Recentemente fomos surpreendidos pela súbita partida do prezado colega Aleixo. No dia 12 de abril, sábado, às sete horas da manhã, quando se preparava para se dirigir ao Instituto de Química da UNICAMP para proferir aulas, o Prof. Aleixo foi acometido de um acidente vascular cerebral. Levado às pressas ao hospital logo entrou em estado de coma. Na sexta-feira seguinte, às quatro e meia da manhã, não resistindo o corpo aos danos do AVC, Aleixo partiu, rumando para outra dimensão, deixando um profundo sentimento de saudade à sua esposa Odila, aos seus filhos Alexandre, Ana Carolina e Juliana e, também, às pessoas com que conviveu com proximidade.
Além de pesquisador exigente e meticuloso, Aleixo é uma figura notável pelas suas qualidades humanas. Costumeiramente de bom humor, tem a rara qualidade de conseguir enxergar o lado engraçado de situações de conflito. Somando-se este aspecto ao seu comportamento ético e gentil e ao seu gosto pela música e pela filosofia, podemos construir na nossa mente a sua figura. Não devemos, também, esquecer o seu coração corintiano.
O colega iniciou a sua peregrinação por este planeta na cidade de Serra Azul, região de Ribeirão Preto, onde nasceu em 21 de julho de 1945, filho da Sra. Sebastiana Bianqui Aleixo e do Sr. José Aleixo. Fez o curso ginasial e o curso colegial no Colégio Estadual Alberto Santos Dumont, em Ribeirão Preto.
Trabalhou como funcionário da I.R.F. Matarazzo durantes os anos de 1966 e 1967. Entre 1969 e 1972 atuou como professor de matemática e de química no curso secundário.
Tendo ingressado na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Química, ali iniciou-se na arte da Química Analítica sob o incentivo do Prof. Douglas Wagner Franco, então em início de carreira, tendo manifestado publicamente e por escrito o seu reconhecimento, a este professor, pelo incentivo, nos agradecimentos da sua Tese de Doutorado.
Em 1972 ingressou na então recém criada pós-graduação do Instituto de Química da Unicamp. Interessou-se pelo trabalho do Prof. Oswaldo E. S. Godinho, que o orientou nos seus trabalhos de mestrado e de doutorado, iniciando-se, assim, uma produção científica conjunta de alta qualidade e uma grande amizade. Em 1973 iniciou o seu trabalho docente na Universidade, ao ser contratado como instrutor, MS-1, no Instituto de Química da Unicamp.
A defesa da sua tese de mestrado deu-se em agosto de 1975, intitulando-se "Estudo da reação entre íons de Mn(II) e íons azoteto em solução aquosa" e a da de doutorado em julho de 1980, tratando dos "Estudos potenciométricos de equilíbrios ácido-base e de formação de complexos em solução aquosa".
Com o apoio do programa PNUD, estagiou em 1981 no Laboratório de Química Analítica, do Prof. Ari Ivaska, da Åbo Akademi, Åbo, Finlândia.
O seu trabalho científico é de altíssima qualidade evidenciando o seu caráter meticuloso e correto, tendo orientado trabalhos de teses de mestrado e de doutorado na área de Eletroanalítica.
No ano de 1989 foi eleito para assumir a Chefia do Departamento de Química Analítica do Instituto de Química da Unicamp, para o período compreendido entre 09/1989 e 09/1991. Em 1997 foi novamente reconduzido a este cargo para mais um período de dois anos.
Em 18 de abril de 2003, o prezado Aleixo partiu deste plano de existência rumo a outras paragens, onde nos encontraremos no futuro, deixando, àqueles que o conheciam de perto, as sensações de dever cumprido e de profunda sensibilidade humana.
Prof. Dr. Matthieu Tubino
Prezados colegas,
Em virtude do grande número de solicitações, a Comissão Organizadora do BMOS-10 decidiu estender o prazo de inscrição, com apresentação de trabalhos, de 30 DE ABRIL PARA 20 DE MAIO/2003. Tanto o pagamento da primeira parcela da inscrição quanto a submissão do trabalho poderão ser feitas até a data acima.
