra que membros de comitês foram contemplados com recursos. Dos 36 comitês, apenas nove, na maioria da área de ciências humanas, deixaram de contemplar seus membros." Ressalto que, este resultado não tem nada a ver com a análise por pares e sim com a "falta de ética profissional".
Concluindo, gostaria de lembrar que a análise por pares ainda é o método mais eficaz para distribuir recursos públicos para a pesquisa. No entanto, a comunidade científica tem que ficar atenta para que os resultados destas análises não sejam mal utilizados pelos comitês. O problema é que a comunidade científica brasileira se tornou nos últimos anos uma "massa politicamente inerte" e acredita que a ascensão deste ou daquele partido ao poder poderá resolver os seus problemas.
Prof. Marco-A. De Paoli
Laboratorio de Polimeros Condutores e Reciclagem
Instituto de Química
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
mdepaoli@iqm.unicamp.br
Prezados Colegas,
É com satisfação que informamos a realização da terceira apresentação da série "Colóquios do Instituto do Milênio de Materiais Complexos 2003" (ver texto com informações ao final desta mensagem).
Tal atividade será realizada no Anfiteatro do Instituto de Química da Unicamp, na próxima sexta-feira, às 11:00 (primeira parte) e às 14:00 horas (segunda parte - discussões abertas). Caso queira fazer contato com o Conferencista use o e-mail eberlin@iqm.unicamp.br .
Aproveitamos para informar que o Colóquio será transmitido pela internet em tempo real. Para isto basta você ter instalado o Real Player. Caso não tenha este programa instalado, existem instruções para fazer o downloading no endereço abaixo. O programa leva cerca de 15 minutos para ser instalado. Você pode assistir o evento no mesmo endereço, identificando o ícone do IMMC. No mesmo endereço existem disponíveis os dois primeiros Colóquios realizados.
http: //www.cameraweb.unicamp.br
Caso seja possível contamos com sua presença. !
Ficaríamos agradecidos em receber informações sobre o número de pessoas que acompanharam a transmissão e sobre a qualidade. Caso julgue pertinente passe esta informação para possíveis interessados.
Atenciosamente,
Prof. Oswaldo Luiz Alves
Coordenador dos Colóquios do IMMC
Vice-Coordenador Executivo do IMMC
Instituto do Milênio de Materiais Complexos
Colóquios do IMMC
A "Nova" Espectrometria de Massas e suas Múltiplas Técnicas e Aplicações
Marcos N. Eberlin
Instituto de Química - UNICAMP
Novas técnicas de ionização, bem mais brandas e de amplo espectro, tais como "atmospheric pressure electrospray (ESI)" e "matrix-assisted laser desorption ionization (MALDI)", juntamente com uma variedade de novos conceitos e equipamentos de altíssima performance, operando nos modos MS e MSn, revolucionaram recentemente a maneira pela qual moléculas são ionizadas e transferidas para a fase gasosa antes de terem suas massas mensuradas. Assim, podem ser determinadas não só suas estruturas como também a medida de diversas propriedades físico-químicas. Estas novas técnicas propiciaram uma verdadeira expansão das aplicações da Espectrometria de Massas (EM) abrangendo, agora, uma variedade de novas moléculas que inclui as termolábeis e polares e, ainda, as de massas altas (até milhões de Ku). Atualmente, a espectrometria de massas é aplicada, com vantagem, em um amplo leque que cobre, por exemplo, desde elementos atômicos e pequenas moléculas orgânicas voláteis até complexos inorgânicos e organometálicos, drogas, metabólitos, peptídeos, proteínas, açúcares, lipídeos, sais orgânicos e inorgânicos, materiais poliméricos, nanopartículas e mesmo vírus e bactérias. Neste Colóquio, abordaremos os principais aspectos que fundamentam estas novas técnicas, apresentando exemplos variados de aplicações recentes de EM.
Dia 26 de setembro de 2003, sexta-feira
Data: 24/09/03
Horário: 9:30 h
Local: Auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais
Rua Rodrigues Caldas, 30 - Bairro: Santo Agostinho
Belo Horizonte - MG
Palestrantes:
1- Prof. José Geraldo de Freitas Drumond - Presidente da FAPEMIG
2- Prof. Evaldo Ferreira Vilela - Presidente do Fórum dos Reitores
das IPES
3- Prof. Ennio Candotti- Presidente da SBPC
4- Prof. José Aurélio G. Bergmann - representante do Fórum dos
Pró-reitores de Pesquisa e de Pós-Graduação
5- Prof. Jacques Schwartzman - Secretário Adjunto da Secretaria de
Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais
6- Luciano Rezende Moreira- representante da ANPG
Após a apresentação dos palestrantes, a palavra estará aberta
ao
público.
Atenciosamente.
Profa Ione Maria Ferreira de Oliveira
Secretária Regional da SBPC/MG
Concurso para contratação de dois docentes substitutos, na área de Química (Química Orgânica e Fisico-química), junto ao Departamento de Física, Química e Biologia - UNESP - Presidente Prudente, de acordo com o Edital publicado no DOE de 23/09/2003.
As inscrições estarão abertas por apenas sete dias corridos a partir da publicação no DOE, se encerrando no dia 30 do corrente.
Maiores informações no site:
www.imesp.com.br
Diário Oficial
Poder Executivo
Sessão I
Concursos
Livro editado pela Editora Unesp: "Substâncias húmicas: interações com espécies metálicas"
Rocha, J.C. & Rosa, A.H., São Paulo, Editora Unesp, 2003, 120p.
Segue abaixo o texto da contra capa (resenha escrita pelo Dr. Peter Burba).
Um dos primeiros estudos sobre substâncias húmicas aquáticas (SHA) foi de Rook (1974), mostrando que o material húmico é um precursor natural de organoclorados formados pela cloração de águas naturais.
Este novo livro de Rocha & Rosa sobre a caracterização de (SHA) e suas interações com metais é uma valiosa contribuição para pesquisadores e estudantes. Os autores apresentam uma clara e bem escrita introdução a respeito da classificação convencional, isolamento, fracionamento e caracterização espectroscópica das SHA. A capacidade de complexação das SHA por metais é discutida com propriedade e estilo auto exploratório. Um capítulo especial sobre a redução de íons Hg(II) por SHA sugere que o material húmico exerce um importante papel no ciclo do mercúrio, particularmente no Brasil. É recomendado para estudantes iniciantes em química ambiental e cientistas engajados na caracterização de matéria orgânica e suas reações nos sistemas aquáticos.
Dr. Peter Burba,
Pesquisador Sênior do Institute of Spectroscopy and Applied
Spectrometry (ISAS), Dortmund, Alemanha,
March 25, 2003
Secretaria Geral SBQ
Contribuições devem ser enviadas para: Luizsbq@iqm.unicamp.br http://www.sbq.org.br
Até nossa próxima edição!!!