ESTOCOLMO - John Fenn, dos Estados Unidos, Koichi Tanaka, do Japão, Kurt Wuethrich, da Suíça, são os ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2002, por terem avançado na compreensão de processos essenciais à vida.
Eles vão dividir o prêmio de US$ 1 milhão pelo desenvolvimento de poderosas ferramentas de analíticas para o estudo de grandes moléculas, como as proteínas, que podem levar ao desenvolvimento de novos remédios, disse a Academia Real de Ciências da Suécia.
- O trabalho deles abriu caminho para a descoberta futura da cura do câncer - disse Bengt Norden, presidente do comitê de química do Nobel. - Sem isso, não haveria farmacêutica moderna.
Tanaka, de 43 anos, é o mais jovem químico laureado com o Nobel desde 1934 e o segundo japonês a ganhar um Nobel este ano. Na terça-feira, a academia anunciou que o nome de Masatoshi Koshiba entre os três ganhadores do Nobel de Física. Tanaka trabalha na Shimadzu, uma empresa de Kyoto que fabrica equipamentos de precisão.
Wuethrich,k de 64 anos, é o quinto suíço laureado com o Nobel de química e o primeiro desde 1991.
Fenn, de 85 anos, e Tanaka vão dividir metade do prêmio e Wuethrich receberá a outra metade.
Reuters
9 October 2002
Spectroscopic methods for identifying biological macromolecules win this year's biggest merit award in chemical science, the Nobel Prize.
One half the million dollar prize money goes to John Fenn of Virginia Commonwealth University, Richmond, USA, and Koichi Tanaka of Shimadzu Corp., Kyoto, Japan for their development of soft desorption ionisation methods for mass spectrometric analyses of biological macromolecules.
The other half goes to Kurt Wuethrich of the Swiss Federal Institute of Technology, ETH Zurich, in Switzerland and The Scripps Research Institute, La Jolla, USA, "for his development of nuclear magnetic resonance spectroscopy for determining the three-dimensional structure of biological macromolecules in solution."
As we move into the post-genomics era of proteins and proteomes of increasing importance is the analysis and identification of biological macromolecules. Until recent years most macromolecules were beyond the reach and resolution of conventional mass spectrometry and NMR. But, today it is possible to quickly and easily reveal what proteins are contained in a sample, thanks to the work of this year's Nobel chemistry laureates.
The work of Fenn, Tanaka, and Wuethrich has not only revolutionised analytical chemistry and biochemistry but thanks to their methods and the extensions to their work by others more rapid drug discovery is possible. Food quality control can be improved and diseases such as breast and prostate cancer diagnosed sooner.
Fenn first published his new technique of electrospray ionisation (ESI) in 1988. In this method, charged droplets of protein solution are produced which shrink as the solvent water evaporates, until free protein ions remain suspended in the ESI chamber ready for mass spec determination.
Tanaka meanwhile had introduced an alternative approach to suspending proteins "Äî soft laser desorption. A pulse of laser light blasts the sample into small bits releasing fragments characteristic of the proteins present.
While MS can provide unapproachable information about a protein sample, NMR too can now offer information about the three-dimensional structure and the molecular dynamics of a protein, thanks to the work of W*ºthrich.
Wuethrich began developing the well-known small molecule spectroscopy technique of NMR in the early 1980s with the aim of analysing proteins. His approach hinged on systematically assigning certain fixed points within a protein structure so that NMR could be used to determine the distances between them.
With this separation information in hand, Wuethrich could then determine a three-dimensional structure for the protein, something that was usually only possible with the far more costly and laborious diffraction technique. His work also meant that proteins could be studied in their native form in solution rather than as crystallised entities, which means that molecular biologists can use NMR to study proteins and how they operate in a living cell.
'Notáveis benefícios podem resultar da pesquisa pura'
Eis o texto completo do editorial de 'O Globo':
O estudo da morte pré-programada das células rendeu o Prêmio Nobel de Medicina a três cientistas, que desvendaram as ligações entre o processo de contínua destruição e substituição de células e doenças como Aids e câncer.
É, mais uma vez, a comprovação dos notáveis benefícios práticos que podem resultar da pesquisa pura.
E da necessidade de manter a salvo de quaisquer restrições a busca do conhecimento, a ciência.
Por mais polêmica e sujeita a discussões éticas que seja a tecnologia, ou seja, a aplicação desse conhecimento - como acontece, por exemplo, no campo da genética.
