SBQ - BIÊNIO (2002/2004) BOLETIM ELETRÔNICO No. 332




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Veja nesta edição:
  1. Último boletim eletrônico antes da 25aRASBQ
  2. Local de Abertura da 25aRASBQ
  3. Trechos do livro "Derivados Carbonilados, Iminas e Nitrilas" encontra-se disponível na pagina da Divisão de Quimica Orgânica
  4. Volume 13, número 3, 2002 J. Braz. Chem. Soc. já disponível on-line
  5. Morreu nesta quinta-feira José Reis
  6. A questão da propriedade intelectual, editorial da 'Gazeta Mercantil'
  7. Nova droga destrói placas de Alzheimer


1. Último boletim eletrônico antes da 25aRASBQ

Prezados colegas,

Este é o último Boletim Eletrônico enviado antes da 25aRASBQ. Eventualmente poderemos divulgar alguma notícia em caráter de urgência, caso necessário.

Desejamos a todos uma excelente viagem até Poços de Caldas e que todos tenham lá uma super agradável estadia.

A programação da reunião está rica e diversificada e esperamos que todos aproveitem ao máximo todas as atividades programadas.

Mais uma vez, gostaria de agradecer em nome da Diretoria e do Conselho da SBQ, assim como da Comissão Organizadora da 25aRASBQ, toda a ajuda, compreensão e colaboração dos colegas sócios e não sócios da SBQ nestes dois anos de gestão.

Boa viagem de ida e volta a todos e tenham uma excelente estadia em Poços.

Luiz Carlos




2. Local de Abertura da 25aRASBQ

Prezados colegas da SBQ,

Em virtude do elevado número de inscritos na 25aRASBQ e com o objetivo de melhorar a cerimônia de abertura, com um espaço mais amplo e mais aberto, este ano faremos a abertura da reunião anual em outro local.

O local escolhido foi o Hotel Nacional Inn Vilage (CENACON) (http://www.vilageinn.com.br), localizado a cerca de 5 minutos do Hotel Palace, no centro de Poços de Caldas.

Lá tem um amplo estacionamento e todos que estão indo de carro a Poços podem ir tranquilamente.

Para aqueles que precisarem teremos 5 ônibus indo e voltando para o hotel entre as 19:00h e 20:00h. Estes ônibus estarão saindo da Praça Pedro Sanchez, que fica entre o Cassino e o Hotel Palace.

Aos colegas que estão vindo de suas Instituições em ônibus, e no caso deste ônibus permanecer em Poços de Caldas durante a reunião, solicitamos que se organizem no sentido de utilizar este ônibus para o transporte até o local de abertura da reunião. Isto facilitará o trabalho da comissão organizadora.

Para você que vai de carro ou ônibus, entre no site do Hotel Vilage (www.vilageinn.com.br/vilage/index.htm) e clique em "Localização". Lá você encontra um mapa, com as informações de como chegar ao Hotel.

Mais informações serão passadas esta semana ou no dia 20, durante a retirada da pasta da reunião.




3. Trechos do livro "Derivados Carbonilados, Iminas e Nitrilas" encontra-se disponível na pagina da Divisão de Quimica Orgânica

A Divisão de Química Orgânica tem o prazer de informar que trechos do livro "Derivados Carbonilados, Iminas e Nitrilas", de autoria dos profs. Paulo R. R. Costa, Ronaldo A. Pilli, Sergio Pinheiro e Mario L. A. A. Vasconcellos encontra-se disponível para consulta na pagina da Divisão de Quimica Orgânica (www.sbq.org.br/divcientificas/DIV-DQO/index.htm).

A disponibilização desse material, com trechos representativos de alguns capítulos da obra, visa apresentar aos colegas algumas das idéias centrais que orientaram os autores (abordagem atual e integrada de estrutura e reatividade química, incorporando aspectos da química em sistemas biológicos) e colher opiniões, sugestões e críticas que deverão enriquecer a versão final do livro, prevista para o 2o semestre deste ano.

Atenciosamente,

Paulo Roberto R. Costa e Ronaldo A. Pilli

Nota do Editor: Na homepage da divisão, clique no link "SBQ/LivroQO". O texto está em formato PDF.




4. Volume 13, número 3, 2002 J. Braz. Chem. Soc. já disponível on-line

Temos a satisfação de anunciar que o número 3, Volume 13, do J. Braz. Chem. Soc., 2002, já está disponível desde o dia 16 de abril de 2002 dentro do NOVO sítio da revista:

jbcs.sbq.org.br/jbcs/2002/v13_n2/index.htm

Para receber sempre o aviso de um novo número disponível on-line, assine o Alert disponível também na nossa página, jbcs.sbq.org.br/mailman/listinfo/jbcs-aler.

