SBQ - BIÊNIO (2002/2004) BOLETIM ELETRÔNICO No. 342




Assine e divulgue Química Nova na Escola e o Journal of the Brazilian Chemical Society (www.sbq.org.br/publicacoes/indexpub.htm) a revista de Química mais importante e com o maior índice de impacto da América Latina. Visite a nova página eletrônica do Journal na home-page da SBQ (www.sbq.org.br/jbcs/index.html).


Veja nesta edição:
  1. Aniversário de 25 Anos da SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, próxima segunda-feira, Dia 08 de Julho
  2. Secretaria da SBQ montada no IQ da UFGO, durante a 54a SBPC
  3. Solicitação de sugestões dos sócios para a 26a RASBQ
  4. Bolsa de pos doc na França
  5. First International Symposium on Residue Management in Universities - ISRMU 2002
  6. II Encontro Nacional de Segurança em Química (II ENSEQUI)
  7. Inovação tecnológica, o único caminho, artigo de Roberto Nicolsky
  8. Cresce o número de pedidos de patentes no Brasil


1. Aniversário de 25 Anos da SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, próxima segunda-feira, Dia 08 de Julho

No próximo dia 08 de julho a SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA (SBQ) estará completando 25 anos de fundação.

A SBQ foi fundada em 1977, durante uma Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Desde a sua criação, a SBQ vem atuando de forma expressiva no desenvolvimento e consolidação da comunidade química brasileira, e na divulgação da Química e de suas importantes relações, aplicações e conseqüências para o desenvolvimento do país e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Contando com 23 secretarias regionais e com 12 divisões científicas concernentes às principais áreas da Química, a SBQ constitui-se em uma das maiores sociedades científicas brasileiras.

Neste sentido, ao lado da promoção de reuniões anuais que atualmente congregam, a cada evento, a presença de aproximadamente 2000 participantes com uma produção média de 1500 comunicações de pesquisa, a SBQ tem promovido, outros eventos anuais sobre áreas da Química, para os quais converge um expressivo número de participantes e de trabalhos apresentados.

Tal fomento ao desenvolvimento e amadurecimento da comunidade química brasileira pode ser ainda evidenciado pela publicação de três revistas pela SBQ - Química Nova, que é enviada a todos os sócios, Journal of the Brazilian Chemical Society (JBCS) - que divulgam parte substancial da produção da pesquisa brasileira em Química nos contextos nacional e internacional. Além dessas duas revistas a SBQ edita ainda a Química Nova na Escola - especificamente dirigida a professores de que ensinam Química nas escolas brasileiras.

A SBQ está em permanente contato com seus associados através da edição do Boletim Eletrônico SBQ, uma lista eletrônica aberta a toda a comunidade interessada em Química.

É realmente um momento de muita alegria para todos os membros de nossa comunidade.

Os membros de Diretoria e Conselho da SBQ congratulam-se com todos aqueles que ajudaram e ajudam a construir e a fazer a história da SBQ.

Parabéns SBQ!!!

Nota do Editor: Abaixo está transcrita a Ata de Fundação da SBQ. Conheça um pouco mais sobre a história da SBQ em nossa homepage (www.sbq.org.br).

ATA DE FUNDACÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA

Após uma Assembléia que durou duas horas, foi fundada a Sociedade Brasileira de Química - SBQ, na sala 056 da Pontifícia Universidade Católica, na rua Monte Alegre, na cidade de São Paulo, às 19:30hs (dezenove e trinta); para a Diretoria foram eleitos: pres. Simão Mathias, Secret. Geral: Eduardo Motta Alves Peixoto, Tes. Etelvino J. H. Bechara; para o Conselho Consultivo foram eleitos: Jacques Danon, Ricardo C. Ferreira, Antonio C. Pavão, Archimedes P. Guimarães, Ernesto Giesbrecht e David Tabak.

São Paulo, oito de julho de 1977.

