SBQ - BIÊNIO (2002/2004) BOLETIM ELETRÔNICO No. 390


Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da SBQ (www.sbq.org.br/jbcs/index.html).

PARABÉNS A SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA PELOS SEUS 25 ANOS.

Veja nesta edição:
  1. Novos membros da Academia Brasileira de Ciências
  2. QMCWEB.org ANO 5
  3. ICAMS 20 - 2nd Announcement and Call for Papers
  4. EDITAL N.º 007/2003 CONCURSO PÚBLICO NA UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)
  5. II Workshop em Espectrometria Atômica da PUC-Rio
  6. Tudo resolvido: Bolsistas do CNPq recebem até sexta-feira
  7. Os acadêmicos e o governo Lula, artigo de Luís Nassif
  8. Desastre espacial, editorial da 'Folha de SP'
  9. No rastro do Columbia, Nasa sofre críticas

1. Novos membros da Academia Brasileira de Ciências


Foram eleitos na assembléia geral de 31/1/2003 os novos membros da ABC. A data da posse ainda não foi marcada

Vejam os novos acadêmicos:

Membros Titulares:

Membros Estrangeiros:
Jean François Treves
Claude Cohen-Tannoudji
Harry Eugene Stanley
William Randall Van Schmus
Antonio Coutinho
Norman Ernest Borlaug
(Boletim do Acadêmico)


Nota do Editor
Os membros da Diretoria e Conselho da SBQ parabenizam os professores Jailson Bittencourt de Andrade e Oscar Manoel Loureiro Malta. O Prof. Jailson é ex-presidente e atual conselheiro da SBQ.

QMCWEB.org ANO 5


Em 1998 nascia o QMCWEB.org - sua revista eletrônica de Química. Com leitores de todo o Brasil e de todos os níveis de formação, o QMCWEB mostra a química como forma de entretenimento. Além de promover a divulgação da Química, o QMCWEB tem se tornado uma referência para escolas, alunos e professores.

Na edição atual, o QMCWEB apresenta um destaque: "A Química vs. Dor" O que é a dor, qual é a bioquímica envolvida na transmissão do impulso doloroso e quais são as armas da química contra a dor. Em adição, o artigo apresenta as perspectivas para o combate à dor baseado nos avanços da química médica.

Veja também uma matéria especial sobre o líquido vital: água. e muito mais!!!

[acesse] http://www.qmcweb.org


3. ICAMS 20 - 2nd Announcement and Call for Papers


Campinas, January 30th, 2003

ICAMS 20 - 2nd Announcement and Call for Papers

Dear Colleague

The Second Announcement and Call for Papers of the 20th International Conference on Amorphous and Microcrystalline Semiconductors (ICAMS 20), 25-29 August 2003, Campos do Jordão, Brazil, is already available at <http://www.icams20.org>http://www.icams20.org.

Detailed information on the Conference scope, location, important dates and deadlines, tentative list of invited speakers, and instructions for abstract submission is available at the site.

We kindly ask you to forward this message to your colleagues and newcomers to the field who might be interested in attending.

Please, do not hesitate to contact us at <mailto:icams20@unicamp.br> for any supplementary information. Hoping to see you in Campos do Jordão

Sincerely yours

I. Chambouleyron (Chairman) - F. Alvarez (Co-Chairman)


4. EDITAL N.º 007/2003 CONCURSO PÚBLICO NA UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)


EDITAL N.º 007/2003 CONCURSO PÚBLICO NA UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia)

Departamento de Química e Exatas - DQE
Horário: 8h às 12h e das 14h às 21h Fone: (0xx73) 526-8621

Bioquímica: 01 vaga - 40 horas - ASSISTENTE

Exigência
Graduação em Química ou em Farmácia ou em área correlata, que tenha cursado a disciplina Bioquímica Básica e Bioquímica Metabólica e Pós-Graduação Stricto Sensu com área de concentração em Bioqúimica ou em área correlata.

1.Período de Inscrições: 19.02 a 05.03.2003 2.Período de Realização das Provas: 08.04 a 11.04.2003 3.Locais de Inscrição:

I.Campus de Vitória da Conquista - Estrada do Bem-Querer, Km 04, Vitória da Conquista - BA, CEP 45083-900, nos Departamentos envolvidos, de segunda a sexta-feira, nos horários indicados abaixo.

