Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian
Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista
de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América
Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
Veja nesta edição:
É com extremo pesar que comunicamos o falecimento do Prof. Dr. Celso Augusto Fessel Graner, ocorrido no dia 17 de julho de 2003.
O Professor Graner aposentou-se como Professor Adjunto em 1988 no
Instituto de Química/UNESP-Araraquara e continuou suas atividades como
Professor Titular no Instituto de Biocências/Departamento de
Química/UNESP-Botucatu, onde aposentou-se novamente por motivos de
saúde em novembro de 2002.
Formou diversos mestres e doutores pela IQ/UNESP-Araraquara e
IB/UNESP-Botucatu, sendo muito respeitado na comunidade unespiana.
Apesar da despedida física, a sua essência, ou seja, a sua história de
vida deixará para sempre os registros de sua passagem na memória de
seus colegas de trabalho e ex-alunos.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Pedro de Magalhães Padilha
IB-Depto. de Química e Bioquímica/UNESP-Botucatu.
O Conselho da SBPC, em reunião durante a 55 RA da SBPC, por aclamação,
aprovou homenagear o Professor Ricardo Ferreira, indicando-o
PRESIDENTE DE HONRA DA SBPC.
A homenagem reconhece a grande contribuição do Professor Ricardo a
ciência brasileira e à SBPC. Além de justa, a homenagem também
se
reflete sobre a área de química e sobre a SBQ, da qual o Professor
Ricardo foi Presidente e tem uma longa carreira de relevantes
contribuições.
Fonte: Prof. Dr. Jailson B. de Andrade
A Home Page do VEBSH, que será realizado em Curitiba, de 26 a 28 de nov. de 2003, já está disponível.
O endereço. é: http://www.adaltech.com.br/evento/vebsh/index.asp
Dúvidas com o coordenador do VEBSH: mangrich@quimica.ufpr.br.
Fonte: Prof. Antônio S. Mangrich
O Instituto de Química da UNICAMP, durante o segundo semestre de 2003,
estará realizando 10 (dez) processos seletivos para contratação de
docentes nas seguintes áreas:
Departamento de Físico-Química:
Departamento de Química Analítica:
Departamento de Química Inorgânica:
Departamento de Química Orgânica:
Os candidatos deverão possuir, como requisito mínimo obrigatório o título de doutor, de validade nacional. Não serão admitidas declarações de defesa de tese. Os candidatos deverão comprovar a devida homologação do doutoramento.
Previsão para o período de inscrições: 25/07 a 24/08
Maiores informações (calendário completo, editais, etc.)
através do
site www.iqm.unicamp.br/ps ou no Serviço de Apoio ao Ensino e nas
Secretarias de Departamentos:
Elias Barbosa - elias@iqm.unicamp.br
Depto. de Físico-Química - dfq@iqm.unicamp.br - fone (19) 3788-3005
Depto. de Química Analítica - dqa@iqm.unicamp.br - fone (19) 3788-3047
Depto. de Química Inorgânica - dqi@iqm.unicamp.br - fone (19) 3788-3047
Depto. de Química Orgânica - dqo@iqm.unicamp.br - fone (19) 3788-3005
XIV SIBEE
XIV Simpósio Brasileiro de Eletroquímica e Eletroanalítica
http://sibee.iq.ufrj.br
Teresópolis - RJ
Agosto de 2004
<sibee@iq.ufrj.br>
Uma iniciativa concreta para desconcentrar os recursos de ciência e tecnologia no Brasil com a destinação de 70% do fundo de infra-estrutura para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste nos próximos quatro anos.
Esta foi a proposta feita ao MCT pelo químico da Universidade Federal
da Bahia, Jailson de Andrade, no painel da Reunião da SBPC sobre
Funcionamento dos Fundos Setoriais e a Política Nacional de Ciência e
Tecnologia.
Jailson de Andrade considerou 'razoável' a vinculação regional de 40%
do CT-Petro, o fundo setorial do petróleo, e de 30% dos outros
fundos. 'Mas não deixa de ser uma sinalização tímida',
considerou, ao
enfatizar que 'basta uma decisão de governo' sem necessidade de passar
pelo Congresso, para ampliar o percentual.
Participaram do painel o secretário de CT e Meio Ambiente de
Pernambuco, Cláudio Marinho e Jorge Guimarães, secretário de
Política
e Estratégia do MCT.