Assinaram esta Ata, os membros fundadores da SBQ

Affonso Alles
Albertino F. Nascimento Jr.
Ana Maria Pereira Santos
Ana Maria Pinto dos Santos
Antonio Carlos Pavão
Alcídio Abrão
Archimedes P. Guimarães
Armi Wanderley da Nóbrega
Catharina M. W.Brandi
Claudio Airoldi
David Tabak
Dawson Buim Arena
Diana J. Rosa Guenzburger
Eduardo M. Alves Peixoto
Etelvino J. Henriques Bechara
Fernando Galembeck
Geraldo José da Silva
Guilherme Luiz Indig
Helena M. C. Ferraz
Helena Maria S. Bittencourt
Henrique Manoel Q. Magarão
Hernan C. Guralnik
Hiroshi Aoyama
Iolanda Midea Cuccovia
Ivano Rolf Gutz
Jacques Danon
José Atílio Vanin
José Roberto Ernandes
Keiko Takashima
Letícia Tarquino de S. Parente
Lúcia P. S. Airoldi
Marco Aurélio De Paoli
Maria do Carmo de A.Santos
Maria E. V. Suarez
Maria Lucia Mendes de Carvalho
Maria Olimpia de O. Rezende
Marian Rosaly Davolos
Mariana S. Araújo Viel
Marilda Meirelles Oliveira
Marilene Marcuzzo do Canto
Mário Giambiagi
Mário José Politi
Marisa Helena G. Medeiros
Massami Yonashiro
Marta M. Tanizaki
Maurício G. Constantino
Nídia F. Roque
Osvaldo Antonio Serra
Paulo Tiglea
Pedro Maia de Campos
Regina Lucia de Souza Moura
Regina Maria Valle Aleixo
Renato Vergnhanini Filho
Ricardo Baumhardt Neto
Ricardo Cesar P. Chaim
Ricardo C. Ferreira
Roberto Tokoro
Rosa Maria Scavariello
Sérgio de Souza Funari
Sérgio Emanuel Galembeck
Simão Mathias
Sonia M. H. Salcedo
Victor A. Nehmi
Yoshiyuki Hase




2. Secretaria da SBQ montada no IQ da UFGO, durante a 54a SBPC

Informamos que a SBQ terá uma secretaria montada no IQ da UFGO, durante a realização da 54a SBPC, onde os socios poderao verificar/ atualizar sua situacao junto a Sociedade, assinar revistas e adquirir os produtos SBQ. Os não sócios poderão aproveirar a ocasião para filiar-se.




3. Solicitação de sugestões dos sócios para a 26a RASBQ

Prezados colegas,

Ja estamos iniciando a organização da próxima reunião anual, que será realizada novamente em Poços de Caldas e o objetivo desta mensagem é solicitar sugestões de todos para a organização da 26a Reunião Anual.

Todas as sugestões podem ser enviadas diretamente para Secretário Geral no e-mail (Luizsbq@iqm.unicamp.br).

A principio o formato da reunião será o mesmo da anterior, mantendo inclusive as sessões coordenadas combinadas e uma tarde com dois simpósios.

Solicitamos sugestões para:

  1. Tema para a reunião
  2. Nomes de conferencistas para abertura
  3. Temas para simpósios (total de 3)
  4. Prováveis cursos (total de no maximo 9)
  5. Workshops (no maximo 4)
  6. Conferências plenárias (no maximo 9, sendo que daremos prioridade para conferencistas nacionais, embora ainda não tenhamos discutido a respeito a nivel de diretoria, poderemos trazer 3 ou 4 pessoas do exterior, mas desde que sejam realmente de primeira linha e que sejam de interesse de toda a comunidade e não apenas para uma divisão específica. Com relação aos conferencistas nacionais também vale a mesma idéia, devem pensar em alguém que desperte o interesse de membros de mais de uma divisão.
  7. Também solicitamos sugestões para melhorar a organização da reunião e garanto que todas as sugestões, críticas, enfim, tudo que possa nos ajudar a organizar ainda melhor a RA serão bem-vindas (podem enviar direto para este e-mail).
  8. Sugestões de uma atividade cultural como a que tivemos nesta reunião, com a peça de teatro do Prof. De Meis, que foi um sucesso.

Contamos com o apoio de todos os colegas sócios da SBQ para a organização desta reunião, que queremos, seja um sucesso como a anterior e se possível, sempre melhor.

Um abraço e tudo de bom a todos,
Luiz Carlos




4. Bolsa de pos doc na França

O prof. Gerard Froyer do Institut des Materiaux de Nantes, Université de Nantes, França, está oferecendo uma bolsa da comunidade europeia (aprox. 1800 EUROS) para um candidato brasileiro ou com tese obtida no Brasil (no maximo até o 1/1/03), pelo periodo de um ano com possibilidade de renovação por mais um.

