Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian
Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista
de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América
Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da
SBQ (http://jbcs.sbq.org.br).
"No dia 08 de julho a SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA (SBQ)
completou 26 anos de fundação. Os membros de Diretoria e Conselho da
SBQ congratulam-se com todos aqueles que ajudaram e ajudam a construir
e a fazer a história da SBQ.
Parabéns SBQ!!!"
Veja nesta edição:
O coordenador do evento (mangrich@quimica.ufpr.br) informa que brevemente a home page do V Encontro Brasileiro de Substâncias Húmicas, que será realizado em Curitiba, PR, de 26 a 28 de novembro de 2003, estará disponível com os formulários para inscrições, submissão de resumos, etc.
Fonte: Antonio Salvio Mangrich
Comunicamos que o processo seletivo para a contratação de um docente
na área de ESPECTROSCOPIA para o Departamento de Química da
FFCLRP-USP, campus de Ribeirão Preto (divulgado no Boletim Eletrônico
no. 412), foi suspenso para adequar o edital às novas normas do DRH
(Departamento de Recursos Humanos da USP).
Informamos aos interessados que por se tratar de motivo meramente
administrativo, a vaga continua disponível e um novo edital será
publicado brevemente.
PROFESSOR: Dr. Alviclér Magalhães
DATA: 02 a 09 de AGOSTO de 2003
LOCAL: Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP
Informações :
José Daniel Figueroa Villar, Presidente da AUREMN
Instituto Militar de Engenharia/Departamento de Química
Praça General Tibúrcio, 80 - Urca CEP: 22290-270 Rio de Janeiro, RJ
Tel.: (21) 2546-7057 Fax: (21) 2546-7059
E-mail: d5figuer@epq.ime.eb.br ou SANDRA MELLO: sandra@iq.ufrj.br
Inscrições :
IQ-UFRJ/ AUREMN
A/C Rosane Aguiar da Silva San Gil, Tesoureira da AUREMN
Caixa Postal 068556 - Ilha do Fundão
21941-972 Rio de Janeiro, RJ Brasil
rsangil@iq.ufrj.br
O presidente do CNPq, Erney Camargo informou nesta segunda-feira (14/07) que o Adicional de Bancada (Bolsa Prêmio - Grant) será estendido aos bolsistas de Produtividade em Pesquisa 1C. O benefício já é garantido a pesquisadores 1A e foi assegurado aos pesquisadores 1B em junho. Com os novos beneficiados, serão mais 1.280 bolsistas que receberão R$ 1.000,00 a ser pago mensalmente a partir da folha de pagamento de agosto.
Fonte: www.cnpq.br
Leia aqui a íntegra do discurso da presidente da SBPC, Glaci Zancan,
na cerimônia de abertura da 55ª Reunião Anual da SPBC
Eis o discurso de Glaci:
Estamos novamente em Recife para mais uma reunião dessa
organização não governamental que é a SBPC. Desde suas origens,
ela luta pela liberdade de trabalho e de expressão para poder colocar
a ciência a serviço dos brasileiros.
As nossas reuniões que, no passado recente, foram um dos poucos
palcos disponíveis para a discussão e a crítica ao obscurantismo dos
governos militares, são hoje felizmente mais um dos instrumentos do
exercício democrático.
Quando a vida dos humanos depende de sua capacidade de
apreender permanentemente, a SBPC tem a responsabilidade de
alertar a nação para a revolução que se faz necessária
na educação
nacional. Afinal, nenhum país, em nenhum momento da história,
conseguiu o espetáculo do crescimento prescindindo da educação e
do avanço do conhecimento.
É hora de relembrar que ciência e a arte são as duas faces da
criatividade humana. O povo brasileiro é dotado de alta criatividade,
manifestada principalmente pela diversidade de sua cultura. É na
capacidade de criar que devemos investir para transformar a
educação em fator de inclusão social.
Nos 55 anos de sua existência, a SBPC - pela voz dos educadores -
alertou para a necessidade de mudanças na educação. O ensino
precisava deixar de ser formalista para ser formador.