Claudio Marinho, por sua vez, defendeu que os fundos setoriais
destinem a parcela dos 30% regionais para os estados, para estes
fazerem a escolha dos projetos, através de editais focados nas suas
políticas.
'Pode ser uma visão corajosa para fazer a desconcentração. É
quase
uma lei gravitacional que os ricos vão ficar mais ricos', justificou.
O secretário citou uma secretária de um estado do Centro-Oeste que
afirmou não ter mais capital humano para propor projetos. 'Esta é
atitude de política pública deliberada para o povo aumentar os
recursos humanos', afirmou.
O secretário expôs as diretrizes da política de ciência e
tecnologia
de Pernambuco, moldada para adaptar a realidade estadual à economia
baseada em serviços que preencheu os vazios deixados pela queda do
PIB da indústria açucareira, de 40% nos anos 40 para 14%. Enquanto
isso, o setor de serviços veio a responder por 60% e já emprega 54%
da mão-de-obra. 'É crucial entender que há uma
transformação produtiva
que precisa ser acompanhada por políticas adequadas', argumentou.
No novo cenário, Marinho defendeu o investimento em educação para
impactar na indústria e agronegócio. O secretário destacou a
área de
serviços de informática, liderada por Pernambuco com 40,3% do mercado
do Nordeste, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) nos anos de 1998 a 2001, seguida pela Bahia com
31,1% e Ceará com 10,2% da receita bruta.
Outra prioridade do Estado, diz o secretário, é a organização
de
centros tecnológicos para trabalhar nas cadeias produtivas regionais,
que seriam financiados pelo Programa de Expansão do Ensino
Profissional (Proep), cujos recursos foram contingenciados pelo
Ministério da Educação de R$ 260 milhões para R$ 20
milhões. Com
recursos do governo do Estado, está sendo concluído o de Caruaru,
voltado para confecções. Falta concluir o de Araripina, do setor de
gesso, o de Serra Talhada, de caprinocultura e o de Garanhuns para
laticínios.
Jorge Guimarães informou que este ano, com o apoio de deputados no
Congresso foram criados mecanismos legais para o não contingenciamento
dos recursos dos fundos setoriais em 2004. Segundo ele, até a próxima
semana será concluído o processo em todos os comitês gestores dos
fundos setoriais para lançar editais para recursos novos, além dos
que já estão na praça. Sobre os editais já lançados, o
secretário de
Política e Estratégia do Ministério da Ciência e Tecnologia
disse que
é preciso evitar o que considerou 'um massacre' com 10 concorrentes
por cada projeto a ser aprovado.
Segundo Jorge Guimarães, um mecanismo compensatório para quem ficou
de fora está sendo colocado na nova proporta do CT-Infra, elaborada
com a participação da comunidade científica, que destina R$ 10
milhões
para apoio a jovens pesquisadores. Mais R$ 3 milhões são previstos
para apoio inicial a centros; R$ 4 milhões para apoio à
ampliação do
portal de periódicos da Capes; R$ 1 milhão para biblioteca e
modernização do Comut; R$ 2 milhões para modernização
dos biotérios e
criação de animais; R$ 3 milhões para o laboratórios
técnicos de
perícia; R$ 4 milhões para as redes regionais de ensino a distância e
R$ 3 milhões para manutenção de equipamentos.
Fonte: JC e-mail 2320, de 15 de Julho de 2003
Pesquisa mostra que a maior parte das instituições de ensino superior privadas no Brasil tem perfil empresarial e não está preocupada com a construção do saber
A dualidade entre o ensino superior público e o privado é tema
recorrente da Reunião da SBPC. Neste ano, o debate ganhou tempero
maior com a pesquisa publicada pela professora Lúcia Maria
Wanderley, da Universidade Federal Fluminense, que disseca as
características do ensino superior privado brasileiro.
Segundo dados levantados por ela, 48,4% da matrícula dos cursos de
graduação nas instituições particulares já estão
concentradas em
instituições de forte perfil empresarial, cuja responsabilidade está
longe de ser a produção de saber e conhecimento.
'O alvo deles é o mercado e o interesse do mercado é apenas
absorver a mão-de-obra de que precisa naquele momento', afirma.