II.Campus de Jequié, Rua José Moreira Sobrinho, s/n, Jequiezinho Jequié - BA CEP - 45200-000, nos departamentos envolvidos, de segunda a sexta-feira nos horários indicados abaixo.

III.Via Internet e Correio (documentação postada por SEDEX);

4.Informações:
Telefones: (0xx77) 424-8624, Disque-PROGRAD 0800-734321 e Home Page: www.uesb.br


5. II Workshop em Espectrometria Atômica da PUC-Rio


Será realizado, na PUC-Rio, no dia 20 de fevereiro próximo, o II Workshop em Espectrometria Atômica da PUC-Rio, contanto com o apoio da Gentec. Este evento aproveita a vinda dos Doutores Ralph Sturgeon (NRC-Canadá) e Bernhard Welz (UFSC) ao Rio de Janeiro, e abrangerá temas de fronteira na área. Fará parte do evento a defesa de tese de Patrícia Grinberg, intitulada "Estudo do Irídio como Modificador Permanente e de FAPES como Fonte de Excitação na Determinação de Elementos-traço e Especiação em Espectrometria Atômica"

Maiores informações no site:
http://www.ctc.puc-rio.br/laatom/

Contando com sua presença,

Reinaldo Calixto de Campos e Aderval S. Luna
Coordenadores


6. Tudo resolvido: Bolsistas do CNPq recebem até sexta-feira


Um decreto publicado nesta segunda-feira reafirmou a excepcionalidade do pagamento das bolsas de pesquisa.

O Ministério de C&T parece ter passado muito bem por seu primeiro teste de eficiência meramente administrativa.

Muita gente temia um atraso no pagamento das bolsas de janeiro do CNPq, devido a presença de um novo governo disposto a cortas gastos e ainda não familiarizado com as sempre complicadas engrenagens de liberação de verbas indispensáveis, em tempo hábil.

Os temores, embora justificados, já não têm razão de ser. O MCT e o CNPq foram suficientemente hábeis e competentes para enfrentar as dificuldades momentâneas e solucionar o problema, sem causar danos e perdas.

Através de um decreto específico, publicado nesta segunda-feira no 'Diário Oficial', reafirmando o caráter excepcional das bolsas de pesquisa, o Ministério da Fazenda liberou a verba necessária - R$ 45 milhões, do orçamento do próprio CNPq - para o pagamento das bolsas de cerca de 45 mil bolsistas mantidos pela agência.

Os bolsistas no Brasil e no exterior vão receber até o quinto dia útil do mês, como reza a norma vigente. Ou seja, até sexta-feira, dia 7 de janeiro.

Apenas uma possível exceção: as bolsas ligadas aos projetos financiados pelos fundos setoriais e aos convênios com o Ministério da Saúde serão pagas, o mais tardar, na segunda-feira.

São informações prestadas ao 'JC e-mail' pelo diretor administrativo do CNPq, Gerson Galvão, um dos artífices desta operação toda que só merece aplausos.

Fonte: JC e-mail 2213, de 04 de Fevereiro de 2003.


7. Os acadêmicos e o governo Lula, artigo de Luís Nassif


Em contraposição ao modelo dito 'neoliberal', se propõe um modelo econômico baseado exclusivamente na inclusão social. Nada contra a inclusão social, mas como se pode subordinar inovação, tecnologia, desenvolvimento exclusivamente a esse tema?

Luís Nassif é articulista da 'Folha de SP', onde foi publicado este artigo (LNassif@uol.com.br):

Uma das grandes forças do PT -que está na origem da sua fundação- são as corporações acadêmicas. São grupos basicamente corporativistas e ideológicos, em nada se diferindo dos acadêmicos 'neoliberais', que comprometeram a política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso e eram seus alvos preferenciais.

São faces da mesma moeda. Seu método de interpretação da realidade não se baseia na análise dos fatos e na busca do bom senso. O processo de conhecimento é invertido. Primeiro definem-se os princípios ideológicos, depois adaptam-se os fatos a eles. E, em qualquer circunstância, querem 'refundar' tudo -do que está errado ao que deu certo.