Não é necessario proficencia em lingua francesa mas o candidato deve falar e entender ingles.
Para mais informações podem contatar com urgencia à Profa. Susana Córdoba de Torresi do IQ-USP no (0xx11 30912165) ou storresi@iq.usp.br

Fonte: Prof. Dr. Susana Córdoba de Torresi

Instituto de Quimica

Universidade de São Paulo

E-mail : storresi@quim.iq.usp.br




5. First International Symposium on Residue Management in Universities - ISRMU 2002

First International Symposium on Residue Management in Universities - ISRMU 2002
November 6-8th, 2002 - Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
Santa Maria, RS - Brazil

ISRMU 2002

1st International Symposium on Residue Management in Universities
November 6-8th, 2002
Departamento de Química
Universidade Federal de Santa Maria
97105-900 Santa Maria, RS - Brazil
First Listing.

Residue Management in Universities continues to be a slightly discussed issue in Brazil and throughout Latin America. In stride with current world trends dealing with environmental issues, Brazilian Universities, today, are involved in developing and improving their own Residue Management Programs.

At this moment, the Federal University of Santa Maria, in promoting this first International Symposium on Residue Management in Universities, is seeking to generate an open forum for the discussion and exchange of information and strategies in this critical area of environmental concern. Professional experts and other individuals representing academic, industrial and technological interests from the European Community and throughout Latin America will come together to share their mutual interests and concerns.

The Montevideo Group of Universities (AUGM), a university consortium involving 15 main institutions in MERCOSUL, will at the same time be holding its annual Presidents Meeting to show support for this environmental concern and its interest in promoting and broadening institutional linkages. Initial Symposium support comes from both the German Carl-Duisberg Foundation and the Deutscher Akademischer Austauchdienst (DAAD).

Confirmed Speakers
Prof. Müfit Bahadir, University of Braunschweig, Germany
Prof. Martin Pitt, University of Sheffield, England
Prof. Peter Krauss, University of Tübingen, Germany
Dra. Roswitha Meyer, University of Tübingen, Germany
Dr. Jürgen Steck, University of Freiburg, Germany
Dr. Vicens Martí, Politechnical University of Catalunya, Spain

Organizing Committee
Ayrton F. Martins - Chairman
Dieter Bredemeier
Djalma Dias da Silveira
Érico M. de Moraes Flores
Iara Barbosa Ramos
Isaias Salin Farret
Martha B. Adaime
Roni F. Freitas Mori
Phone: + 5555 220 8755
isrmu@www.ufsm.br
home page: www.ufsm.br/isrmu

Activities
Conferences
Mini-Conferences
Round Tables
Poster Sessions
Coordinated Sessions

Registration

Further details and registration procedures will be quickly forthcoming in the 2nd Listing of this event.

Languages
English, Spanish and Portuguese

Support
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria)
AEBA-SM (Associação de Ex-Bolsistas da Alemanha - Núcleo Santa Maria)
CDG (Carl-Duisberg Gesellschaft)
DAAD (Deutscher Akademischer Austauchdienst)
AUGM (Associação de Universidades do Grupo de Montevidéo)
CRQ V (Conselho Regional de Química da 5ª Região)
CREA (Conselho Regional de Engenharia, Agronomia e Arquitetura)
SEMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente)
FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental)
PRT (Prestação de Serviços de Limpeza Ltda.)
AGIH (Associação Gaúcha de Profissionais em Controle de Infecção Hospitalar)




6. II Encontro Nacional de Segurança em Química (II ENSEQUI)

Encontram-se abertas as Inscrições para o II Encontro Nacional de Segurança em Química (II ENSEQUI) que ocortrerá de 11 a 13 de Setembro nas dependências da UFRGS em Porto Alegre.

O Prazo para envio de resumos e para inscrições com preços promocionais vai até 19/07.

Informações e material de inscrição:

http://www.iq.ufrgs.br/ensequi/

Na página, no Campo "Links" você encontrará uma relação de Hotéis selecionados em Porto Alegre e igualmente estará disponível em versão pdf o Livro "A Segurança no Laboratório" elaborado pela área de Eduacação Química do IQ-UFRGS e do Centro de Ciências do RS.