Nesta reunião, homenageamos Paulo Freire por todo o conjunto de
sua contribuição à educação brasileira. Mas, creiam
senhores, o
homenageamos principalmente pela sua tenaz defesa do professor
criativo que busca, com poucos recursos, transformar a realidade.
Podemos lembrar também um outro nordestino, Geraldo Vandré, e
dizer, como nos seus versos, que 'Quem sabe faz a hora, não espera
acontecer'. Não podemos mais continuar a repetir o diagnóstico que
conhecemos há cinquenta anos.
A reforma do ensino, pela inclusão do método científico, do ensino
fundamental à Universidade, é uma necessidade. O conjunto do
sistema educacional encabeçado pelas Universidades públicas precisa
mudar e esta tarefa não pode mais ser postergada.
O envolvimento dos jovens na iniciação científica, nas tarefas de
extensão social e no empreendedorismo é a forma mais eficiente de
formá-los como agentes transformadores da realidade adversa.
É preciso ultrapassar a reserva de mercado das corporações
profissionais que dominam a estrutura acadêmica do ensino superior.
É urgente valorizar o jovem, dando a ele a oportunidade de buscar a
formação que mais lhe interessa.
A universalização da pesquisa no seio das Universidades deve ser
buscada com denodo. Será por meio dela que poderemos conhecer o
mundo que nos rodeia. Da análise crítica da realidade deverão surgir
as soluções para incluir os milhões de brasileiros hoje
marginalizados.
É preciso absorver os nossos jovens doutores em todo o sistema
universitário e nas empresas. Não se justifica um país com as nossas
carências formar doutores para deixá-los desempregados. As políticas
públicas precisam atentar para esse fato grave. Nenhuma liderança
que se diga responsável poderá se sentir excluída dessa luta.
Não se pode falar em qualidade de vida, em soberania nacional, em
quebra das desigualdades, no uso sustentável da biodiversidade sem
que se definam as políticas de Estado nas diversas áreas de ciência e
tecnologia.
É por isso que lutamos para que o Conselho de Ciência e Tecnologia,
ligado à Presidência da Nação, passe finalmente a funcionar. A
solução de todos os problemas requer o conhecimento e ação
multidisciplinar.
A somatória de esforços, em todos os níveis de governo, é
absolutamente necessária para que possamos avançar na promoção
da justiça, na produção e distribuição de riquezas e,
acima de tudo,
na construção de um país sem excluídos sociais.
Senhores e senhoras. A essência e a amplitude dos temas aqui
abordados estarão em discussão durante esta semana. Esperamos
que todos tenham a oportunidade de participar e de sugerir medidas
concretas para a construção dessa nova sociedade brasileira. É esse
trabalho construtivo que se espera da comunidade científica reunida
na SBPC.
A ciência cativou o homem e, como disse a raposa para o Pequeno
Príncipe, nós somos responsáveis por aquilo que cativamos. Inserir a
ciência na vida de todo o brasileiro é uma responsabilidade de todos
quanto têm o privilégio de poder viver alimentando-se da busca pelo
conhecimento.
Fonte: JC e-mail 2319, de 14 de Julho de 2003.
Para a maioria dos brasileiros, ciência é uma coisa esquisita feita por gente mais esquisita ainda. No Brasil, ciência ainda é vista como gasto e não investimento
Para a maioria dos brasileiros, ciência é uma coisa esquisita feita por
gente mais esquisita ainda. No Brasil, ciência ainda é vista como
gasto e não investimento. Resultado: no campeonato mundial da
ciência, o país, em que pese seus avanços, ainda está na
segunda
divisão.
Parece um daqueles times de futebol que, de vez em quando, supera
as próprias deficiências e joga uma partida espetacular. Mas falta
regularidade para subir para a divisão especial.