A comissão esclarece que este é o único prazo sendo estendido e lembra também que todos os pagamentos devem ser feitos nominalmente a Sociedade Brasileira de Química.
Cordiais saudações,
Prof. Carlos Roque D. Correia
Secretário Geral do BMOS-10
Instituto de Química
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
13083-970, Campinas, São Paulo - Brasil
tel.: (19) 3788-3086; FAX: (19) 3788-3023
homepage: www.bmos.iqm.unicamp.br
e-mail: bmos@iqm.unicamp.br
Estão abertas as inscrições para a seleção de PROFESSOR SUBSTITUTO, para suprir 02 vagas do Departamento de Química da UFPR, Área de Conhecimento: Química, Matéria Específica: Química Geral e Analítica.
A seleção será efetuada através de prova de títulos e prova didática.
A titulação mínima exigida é Mestrado em Química ou áreas afins. Os candidatos selecionados serão contratados no regime de trabalho de 20 h semanais.
As inscrições serão efetuadas no Departamento de Química da UFPR, no horário das 09:00 às 11:00 e das 14:00 às 17:00 h, devendo o candidato apresentar cópia do documento de identidade, da titulação, do "curriculum vitae" comprovado, acompanhado dos respectivos comprovantes e recolher a taxa de inscrição no valor de R$ 10,00 (dez reais) no Banco do Brasil, agência 4201-3, conta corrente 170.500-8, depósito identificado 153079 15232 055-2, a qual não será devolvida.
As inscrições encerram-se no dia 19 de maio de 2003.
Maiores informações podem ser obtidas na Secretaria do departamento, através do tel. 041-361-3187 ou pelo e-mail diel@ufpr.br
Dispomos de uma Bolsa de Recém Doutor do CNPq, para admissão imediata, para alguem que tenha interesse e conhecimento da técnica para trabalhar em Belo Horizonte em um equipamento de ICP-MS recentemente adquirido. A quem interessar por favor contar o prof José Bento da Silva do Departamento de Química da UFMG pelos telefones 34995750, 32241856, ou pelo e-mail: bentojb@terra.com.br
Prof. José Bento da Silva - Dpto de Química - ICEx - UFMG Belo Horizonte - MG
Campinas, 24 de Abril de 2003.
Prof. Dr. Erney Felício Plessmann de Camargo
Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq -
Prezado Prof. de Camargo
É com muita satisfação e também com grande interesse que os membros do Comitê Assessor da área de Química estão acompanhando as recentes mudanças e ações empreendidas pelo CNPq, visando a sua reestruturação e completo retorno do seu papel fundamental na política brasileira de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Como representantes nacionais da área da Química em tão relevante e vital orgão de financiamento de pesquisa para esta importante área do conhecimento, o CA-Química tem se mobilizado e procurado ser a voz da comunidade Química dentro desta instituição, além de assessor rotineiro na análise e julgamento de solicitações nas diversas modalidades de financiamento promovidas pelo CNPq.
Ciente da sua responsabilidade de atuar em uma área estratégica e responsável por uma participação de cerca de US$ 24 bilhões anuais na economia nacional e com a finalidade de contribuir para o CNPq, o CA-Química promoveu, sob patrocínio deste órgão, no ano de 2002, uma reunião extraordinária para tratar de assuntos relacionados ao papel do CNPq na manutenção, ampliação e indução de pesquisa científica, produzindo um documento que tomamos a liberdade de reencaminhar à esta Presidência. Neste documento, em anexo, são elaboradas uma série de sugestões que dizem respeito ao financiamento da pesquisa na área da Química e sobre os procedimentos do CA, as quais gostaríamos que fosse do conhecimento desta Presidência e do Conselho Diretor.
A satisfação deste CA se justifica à medida que ações como o retorno das Taxas de Bancada e as notícias de expansão do sistema de bolsas em seu número e valores, que estão se concretizando, mesmo que ainda aquém das expectativas das diversas áreas, constituíam, há muito, pontos de preocupação e de motivação para solicitações junto ao CNPq, manifestadas, inclusive, no documento acima referido.