Fonte: O Globo, 9/10
Prezado Professor Luiz Carlos,
Por favor, gostaria que o Sr. divulgasse esta mensagem junto à Sociedade Brasileira de Química, boletim eletrônico.
Sou professor de Química recentemente contrato pelas Faculdades Federais Integradas de Diamantina (FAFEID), antiga Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina (FAFEOD). A FAFEID está atravessando um momento de grandes transformações e ampliações. Seis novos cursos de graduação foram criados e os recursos, em geral, são poucos. Até o momento, foram criados os seguintes cursos superiores: Agronomia, Zootecnia, Engenharia Florestal, Nutrição, Fisioterapia e Farmácia. Já existiam na Instituição os cursos de Odontologia e Enfermagem.
A importância desta ampliação vem de encontro com as necessidades da região onde se encontra a Instituição. A FAFEID está localizada no Vale do Jequitinhonha (alto Vale do Jequitinhonha) e tem uma missão de grande importância que é ajudar a diminuir as desigualdades sociais já apresentadas a todos os cidadãos brasileiros. Devido aos poucos recursos bibliográficos de química e de outras disciplinas na instituição, à carência de equipamentos básicos de laboratório, venho por meio desta conscientizar e solicitar à Sociedade Brasileira de Química e outras instituições de ensino e pesquisa que tenham acesso ao boletim da SBQ e que, na medida do possível, desejam fazer alguma doação dos itens citados acima que façam contato no seguinte endereço:
Faculdades Federais Integradas de Diamantina, FAFEID
Rua da Glória, 187
Centro, Diamantina, MG.
CEP.: 39.100-000
Tel.: 38 3531 1811
Fax.: 38 3531 1030
Professor Luís Antônio da Silva: lasilva@fafeod.br
Professora Valéria Almeida Alves: valeria@fafeod.br
A reunião do CD/CNPq de 3 de outubro foi longa, muito informativa e suscitou muitas reflexões, embora muitas delas não tivessem podido ser expressas, por falta de tempo
O secretário executivo do MCT, Carlos Américo Pacheco, falou sobre os orçamentos deste ano e do ano que vem. A seu ver, em suma, o orçamento de 2003 poderá compensar em muito as perdas do orçamento de 2002, que, aliás, não foram poucas.
Lucia Melo, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, discorreu sobre as ações regionais, que tiveram especial estímulo e destaque durante a gestão do ministro Ronaldo Sardenberg.
Alice Abreu, vice-presidente do CNPq, apresentou um relatório sobre o Programa de Apoio a Grupos de Excelência (Pronex), que, como outros programas enfrentaram sérias dificuldades financeiras este ano, mas cujos compromissos estão começando a ser pagos, graças à liberação de recursos determinada em portaria presidencial.
Celso Melo e Albanita Viana, diretores do CNPq, abordaram as ações da agência em curso hoje, além de apresentarem um quadro do que foi feito e do que não pode ser feito, em vista dos cortes orçamentários e financeiros.
Concluindo sua apresentação, Celso Melo propôs - apesar das dificuldades ainda existentes - que o CNPq estude a possibilidade de lançar três chamadas ainda em 2002:
A idéia pelo que apuramos foi bem recebida. Infelizmente, por falta de tempo, o assunto não chegou a ser discutido e ficou para ser apreciado numa próxima reunião a realizar-se em novembro, de preferência na primeira quinzena.
Jacob Palis Jr., diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que presidiu parte da reunião do CD/CNPq, disse ao 'JC e-mail' que concorda plenamente em se fazer todo o esforço necessário para implementar as chamadas propostas.
Ele entende que isso seria altamente saudável tanto para o CNPq como para todo o sistema de apoio à pesquisa.
Palis também opinou que é preciso aumentar o número de reuniões do Conselho Deliberativo. Ele acha que quatro reuniões por ano não são suficientes.
Ângela Uler, da Coppe/UFRJ, igualmente defendeu, ao ser ouvida pelo 'JC e-mail', a idéia de que as reuniões do CD devem ser mais freqüentes. E foi mais além: a seu ver, é preciso aperfeiçoar a forma das reuniões para que elas tenham um sentido maior de continuidade e ganhem assim mais eficiência. Segundo ela, muitos comentários e avaliações relevantes feitos durante as reuniões se perdem pela falta de um registro detalhado.
As observações conduzem a convicção de que o CD do CNPq pode e deve ser fortalecido e que para isso não se precisa esperar pelo próximo governo, seja ele quem for.
Fonte: JC-E-mail
Secretaria Geral SBQ