Os recursos federais mal e mal conseguem manter o que existe e não
há verba para modernizar e ampliar centros de pesquisa, como
mostram as reportagens desta e das duas páginas seguintes. Os
Estados - à exceção de SP - não repassam a verba para as
fundações de amparo à pesquisa.
As Universidades públicas estão sucateadas, os valores das bolsas de
estudo, defasados. Aumentou o número de mestres e doutores, mas
não há mercado para absorver essa mão-de-obra extremamente
qualificada e capaz. As empresas privadas nacionais raramente
investem em pesquisa. E não há crescimento econômico sem
investimento em ciência e tecnologia - como provam EUA, Alemanha,
Grã-Bretanha e Coréia do Sul.
A partir de hoje (domingo), e até sexta-feira, a ciência está em
discussão no Recife, na 55.ª Reunião Anual da SBPC.
Fonte: O Estado de SP, 13/7
Universidades, institutos de pesquisa e empresas privadas não conseguem absorver cientistas
Do início de 1995 até o fim do mês, o Brasil terá investido
mais de R$
130 mil na formação de Lúcia Helena Carvalho, de 32 anos. A
Universidade Bandeirante agradece. A Uniban, que cobra mensalidade
de R$ 605,00 dos alunos de biomedicina, terá o privilégio de contar
com as aulas da pesquisadora a partir de agosto. E a ciência
brasileira perderá mais um de seus quadros.
Com nível de pós-doutorado e atuando num conceituado laboratório
do Instituto de Química da USP, Lúcia Helena é um exemplo de
desperdício na pesquisa brasileira. Sem condições de absorver seus
mestres e doutores, o país perde talentos para o mercado, que os
utiliza em outras funções, com raras exceções. Alguns
vão vender
máquinas e produtos.
'As estatísticas dizem que precisamos de mais pessoas qualificadas.
Formamos esse pessoal, mas não há emprego para todos', atesta
Mari Cleide Sogayar, do Depto. de Bioquímica e orientadora de Lúcia
Helena.
A pesquisadora e futura professora da Uniban preferia continuar na
bancada, fazendo ciência - estuda a ação de hormônios
glicocorticóides na proliferação celular.
Tanto que já prometeu manter um vínculo informal com a USP, sem
remuneração. Poderia ter insistido na renovação da bolsa, mas
com a
procura gigantesca suas chances eram reduzidas.
'É dose ter de ficar esperando sentadinha, sem saber se vai ser
aceita ou não.' Indo um dia por semana à Uniban, receberá mais que
os R$ 2.100,00 da bolsa.
Qual a conseqüência disso? Novos estudantes têm de ser treinados.
É quase uma volta à estaca zero. Mas esse é só um dos
problemas
na formação de pesquisadores.
As três maiores instituições que oferecem bolsas de
pós-graduação,
Capes, CNPq e Fapesp, não dão conta da demanda nacional.
Particularmente para SP, as duas primeiras vêm diminuindo a oferta.
A Fapesp está cobrindo a diferença. E como todas investem em
outras áreas além das bolsas, a seleção de mestrandos e
doutorandos está mais rigorosa.
Uma das conseqüências foi a redução de bolsas de estudo no
exterior. Nos dois níveis, as três agências financiam quase 30 mil
bolsas.
E os valores das bolsas estão defasados. Um pesquisador em início de
carreira, o mestrando, ganha de R$ 725,00 a R$ 930,00. Um
doutorando, de R$ 1.072,00 a R$ 1.770,00. O farmacêutico
bioquímico Wagner Ricardo Montor, de 26, faz doutorado. Com a
bolsa de R$ 1.430,00, ajuda a família de classe média, vai poucas
vezes a restaurantes, não tem carro e economiza o que pode. Muitos
já fazem isso, por precaução.
'Essas contas acabam consumindo raciocínio, que deveria ir para a
pesquisa. Daria para produzir mais', diz Montor, que estuda a ação do
ácido retinóico (um derivado da vitamina A) contra tumores no
cérebro.