Divulgue entre seus colegas, dentro e fora do Brasil, este serviço, ajudando o JBCS a ser cada vez mais conhecido e reconhecido no mundo científico.

Os assinantes devem receber seus exemplares em breve.

Este número contém 13 artigos e 1 "short report" totalizando 104 páginas.

Submeta seus trabalhos para publicação no JBCS! Aproveite também a oportunidade para tornar-se assinante do JBCS se você ainda não é, ou de garantir uma assinatura para a biblioteca de sua Instituição.

Mais informações sobre a revista podem ser encontradas no NOVO website jbcs.sbq.org.br. Visite-o e nos ajude a aprimora-lo, enviando sugestões, criticas e eventuais correções no novo canal interativo, um "Survey" que nos ajudará a melhorar o JBCS a partir da sua opinião.

Vamos continuar trabalhando juntos para aprimorar nossa revista cada vez mais!

Editores do J. Braz. Chem. Soc.




5. Morreu nesta quinta-feira José Reis

José Reis nasceu em 1907, no Rio, e já aos 17 anos receberia seu primeiro - de muitos - prêmio, 'Pantheon', por ser um dos melhores alunos do Colégio Pedro II. Em 25, ele entrava para a Faculdade Nacional de Medicina, na cadeira de microbiologia. Cinco anos depois José Reis terminava o curso já empregado como bacteriologista do Instituto Biológico.

Em 36, depois de um estágio no Instituto Rockfeller, nos EUA, José Reis lança seu primeiro livro, 'Tratado de Ornipatologia', em colaboração com Paulo Nóbrega e Annita Swenson Reis.

Em 41, ele participa da reorganização da Secretaria de Agricultura e desse trabalho surge seu segundo livro, 'Rasgando Horizontes', desta vez em parceria com C.B.Schmidt. Em 43 aceita o convite, feito pelo interventor Fernando Costa, de dirigir o Depto. de Serviço Público do Estado de SP.

Em 47 inicia sua saga como divulgador da ciência - trabalho que nunca mais deixaria de fazer - escrevendo nos jornais 'Folha da Noite' e 'Folha de SP'.

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência nasce em 1948 e, claro, tinha José Reis como um dos propulsores. Além dele outros cientistas de peso como Jorge Americano, Maurício Rocha e Silva, Paulo Sawaya, Gastão Rosenfeld, José Ribeiro do Vale e F.J. Maffei. No ano seguinte funda e torna-se editor da revista 'Ciência e Cultura'.

Em 1955, inicia participação na Revista 'Anhembi', com a coluna 'Ciência de 30 dias'. Em 58 aposenta-se no Instituto Biológico, recebendo o título de Servidor Emérito. No mesmo ano funda, com José Nabantino Ramos e Clóvis Queiroga, a Editora Instituição Brasileira de Difusão Cultural (Ibrasa), onde lança, segundo ele, os 'livros-fermento, que tragam idéias novas e provoquem debate'. Em 1962, assume a direção de redação 'Folha de SP', onde fica até 67. Outra láurea ganha por José Reis foi, em 62, o Prêmio Governador do Estado de SP de Jornalismo Científico.

A educação também era uma de suas preocupações e, em 1963, em reunião da ONU em Genebra - sobre C&T - apresenta relatório sobre a posição da Ciência no ensino.

Em 64 mais um prêmio: John R. Reitemeyer de jornalismo científico, conferido pela 1a vez pela Sociedade Interamericana de Imprensa e pela União Panamericana de Imprensa. Quatro anos depois publica, pela editora Ibrasa, o livro 'Educação é Investimento', com prefácio de Alceu Amoroso Lima.

Em 1972, o cientista e jornalista volta a dirigir a Revista 'Ciência e Cultura', da SBPC. Ele ainda receberia o prêmio Kalinga, da Unesco, e seu nome seria instituído, pelo CNPq, como prêmio concedido aos divulgadores de ciência, o já tradicional Prêmio José Reis de Divulgação Científica. Também foi homenageado em 92 pela Universidade de SP dando nome, na Escola de Comunicações e Artes, ao Núcleo José Reis de Divulgação Científica.