Os 'puquianos' de Fernando Henrique caíram de cabeça na história de que o fluxo de capitais seria contínuo e eterno e que a estratégia correta seria liquidar com os superávits comerciais, e não colocar barreiras ao livro fluxo de capitais.

O bom senso indicava que essa política seria suicida. Mas a academia só aceita as verdades, mesmo quando baseada na mais objetiva forma de conhecimento -o bom senso-, depois de encapsuladas em teses acadêmicas. Agora os centros de pensamento econômico confirmam o que o bom senso indicava, mas Inês é morta.

Do lado dos intelectuais acadêmico-petistas (para distinguir dos intelectuais mais ligados à prática e ao pensamento contemporâneo, como Tarso Genro, José Genoino e o atual prefeito de Belo Horizonte, Fernando Damata Pimentel), incorre-se no mesmo método. Em contraposição ao modelo dito 'neoliberal', se propõe um modelo econômico baseado exclusivamente na inclusão social.

Nada contra a inclusão social, mas como se pode subordinar inovação, tecnologia, desenvolvimento exclusivamente a esse tema? A inclusão social deve ser objetivo, mas também consequência de um projeto de desenvolvimento consistente.

Três áreas estão reféns desse academicismo e desse 'refundamento'.

O Fome Zero é a primeira, com essa teimosia injustificável do acadêmico José Graziano de ignorar alertas até de ícones do seu partido contra essa tentativa de tutelar a fome.

O segundo é o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), com a tentativa do seu presidente, o acadêmico Otaviano Helena, de extirpar o provão.

Alega que o exame prevê notas de A a E independentemente da qualidade intrínseca dos cursos. E que existem critérios melhores de avaliar as escolas.

O professor ignora o que é o 'benchmark'. Trata-se de definir, em cada área, quem tem a melhor prática -independentemente de ser prática ótima ou não. Essa comparação é que estimula os demais a competir com os 'benchmark' e estes a se aprimorar constantemente.

O terceiro é o MCT e a intenção manifestada pelo novo ministro de modificar a Sepin (Secretaria de Política de Informática). O álibi é que irá conferir maior abrangência a ele, como se política de informática não fosse um tema suficientemente abrangente.

É um contraste marcante com as áreas entregues a gente do ramo, como a política externa, o comércio exterior e os bancos oficiais.

Fonte: Folha de SP, 4/2


8. Desastre espacial, editorial da 'Folha de SP'


O acidente de sábado não basta para alterar os planos bélicos de Washington, mas afeta, ainda que de modo limitado, o moral norte-americano num aspecto vital também para a guerra: a supremacia tecnológica

O desastre com o ônibus espacial Columbia, que custou a vida de seus sete tripulantes, apanha os EUA num momento especialmente delicado, em que o país trava a chamada guerra contra o terror e se prepara para invadir o Iraque.

O acidente de sábado não basta para alterar os planos bélicos de Washington, mas afeta, ainda que de modo limitado, o moral norte-americano num aspecto vital também para a guerra: a supremacia tecnológica.

O golpe é principalmente simbólico. Diz respeito à auto-imagem dos americanos. A superioridade dos EUA no campo aeroespacial, civil ou militar, permanece incontestável.

Ainda é cedo para fechar diagnósticos sobre as causas da desintegração, mas os primeiros indícios sugerem que uma falha no lançamento pode ter danificado as pastilhas de proteção térmica, que são fundamentais para impedir que o calor destrua a nave ao voltar para a atmosfera.

Confirmada essa hipótese, as falhas, mais do que técnicas, estariam na cultura de segurança da Nasa, que, segundo seus críticos, vinha sendo paulatinamente relaxada.

Cortes de despesas, com demissão de pessoal, e excesso de terceirizações vêm sendo incluídos nas listas de fatores que podem ter contribuído para a tragédia. A idade avançada da frota de ônibus espaciais, também. O Columbia havia voado pela primeira vez 22 anos atrás.

Os mais críticos chegam a questionar a concepção dos ônibus espaciais (um design dos anos 70) e o conceito de missões espaciais tripuladas.