Se os dados relativos ao Brasil fossem regionalizados, a situação se
tornaria mais crítica. Somente na região Sul as matrículas em
instituições de caráter filantrópico ou comunitário
representam a
maior parte do total: cerca de 75%.
No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as empresas educacionais têm
as maiores fatias: 78%, 55,3%, 52,3%, respectivamente. O Sudeste
vem logo depois com 52,3%.
Decisão Política - Pela avaliação de Lúcia Maria, o
quadro atual tem
origem na privatização das políticas sociais adotada pelo governo
FHC. Isso porque foi uma decisão política suspender investimentos no
ensino superior público na época.
Por outro lado, as particulares começaram a receber financiamentos
por meio do BNDES e pelo próprio crédito educativo. 'A
educação
passou a ser um negócio lucrativo para a burguesia brasileira', diz.
Mudanças ainda não foram sinalizadas pelo novo governo. Ao indicar
que aumentaria recursos para o Financiamento Estudantil (Fies) -
antigo crédito educativo -, o então candidato Lula optou pelo
'empresariamento' da educação.
O problema, segundo Lúcia, é o destino da produção do
conhecimento brasileiro. Apenas 32% das matrículas nas particulares
estão em Universidades. Os outros 68% estão divididos entre
faculdades e institutos que não têm compromisso com a pesquisa e
formam profissionais isolados de outras áreas.
Fonte: JC e-mail 2323, de 18 de Julho de 2003
Roberto Amaral fala das intenções do Governo Lula e das ações
do
MCT na descentralização da C&T
Pautado para falar sobre ciência como fator estratégico de soberania
na Reunião da SBPC, Amaral resolveu afastar-se do tema para tratar
de questões gerais do ministério e da política atual de governo.
Respondendo diretamente às criticas feitas pelo novo presidente da
SBPC, Ennio Candotti, presente à conferência, o ministro disse que
não se deve confundir mudança com desmantelamento.
Na quinta-feira, na Reunião da SBPC, Ennio havia acusado Roberto
Amaral de desmontar o MCT, não dando continuidade ao que vinha
sendo feito no governo anterior. Um dos exemplos que deu foi a
intenção da atual gestão do ministério de descentralizar a
C&T.
'Descentralização é uma palavra bonita e todos sabemos de sua
importância. É preciso saber como colocá-la em prática. Apenas
redistribuir os recursos pode piorar. Como eles são poucos, isso
acabará prejudicando o que funciona. E só daqui a 10 ou 15 anos
saberemos se o novo plantio deu certo. É preciso manter o que
funciona e buscar novos parceiros para ampliar as fronteiras e,
principalmente, saber o que fazer nelas', havia dito Ennio em
entrevista a 'O Estado de SP'.
'Esse governo não é a troca de retrato nas repartições
públicas, é a
troca de visão de mundo, de sociedade, de métodos, é a tentativa
de ter um projeto', declarou o ministro.
O projeto do MCT, reafirmou, é a desconcentração da pesquisa nos
grandes centros. Amaral adiantou que o ministério está
desenvolvendo um projeto com a USP para levar mestrado e
doutorado para as cinco Universidades mais pobres da Amazônia. Os
professores da instituição ganharão uma bolsa do CNPq como
estímulo ao deslocamento. A titulação será dada pela USP.
Ennio contrapôs dizendo que um dos grandes problemas da política de
C&T é que o Brasil forma seis mil doutores por ano, mas não
consegue empregá-los. Além disso, as iniciativas de formar doutores
fora do eixo Sul-Sudeste esbarra no problema antigo de fixar os
quadros na instituição. Os doutores, lembrou, acabam migrando para
as regiões mais desenvolvidas.
O presidente da SBPC colocou a regulamentação do Conselho
Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT) como uma das pedras no caminho. 'A SBPC
batalha há 20 anos para regulamentar uma máquina burocrática que
até agora não funciona', ressaltou.
Outro ponto que Ennio colocou para o ministro foi a necessidade
urgente de o MCT implantar o Conselho de Ciência e Tecnologia
(CCT). 'Fizemos um acordo com a Câmara e o CCT estará
regulamentado no início de agosto', afirmou Amaral.
O ministro anunciou ainda projetos do MCT para criação de um pólo
de farmacologia aplicada na Universidade do Ceará, de um centro de
tecnologia da Amazônia, em Manaus, de um centro de pesquisa do
Pantanal, em Mato Grosso e a instalação do Instituto de Pesquisa do
Semi-Árido no Nordeste e do Instituto Internacional de Neurociências
em Natal.