Fonte: Prof. Dr. Eduardo Rolim de Oliveira
Departamento de Química Orgânica
Instituto de Química - UFRGS
Porto Alegre, RS - BRASIL
E-mail: eroliv@iq.ufrgs.br




7. Inovação tecnológica, o único caminho, artigo de Roberto Nicolsky

O discurso convencional sobre o comércio exterior brasileiro, que atribuía ao câmbio valorizado as dificuldades de aumentar as exportações, tornou-se insustentável a partir de 99. Desde então, embora a taxa cambial tenha sido depreciada em mais de 100%, o ritmo das exportações se manteve estagnado e, ultimamente, vem até caindo.

O câmbio desvalorizado aumentou a nossa oferta de produtos básicos (commodities), derrubando seus preços. Exportamos maior quantidade pelo mesmo valor. E não temos perspectiva a curto prazo de redução do custo Brasil, pois isso depende em grande parte de uma reforma tributária politicamente difícil no momento.

O que nos falta para exportar os produtos de alto valor agregado - os chamados 'manufaturados dinâmicos', que representam hoje mais de 60% do comércio internacional?

Setores do governo e candidatos à Presidência falam em intensificar os esforços de venda, criar órgãos específicos para comércio exterior (ministério, secretaria), promover melhor nossos produtos, construir a marca Brasil etc.

Mas nem governo nem candidatos falam do óbvio: os consumidores externos não querem comprar os nossos manufaturados porque são produtos tecnologicamente atrasados, salvo as exceções de sempre.

Precisamos construir novo modelo de crescimento, sustentado pelas inovações tecnológicas no setor produtivo; usar a mesma criatividade de cada lance de gol da seleção brasileira para agregar vantagens e valor aos nossos produtos, processos e serviços.

Por vezes isso se resume a coisas simples e de rápida implementação, como novo material ou algum pequeno dispositivo que faça o produto mais eficiente para o consumidor. Esses pequenos incrementos, incorporados continuamente, constituem mais de 97% das patentes no mundo.

As inovações que usamos são, em geral, adquiridas fora ou licenciadas do exterior, o que acentua a nossa dependência tecnológica, levando-nos, segundo a ONU (Pnud), ao 43º lugar na 'copa da tecnologia'.

Apesar de termos gasto nessa área, em 2001, mais de US$ 3 bilhões - 15% do déficit em conta corrente -, só adquirimos tecnologias ultrapassadas, não-competitivas.

É urgente nos tornarmos campeões em inovações, pelo menos entre os países emergentes. Em 2001, no placar das patentes registradas nos EUA, levamos uma enorme goleada: Coréia 3.538 x 110 Brasil. Foi ainda pior com a pequena Taiwan, que emplacou 5.371 patentes.

Precisamos oferecer produtos que sejam procurados pelos consumidores globais, como os celulares e os monitores da Coréia, os chips de Taiwan, os fármacos da China ou os softwares da Índia, para citar só países emergentes.

É certo que temos os aviões, mas esse mercado é restrito, é pouco para as dimensões do nosso país e as necessidades de crescimento do nosso povo. Deveríamos exportar pelo menos como Coréia e Taiwan, que colocam no mercado internacional cerca de US$ 150 bilhões anuais.

O modelo para crescer internamente deve ser o mesmo, pois hoje os mercados são globalizados e estamos competindo dentro de casa com aqueles que precisamos derrotar também lá fora.

Ao fazer crescer as exportações, estaremos ampliando, inexoravelmente, a nossa produção, gerando empregos e renda. E ao fazê-lo pela via das inovações, estaremos criando empregos mais qualificados, valorizando a nossa criatividade e elevando o salário médio da população. Portanto distribuindo renda.

O modelo de crescimento focado na inovação tecnológica realizada pelo setor produtivo vem sendo utilizado com sucesso, nos últimos 30 anos, pela Coréia e por Taiwan, países que hoje têm renda per capita quatro vezes superior à nossa. E começa a ser implementado pela China, Índia e Rússia, todas em rápido processo de desenvolvimento.

O que nos falta para seguir o mesmo caminho? Se precisamos reverter uma tendência predatória de dependência tecnológica, então faltam-nos políticas públicas que, através da parceria no risco, estimulem o setor industrial a universalizar a criação de inovações tecnológicas no país, para tornar os nossos produtos, processos e serviços mais competitivos em nível internacional.

Só na Coréia são mais de 8 mil indústrias e quase 200 institutos envolvidos em programas de inovações.

O setor industrial brasileiro, através da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica, a Protec, recém-criada por cinco das maiores federações e dez das principais entidades setoriais da indústria, está procurando fazer a sua parte, organizando o 1º Encontro Nacional da Inovação Tecnológica para Exportação e Competitividade (Enitec), amanhã e depois de amanhã, no RJ [quinta e sexta-feira].