O interesse com que o CA-Química acompanha as mudanças e propostas de expansão do sistema de bolsas, por outro lado, pede que este se manifeste no sentido de informar as demandas levantadas em anos recentes, principalmente com relação às Bolsas de Produtividade em Pesquisa.
Seria desnecessário reafirmar a importância, já amplamente reconhecida, das bolsas de produtividade como mecanismo de promoção da produção científica nacional. O atual momento, em que se acena com a expansão de 430 novas bolsas para a comunidade científica nacional (um número ainda pequeno, mas indicativo do que esperamos ser uma proposta de ação contínua), encontra a comunidade de pesquisadores da área de Química em um ponto marcante da sua história.
Investimentos muito bem sucedidos, realizados na década de 90, através de programas como o PADCT, resultaram em um crescimento exponencial da área manifestado sob a análise de qualquer índice relevante e, principalmente, como exemplificado na Figura 1, tanto pelo número de teses de doutorado como pelo número de publicações em periódicos indexados no exterior. A avaliação dos cursos de pós-graduação em Química realizada pela CAPES referente ao período de 1998-2000 revela a existência de 1203 alunos matriculados no mestrado e 1471 no doutorado e a titulação, somente no ano de 2000, de 384 mestres e 244 doutores. A produção científica no mesmo ano atingiu 2208 artigos, sendo 478 no país e 1730 no exterior. A média de conceitos CAPES para os cursos de Química é 5 (cinco) e o fator de impacto médio das publicações da área no Brasil é 1,03 contra 1,32 da média mundial[1].
Os reflexos deste crescimento surpreendente da área tanto em termos quantitativos como qualitativos têm se manifestado de várias formas e têm sido detectados pelo CA em suas reuniões ordinárias em anos anteriores. Dentre eles, sem dúvida, a demanda qualificada não atendida por Bolsas de Produtividade, considerando-se a sua quase que completa estagnação numérica durante os últimos anos, se constitui em um dos mais contundentes.
Nas quatro últimas reuniões do CA-Química (2001-2002), nas quais as solicitações de Bolsas de Produtividade foram analisadas, a demanda bruta se situou em cerca de 250% em relação à disponibilidade de bolsas enquanto a demanda qualificada, associada à pesquisadores da área que apresentam plena capacidade de ingressar no sistema, mostra a necessidade de um número mínimo adicional de 71 de bolsas de produtividade (20% em relação ao total de 355 bolsas de produtividade implementadas até Dezembro de 2002). Vale lembrar que o número total de bolsas alocadas à área atingiu em 1999 o seu pico de 365 bolsas, e que, portanto, o número atual reflete uma diminuição real e injustificável.
Sabemos que o sistema de Bolsas de Produtividade em Pesquisa se encontra, de forma geral, bastante comprimido, para as diferentes áreas e que reivindicações justas à esta Presidência e CD irão, neste momento, se originar e serão encaminhadas por muitas delas. Porém, este CA espera que a análise da distribuição das novas bolsas seja feito considerando-se, especificamente para a área de Química, o cenário contraditório de uma expansão exponencial comprovada de qualidade e de produção/produtividade experimentada pela área e o número relativamente modesto de bolsas a ela alocada que, em muito, ainda continua sendo fruto de séries históricas que não mais contemplam a realidade contemporânea da área e a sua situação relativa às outras áreas.
Certo da atenção que a Presidência e o Conselho Diretor do CNPq darão às nossas preocupações, nos despedimos e nos colocamos a disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.
Sinceramente
Dr. Celio Pasquini
Coordenador do CA-Química
Figura 1. Evolução bianual do número de doutores formados e do número de publicações em periódicos científicos no exterior referentes à área de Química. (Fonte: de Andrade, J.B., Cadore, S., Vieira, P.C., Zucco, C. e Pinto, A.C., Eixos Mobilizadores em Química, Química Nova, no prelo, 2003.
C/C para Dr. José Roberto Leite (Diretor de Programas Horizontais (CNPq) Membros do Conselho Diretor do CNPq
Secretaria Geral SBQ
Contribuições devem ser enviadas para: Luizsbq@iqm.unicamp.br http://www.sbq.org.br
Até nossa próxima edição!!!