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Veja nesta edição:
Caros amigos Quimicos e afins,
Preciso de uma pequena quantidade de MoO2 (dioxido de molibdenio), com certa urgencia (ate dia 26/09). Gostaria de saber se alguem pode me ajudar, emprestando-me um pouco desse composto.
Muito obrigado,
Não há dúvidas que é preciso aprimorar o mecanismo de análise por pares, cada vez mais difícil dado o conflito de interesse
Glaci Zancan, professora titular de Bioquímica da UFPR, é ex-presidente da SBPC. Artigo escrito especialmente para o 'JC e-mail':
Segundo Steven Fuller, no livro 'Science', o sucesso no avanço da ciência é decorrente da organização espontânea dos cientistas que usaram o seu interesse em criticar uns aos outros como forma de alocar recursos de acordo com o mérito dos projetos ou de aceitar um trabalho para publicação pela originalidade dos dados e das propostas.
A análise por pares constitui a forma não regulamentada de orientar o ambiente científico desde o século dezessete. Na realidade, é uma forma de seguro intelectual no caso dos resultados serem contestados ou de que um projeto venha a ser bem sucedido.
Nas palavras do autor, 'hoje, no mundo dos negócios da produção de conhecimento, no entanto, se aplica o princípio da vantagem cumulativa, ou seja, os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres'.
A frase acima dá uma idéia de que a análise por pares esteja sendo discutida e de certa forma regulamentada para que a sua aplicação não prejudique o avanço da ciência. Uma visita ao site Instituto Nacional de Saúde dos EUA, por exemplo, dá uma idéia das normas que regem a avaliação por pares naquela instituição.
O CNPq desde sua fundação sempre operou na base da análise por pares e assim a ciência brasileira cresceu. Os comitês são formados por pesquisadores bem sucedidos que por estarem no auge de suas carreiras são capazes de ter uma visão mais abrangente da área para decidir sobre a alocação de recursos.
No último edital Universal do órgão, os recursos em licitação corresponderam a 10% do total da demanda, e o que se viu foi pesquisadores mais experientes competindo, no mesmo nível, com jovens recém doutores.
Está posto aqui o conflito de interesse entre os que mais tem com aqueles que estão iniciando, às vezes em condições muito precárias quando estão fora dos grandes centros.
A análise do resultado do edital mostra que membros de comitês foram contemplados com recursos. Dos 36 comitês, apenas nove, na maioria da área de ciências humanas, deixaram de contemplar seus membros.
Há toda uma gama nos percentuais, sendo aqueles da área de engenharia os mais beneficiados. Em média, na distribuição de recursos, 6,5% deles foram alocados aos membros dos comitês, ou seja, 3,67 milhões dos 53,5 milhões finalmente aplicados.
Como se pode ver, o comportamento dos membros dos Comitês de Avaliação (CAs) variou de um comitê para outro. Uma leitura atenta dos resultados mostra que não se pode universalizar o conceito de que todos os comitês julgaram em causa própria.
O fato da Diretoria ter tornado público os resultados com os nomes dos avaliadores deu transparência ao processo, o que, por si só, é um avanço em relação a outras situações semelhantes, ocorridas no passado.
A discussão que deve ser levantada é como trabalhar o conflito de interesse, quando se quer ter uma ciência de melhor qualidade e se tem um orçamento limitado para o fomento.
Essa discussão deve ser feita por área de conhecimento, mas em particular naquelas em que mais de 10% dos recursos foram destinados aos membros do próprio CA.
De parte da agência, é importante que o Conselho Deliberativo (CD) defina os critérios para escolha dos membros e dos suplentes dos CAs, além de disciplinar a forma de trabalho dos comitês.
É preciso estabelecer que o trabalho dos CAs deve envolver a discussão colegiada dos relatórios de concessão para evitar o controle de uma área do conhecimento por um único indivíduo.
Como o edital universal prevê faixas de auxílio, poder-se-ia pensar em solicitar aos membros do CAs que competissem apenas na faixa mais baixa, dessa maneira se ampliaria o número de beneficiários.