Trata-se de um fórum que buscará, com a participação dos órgãos do governo e das instituições de pesquisa, os meios para construirmos um modelo centrado na inovação tecnológica, pois esse é o único caminho que pode assegurar um crescimento sustentado ao país.

Nota do Editor: Roberto Nicolsky é professor do Instituto de Física da UFRJ, membro do Conselho Empresarial de Tecnologia da Federação das Indústrias do RJ e diretor da Protec (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica). Artigo publicado na Folha de SP, 3/7.




8. Cresce o número de pedidos de patentes no Brasil

Os pesquisadores brasileiros estão despertando para a necessidade de patentear seus inventos. O número de pedidos de patente depositados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) cresce a cada ano.

Das 22 mil solicitações feitas no ano passado, 6,2 mil foram feitas por brasileiros. Em 2000, eles foram responsáveis por 5,8 mil dos 20 mil pedidos que chegaram ao Inpi.

No Brasil, a elaboração e o depósito de um pedido de patente custa cerca de R$ 3 mil, entre honorários e taxas oficiais. No exterior, o custo apenas do depósito está em torno de US$ 2.500,00, crescendo consideravelmente caso a elaboração do pedido seja realizada por um especialista no exterior.

Antonella Carminatti, advogada de propriedade industrial do Castro, Barros, Sobral, Vidigal e Gomes, menciona que, apesar dos custos envolvidos, o sistema de patentes recompensa o inventor de maneira engenhosa.

O benefício financeiro da patente é percebido somente quando os direitos de excluir terceiros são exercidos, tanto por meio de licenciamento (em troca de royalties) para outros praticarem a invenção, como pela comercialização, pelo titular da patente, do produto ou do processo patenteado.

A patente, assim, permite que aqueles que arcaram com o risco financeiro inicial em P&D estejam em vantagem competitiva em relação àqueles que nada investiram .

Ainda segundo Antonella, o entendimento das regras da propriedade industrial (particularmente, da violação de direitos de patente) é importante, mesmo para as empresas que não tenham como prática atuar no patenteamento dos seus produtos.

O desenvolvimento de um produto pode se tornar um pesadelo quando se descobre, só no estágio de sua introdução no mercado, que a sua comercialização é impossibilitada pela existência de patente de propriedade de outra empresa. O desastre é ainda maior quando uma empresa chega a colocar no mercado um produto que está sob patente de terceiros .

Para Antonella, é fundamental, já na época do depósito do pedido de patente, que o depositante tenha claramente definido o escopo da proteção que ele deseja obter, de forma a assegurar o respeito de terceiros à sua patente.

Tal conhecimento permite avaliar o efeito da estrutura das reivindicações originais e das modificações feitas, em conseqüência do procedimento do exame do pedido, sobre a capacidade de gerar lucro pela patente concedida.

O valor comercial de uma patente depende, em parte, do escopo das suas reivindicações.

Se um concorrente puder competir com o titular de uma patente em relação ao produto patenteado, sem violar os direitos sobre o objeto definido nas reivindicações, então os direitos exclusivos do titular perdem o significado, diz Antonella.

Neste tocante, eventuais problemas podem ser minimizados pela habilidade do especialista em patentes durante a redação do pedido e, especialmente, a elaboração das reivindicações, cita Antonella.

Antes de negociar com potenciais parceiros interessados em comercializar a tecnologia protegida, faz-se premente a assinatura de acordo de confidencialidade entre as partes, para preservar o sigilo das informações que serão trocadas durante a etapa de negociação.

Além de buscar auxílio com um profissional qualificado, pesquisadores de algumas instituições no país podem recorrer aos núcleos especializados no assunto existentes nas mesmas, com o intuito de apoiar e orientar pesquisadores/inventores da instituição.

Entre instituições que contam com essa facilidade cita-se a Embrapa, Fiocruz, Unicamp, US, UFMG, UFRJ e UFRGS. A Fundação de Amparo à Pesquisa de SP (Fapesp) mantém o Núcleo de Patentes e Licenciamento de Tecnologia (Nuplitec), para orientar pesquisadores cujos projetos tenham financiamento da Fapesp.

Fonte: Assessoria de Coomunicação do Inpi



Secretaria Geral SBQ


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