Para amenizar o clima de contradições entre o MCT e Ennio Candotti,
Amaral sugeriu que as divergências pessoais sejam deixadas para trás
em prol da ciência e tecnologia do Brasil.
'O insucesso das nossas tentativas não vai nos atingir pessoalmente,
vai atingir o país e a América Latina', apaziguou o ministro.
Fonte: JC e-mail 2323, de 18 de Julho de 2003
A idéia de um CNPq autônomo foi apresentada em simpósio na Reunião da SBPC, nesta quinta-feira
A medida, defendida para dar estabilidade ao fluxo de financiamento
pela agência de fomento, surgiu no painel composto por Carlos Vogt
(Unicamp), vice-presidente da SBPC e presidente da Fapesp; Celso
Pinto de Melo (UFPE), ex-diretor do CNPq, e Jailson de Andrade,
professor e pesquisador do Instituto de Química da UFBA,
No início de 99, o fluxo de recursos da agência foi desarticulado
durante um ano em conseqüência da decisão do então ministro da
C&T, Bresser Pereira, que decidiu acumular o cargo com o de
presidente do CNPq.
O fato foi lembrado por Jailson de Andrade ao enfatizar que o CNPq
autônomo iria garantir um fluxo regular para a pesquisa, sem risco de
desarticulação caso um ministro resolva presidir a agência, que
executa orçamento superior ao do MCT.
A autonomia é um aspecto da boa política de fomento, ligada ao
respeito da lei e das instituições, argumenta Carlos Vogt.
Como exemplo, citou o caso da Fapesp, criada em 1962, que tem
assegurado pela constituição estadual 1% da receita tributária do
Estado de SP - cerca de R$ 450 milhões por ano.
Além da dotação orçamentária, a Fapesp conta com uma
estrutura
jurídico-institucional que lhe dá capacidade de gestão, disse Vogt. O
presidente da Fapesp tem mandato e cada coordenador pode decidir
Em SP, foi criada uma cultura de política de respeito à Fapesp, uma política do Estado, por entender que C&T é importante para o processo de desenvolvimento econômico, relata.
Em comparação, Vogt observa que a cada ano a elaboração do
orçamento do CNPq é dramática, o que causa problema de fluxo para
os produtos contratados.
Exemplo ocorreu com o Pronex, criado para permitir a formação e
consolidação de grupos de pesquisa, numa tentativa de reeditar o
PADCT, lembriou Vogt.
O Pronex colocou três editais, mas passou por atrasos e
descontinuidade no fluxo de recursos que causaram uma série de
turbulências, informa.
'Há disparidades não só financeiras mas culturais e
jurídico-institucionais', compara Vogt. Ele exemplifica com o esforço
recente anunciado pelo MCT de criar programas cooperados com os
recursos do Pronex, numa parceria entre o CNPq e as FAPs.
Vogt considera que se o presidente do CNPq e os dois diretores
tivessem mandato e se o CNPq tivesse dotação orçamentária
garantida por vinculação, seria um ganho muito grande para o
sistema de C&T como um todo.
Na atual estrutura do CNPq, segundo ele, o Conselho de
Administração lidera muito pouco, pois a estrutura coloca limites que
impedem o avanço.
Celso Pinto de Melo propõe que seja criado, neste momento de
reorganização política, um Conselho Deliberativo situado acima do
CNPq e da Finep e dos Comitês Gestores dos Fundos Setoriais.
Segundo ele, não há instância no Brasil capaz de traçar os
eixos
estratégicos, as macro diretrizes, as políticas de longo prazo para
aplicação dos recursos dos fundos setoriais.
Como exemplo do papel do organismo, o professor da UFPE afirma que
ele poderia definir que Amazônia ou a formação em áreas de
recursos
humanos é necessária ao país e a decisão teria de ser
hierarquicamente acatada.
Dada a inexistência desta instância, o balcão discute o varejo,
assinala Celso Pinto de Melo. Cada Comitê Gestor dos 14 fundos
setoriais, cujo controle de caixa é feito pela Finep, tem nove
representantes, de áreas diferentes, com diferentes culturas.
'Cada reunião dos comitês é uma briga. Não tem plano de C&T
que se
sustente num sistema que é caótico', disse.