Seria a cota de sacrifício que todo o pesquisador bem sucedido deveria dar para a continuidade do avanço da ciência no país.
Outra alternativa seria abrir editais por tempo pós-doutoral de tal forma que a competição se estabelecesse entre os pesquisadores de mesma maturidade científica.
Não há dúvidas que é preciso aprimorar o mecanismo de análise por pares, cada vez mais difícil dado o conflito de interesse. A solidez de nosso sistema de C&T depende da própria comunidade e todos são responsáveis pela sua preservação.
Dos membros da comunidade que estão na direção dos órgãos se espera que promovam a transparência do processo, bem como, a revisão dos julgamentos, evitando assim os inevitáveis erros que podem ocorrer nos julgamentos.
Esse procedimento, anunciado há pouco pelos atuais membros da direção do CNPq, mostra que há preocupação pelo aprimoramento do sistema.
Fonte: JC e-mail 2367, de 18 de Setembro de 2003
Marcel Bursztyn, presidente da Capes: 'O Portal de Periódicos da Capes é uma conquista da comunidade acadêmica e científica. A importância de assegurar sua continuidade é reconhecida por esta agência'
Leia a íntegra da mensagem de Marcel Bursztyn, presidente da Capes, sobre o Portal de Periódicos:
O Portal de Periódicos da Capes é uma conquista da comunidade acadêmica e científica. A importância de assegurar sua continuidade é reconhecida por esta agência. Neste sentido, algumas ações estão sendo implantadas para seu aprimoramento e ampliação:
Fonte: JC e-mail 2367, de 18 de Setembro de 2003
Foram inscritos 258 projetos para concorrer ao benefício. O resultado será divulgado nesta quinta-feira através do site da fundação
De acordo com o diretor-geral da Fapesb, Alexandre Pauperio, o momento de valorizar o esforço dos grupos de pesquisa. 'A instituição deve financiar 35 projetos, mas estamos discutindo com parceiros a possibilidade de ampliação para atender um maior número de trabalhos', destaca Pauperio.
Quarenta por cento devem atender as Universidades estaduais,
mantidas com recursos do governo da Bahia.
A Fapesb contou com uma comissão formada por 4 doutores de diferentes estados do Brasil, para a escolha dos projetos que envolveram as áreas de saúde, ciências exatas e engenharias, ciências humanas e sociais aplicadas, biológicas e meio ambiente, informática, comunicação e educação à distância.
Para o setor de saúde foi convidado o professor titular de cardiologia da UFBA, Armênio Costa Guimarães, para as ciências humanas e sociais aplicadas, o professor da Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC) e diretor superintendente da Associação Comercial de SP, Antonio Vico Mañas, para biológicas, meio ambiente e agrárias o ex-diretor da Embrapa Ipeal (Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária do Leste), Paulo Chiacchio e para as ciências exatas e engenharias, o professor da Universidade Federal de Pernambuco e diretor de ciência, tecnologia e inovação da Facep, Fernando Araújo Machado, inaugurando uma parceria entre as FAPs do nordeste no julgamento dos projetos.
Para o diretor da Facepe, essa integração entre as FAPs do nordeste é de muita valia, porque elas enfrentam praticamente os mesmos problemas, quer seja pela demanda de pesquisa aplicada, quanto na capacidade de financiar os grupos qualificados.
'Mesmo que não seja possível atender à essa demanda, os grupos de pesquisa se tornam mais competitivos para buscar recursos junto às agências federais e a iniciativa privada', diz.
A sugestão da comissão para os próximos trabalhos é que façam um detalhamento melhor da infra-estrutura, facilitando a visualização de sua importância no projeto.
'Os projetos atendem a uma evolução científica e tecnológica do estado e muitos foram bem desenvolvidos', completa o doutor Antonio Mañas.
Entre os critérios de seleção foram priorizadas algumas áreas como tecnologia da informação, biotecnologia, meio ambiente, energia, arranjos produtivos locais e tecnologia para o social, tendo como base a política de ciência, tecnologia e inovação do estado.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Fapesb
Secretaria Geral SBQ
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Até nossa próxima edição!!!