Afirmam que não há sentido em mandar pessoas para missões arriscadas no espaço quando se podem obter quase os mesmos resultados científicos com o envio de sondas, que ainda têm a vantagem de custar significativamente menos.

No fundo, o que acaba justificando as missões tripuladas, além do poderoso marketing da Nasa, é a idéia, romântica, de que o homem vai desbravar o espaço sideral. Não há nada de errado com essa idéia, desde que se esteja disposto a pagar o preço da aventura. Em dólares e em vidas.

Fonte: Folha de SP, 4/2


9. No rastro do Columbia, Nasa sofre críticas


Cientistas que questionaram padrões de segurança foram demitidos em 2002; 82% querem continuar programa.

O presidente George W. Bush manifestou nesta segunda-feira seu apoio ao diretor da Nasa, Sean O'Keefe, dois dias depois da morte de sete astronautas no ônibus espacial Columbia. 'Vocês nos deixam orgulhosos', disse Bush em encontro de 45 minutos com O'Keefe no Salão Oval da Casa Branca.

Apesar do apoio de Bush, as críticas à agência espacial americana aumentaram. Um dos fatos mais lembrados foi a demissão, no ano passado, de membros de um comitê de segurança que tinha alertado para os riscos que os ônibus espaciais corriam.

O Comitê de Aconselhamento sobre Segurança Aerospacial teria dito à direção da Nasa que os cortes no orçamento da agência estavam atrapalhando a segurança. A resposta do órgão foi demitir cinco dos nove membros do comitê. Um sexto integrante do grupo se demitiu em protesto.

Em abril do ano passado, Richard Blomberg, presidente do painel, disse ao Congresso dos EUA: 'Nunca estive tão preocupado com a segurança dos ônibus espaciais como agora. Todos os meus instintos sugerem que o enfoque atual está plantando as sementes para o perigo futuro'.

Seymour Himmel, que estava entre os membros despedidos do comitê, disse ao jornal 'The New York Times': 'Estávamos falando das coisas como elas realmente eram e discordando de algumas das ações da agência'.

A Nasa nega ter negligenciado a segurança dos ônibus espaciais. De acordo com Sonja Alexander, porta-voz da agência, os membros do antigo comitê não foram silenciados por causa de suas críticas, mas substituídos para que 'novos membros, mais jovens e capacitados, pudessem entrar'.

Pastilhas suspeitas

A Nasa anunciou nesta segunda-feira que já encara o dano causado às pastilhas de isolamento térmico durante a decolagem como a causa mais provável do acidente. Instaladas manualmente na parte inferior da nave, essas pastilhas de cerâmica isolam a fuselagem do calor de 1.260C gerado pelo atrito da nave com o ar, na reentrada.

Quando o Columbia decolou, dia 16 de janeiro, um pedaço da espuma de isolamento do tanque principal de combustível se soltou e atingiu uma área sob a asa esquerda -o que poderia ter enfraquecido a proteção e causado o acidente.

'Todo mundo já adotou a conclusão de que essa foi a causa [do desastre]', afirmou Bill Readdy, um dos administradores da Nasa. '[Mas] não estou pronto para dizer isso. Esse é o principal candidato neste momento, mas temos de considerar outras coisas.'

Ele afirmou que um relatório de engenharia feito no 12º dia da missão de 16 dias do Columbia havia concluído que, mesmo se as pastilhas estivessem danificadas, não haveria riscos para o vôo.

Apoio popular

A tragédia do Columbia não parece ter afetado a confiança dos norte-americanos no programa espacial. Segundo uma pesquisa do jornal 'USA Today', da rede CNN e do instituto Gallup, 82% deles dizem que os vôos com ônibus espaciais devem continuar.

A pesquisa, feita anteontem, revelou que 56% dos americanos querem que o orçamento da Nasa permaneça o mesmo, enquanto 24% sugerem um aumento.

A confiança na capacidade da Nasa de evitar novos acidentes é partilhada por 82% dos americanos ouvidos. Quando o Challenger explodiu em 1986, 80% apoiaram a continuidade dos vôos.

(Com agências internacionais)
Fonte: Folha de SP, 4/2


Secretaria Geral SBQ


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Até nossa próxima edição!!!