Como todo pesquisador, afirma que dinheiro não é seu principal
objetivo, mas se preocupa com o futuro próximo. Seguirá no
pós-doutorado e não descarta a hipótese de recorrer a uma bolsa em
instituições estrangeiras. Causam menos stress.
Nos últimos 30 anos, houve a grande expansão da pesquisa pública. Entre 1966 e 1975, foram criados 402 cursos de pós. Mais de um quarto deles em SP. Até 1985, o aumento na formação de pesquisadores ocorreu basicamente no Sudeste. Só na década seguinte procurou-se acabar com essa concentração.
Mas até hoje a USP forma um grande número de cientistas. Em 2002,
foram 3.289 mestres e 2.070 doutores.
Estudiosos vêm alertando que só a concessão de bolsas é
insuficiente para o progresso da ciência. Como houve uma excessiva
vinculação da pesquisa à pós-graduação nas
últimas décadas, boa
parte do dinheiro para o setor vai para bolsistas. E muitos deles, após
a obtenção do título, deixam de produzir pesquisas relevantes. A
torneira, como se vê, continuará aberta.
Fonte: O Estado de SP, 13/7
Maioria das fundações de amparo à pesquisa não recebe do governo
No dia 27, Belo Horizonte presenciou uma cena raríssima: uma manifestação de rua de cientistas. Descontentes com o fato de o governo mineiro não repassar à Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) o equivalente a 1% da arrecadação do Estado, como estipula a lei, cerca de 200 pesquisadores deixaram os laboratórios e foram para a frente do Palácio da Liberdade, sede governo, protestar.
A manifestação traz à tona duas situações distintas,
mas
interligadas, vividas pelas fundações de amparo à pesquisa (FAPs) de
vários Estados. A primeira é que elas, à exceção da de
SP (Fapesp),
não recebem dos seus respectivos governos os repasses a que têm
direito por lei.
A segunda é que isso começa a incomodar os pesquisadores, que
estão se mobilizando. A exemplo de seus colegas mineiros, os
cientistas gaúchos também criaram um movimento em defesa da
Fapergs, a FAP do Rio Grande do Sul.
A médica Ana Rabelo, do Centro de Pesquisa René Rachou, de Belo
Horizonte, uma das organizadoras do protesto mineiro, diz que o
objetivo da mobilização do dia 27 foi, além de lutar pelo repasse da
verba que lhe é devida, alertar o governo para a gravidade do
problema.
'Sem o repasse, cerca de 800 projetos de pesquisa de boa qualidade
não poderão ser financiados', diz Ana. 'As conseqüências
serão
danosas para o Estado.'
'Infelizmente, só a Fapesp vem cumprindo isso', diz o presidente do Fórum das FAPs, Francisco Romeu Landi, que também é diretor-presidente da Fapesp.
'Outras cinco - de Pernambuco, Minas, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul e Rio - recebem de 20% a 40% do que lhes é devido. As outras,
nem isso.'
Para Landi, as FAPs têm um papel importante no desenvolvimento
científico e tecnológico do país. 'O Brasil é muito grande e
diverso',
diz. 'Por isso, criar órgão regionais de fomento à pesquisa é
o melhor
caminho para que ele se desenvolva científica e tecnologicamente.
São esses órgãos que poderão melhor conhecer as
especificidades e
necessidades de cada Estado.'
Segundo o presidente do Fórum dos Secretários Estaduais de C&T,
Fernando Peregrino, alguns Estados já estão se conscientizando da
importância das FAPs e tentando aumentar os repasses.
'Há um esforço muito grande nesse sentido', garante. 'Um exemplo
é
A mesma promessa faz o secretário de C&T do Rio Grande do Sul, Kalil Sehbe. A lei que criou a Fapergs determina que ela receba 1,5% da receita líquida do Estado. 'Infelizmente isso nunca foi cumprido', reconhece Kalil. 'O atual governo do Estado pretende ir aumentando gradativamente esse índice, começando com a meta de 25% para este ano.'
Fonte: O Estado de SP, 13/7
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