Há também reflexos na oscilação de diretrizes, a exemplo do
programa Recursos Humanos em Áreas Estratégicos (RHAE),
'submetido a gangorra institucional, ora no MCT, ora no Ministério do
Desenvolvimento', asseverou Celso Pinto.
Fonte: JC e-mail 2323, de 18 de Julho de 2003
O presidente do CNPq, Erney Camargo, defendeu o lançamento de edital do Pronex em conjunto com as FAPs, no painel 'Repensando a Pós-Graduação Brasileira', nesta sexta-feira, na Reunião da SBPC
Ele procurou tranqüilizar a platéia ao explicar que todos os projetos,
mesmo os indicados pelos estados, terão de ser aprovados pelo CNPq.
'A atração das FAPs não se faz à custa da qualidade', afirmou.
Se as
FAPs não estiverem preparadas, elas terão de se acomodar com os
princípios em vigor no CNPq, explicou. Para ele, é um processo
educacional para inserir as FAPs na qualidade.
Erney Camargo argumentou que o processo 'só tem vantagens: dobra
a quantidade de recursos e faz a descentralização. A inteligência de
parte da Nação não pode ficar à margem do desenvolvimento
científico e tecnológico', disse ele.
'Será que as FAPs com esse projeto podem melhorar e não deteriorar
Ele anunciou parceria firmada com os estados do Amazonas, Pará, Bahia, Alagoas, Roraima, Rondônia e Acre, em que o CNPq dá bolsa de doutor e as FAPs locais entram com o necessário para a fixação dos pesquisadores.
Segundo Camargo, a bolsa de pós-doutorado sanduíche que o CNPq
está criando para empresas cadastradas e o tipo de
pós-graduação
para treinamento de pessoal nas empresas não serão excludentes
com relação à Universidade, mas complementares.
'O fato de estimular a inserção na indústria não significa que
a idéia é
contra a Universidade. As duas coisas se complementam, se somam,
uma respeitando a identidade da outra', afirmou.
Participaram do painel Isaac Roitman, diretor de Avaliação da Capes,
e Celso Pinto de Melo, da UFPE.
Erney Camargo informou ainda que a Comissão Interministerial do MEC
e MCT para reforma da Pós-Graduação já decidiu, num consenso
CNPq-Capes, extinguir a exigência de tempo de vinculação e pela
abolição dos algoritmos, que, para ele, 'fere a diversidade'.
Isaac Roitman informou que a comissão do CNPq e Capes deu parecer
favorável a uma flexibilização no tratamento dado aos bolsistas. Ele
considerou o sistema atual 'muito cartorial'. O objetivo é dar
oportunidade de estímulo ao desenvolvimento do que chamou de
lideranças carismáticas, informou.
A lei que rege a pós-graduação tem mais de 40 anos, lembrou Isaac
Roitman, e precisa ser avaliada. Embora tenha contribuído para
melhorar o ensino, ele pergunta se a sua qualidade melhorou, e o
motivo de não termos tantas patentes.
O diretor disse que a Capes está propondo oito projetos de longo
prazo para mudar o ensino de matemática 'que nunca esteve tão
ruim'.
Segundo Isaac Roitman, surgiu uma idéia de que os novos bolsistas
de mestrado e doutorado obrigatoriamente têm de fazer treinamento
para aperfeiçoar sua didática, dando aula dentro dos cursos de
graduação na Universidade. 'Uma portaria interna está permitindo
esta atuação na escola secundária', acrescentou.
A idéia da Capes de treinamento didático de bolsistas, segundo
Roitman, pode vir a receber adesão do CNPq e somar 40 mil
participantes. Poderia chegar até 100 mil bolsistas em intervenção no
ensino secundário, 'transmitindo conhecimento'.
Celso Pinto demonstrou com dados a disparidade entre o crescimento
no número de alunos e a queda no número de bolsas, registrada ao
longo dos últimos anos.
Ele defendeu a implantação no Brasil do projeto Fraunhofer,
experiência alemã de promoção da inovação que
foca gargalos
tecnológicos e opera em ruptura com os modelos institucionais, mas
com profundo impacto nos sistemas de engenharia.
O modelo, que tem sido exportado para outros países, funciona como
resultados de
Fonte: JC e-mail 2323, de 18 de Julho de 2003
Secretaria Geral SBQ
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