O presidente da Associação Brasileira de Divulgação Científica e coordenador de divulgação do Núcleo José Reis de Divulgação Científica, Crodowaldo Pavan, lamenta o falecimento do amigo e lutador: 'A sociedade brasileira sofre uma grande perda. Perdemos a presença de um dos mais notáveis representantes da intelectualidade brasileira, um cidadão exemplar que acreditava na juventude e que com sucesso forneceu a ela as bases culturais para ter uma vida intelectual positiva. José Reis é para nós um imortal, pois nos deixa hoje, como pessoa viva, mas nos deixa também sua contribuição intelectual, que sem dúvida é perene e vai continuar a influenciar de forma positiva e ativa a formação da cultura brasileira. Ele está conosco, vamos continuar usufruindo de seus ensinamentos e idéias, pois isto nos dá a esperança para vivermos em um mundo melhor.'

O enterro de José Reis será nesta sexta-feira, dia 17, às 10h, no Cemitério SP, em Pinheiros, na capital paulista. Crodowaldo Pavan estará representando o presidente do CNPq, Esper Cavalheiro.




6. A questão da propriedade intelectual, editorial da 'Gazeta Mercantil'

A questão da propriedade intelectual e do direito autoral passa a ter uma nova relevância em razão das tecnologias de digitalização da informação. Essa tecnologia tem permitido a ampliação da prática de fazer cópias ilegais de produtos e serviços decorrentes da produção intelectual. Tal situação gera novos mecanismos de barganha em relação às negociações no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC).

Com a queda generalizada dos preços das commodities e dos produtos manufaturados, provocando crescente onda de protecionismo no mundo, os bens derivados da produção intelectual começam a se constituir em novo instrumento de negociação no mercado internacional. A recente atitude dos EUA de ameaçar denunciar o Brasil na OMC por prática de pirataria é um exemplo do uso desse mecanismo de barganha.

Como o noticiário tem demonstrado, o governo dos EUA adotou uma série de medidas de protecionismo que afetam o Brasil, como a imposição, há dois meses, de taxa de 30% sobre as importações de determinados tipos de aço brasileiro. Os danos às exportações brasileiras, em conseqüência, são calculados em até US$ 400 milhões.

Esse comportamento dos EUA foi reforçado nesta semana com a aplicação de tarifas de 43% nas compras de aços laminados a frio. O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) calcula que no ano passado a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Usiminas e a Cosipa venderam juntas para os EUA 186 mil toneladas de bobinas e chapas laminadas a frio, num total de US$ 54,5 milhões. A nova taxa praticamente fecha o mercado.

O resultado das reações ao protecionismo dos EUA começa a aparecer. A OMC decidiu que os americanos transgridem regras internacionais ao impor direitos compensatórios sobre o aço comprado de siderúrgicas que receberam subsídios antes de serem privatizadas. Em resposta a queixa da União Européia, a OMC estabeleceu que, ao serem vendidas pelo valor do mercado, esses subsídios foram eliminados.

Uma segunda resolução contra empresas dos EUA é ainda mais sugestiva, por ter sido tomada por uma entidade americana, a Comissão Internacional de Comércio (ITC, em inglês). De acordo com a decisão, foi julgada improcedente a queixa de que fabricantes de tubos de aço sem costura teriam prejudicado siderúrgicas americanas com a prática de dumping - acusação muito usada para justificar o protecionismo.

Os queixosos pediam a imposição de tarifas de 40% a 140%. A decisão envolve um mercado de aproximadamente US$ 2,2 bilhões e beneficia 13 países, inclusive o Brasil, para o qual fora pedida uma taxação de 61,63%.

A onda protecionista norte-americana tem sido criticada até mesmo dentro dos EUA. Um exemplo é a posição adotada por jornais e economistas americanos contra a aprovação da nova lei agrícola, que beneficia grandes produtores rurais com pesados subsídios.

O Brasil estuda a possibilidade de questionar na OMC os subsídios dados, ainda na lei agrícola anterior à atual, aos plantadores de soja norte-americanos. A reação dos EUA foi acusar o Brasil de violar o Acordo de Propriedade Intelectual Relacionada ao Comércio (Trips, em inglês) por desrespeitar o direito do autor, não combatendo de forma efetiva a pirataria.

A vinculação dos dois assuntos é uma questão diplomática que compete ao Ministério de Relações Exteriores resolver. O ministro Celso Lafer deixou claro que a posição americana não vai fazer o Brasil desistir do contencioso sobre a soja. O processo para entrada na OMC vem sendo trabalhado desde o ano passado. Tanto cuidado é necessário para permitir que o pleito tenha consistência jurídica, pois inova quando procura demonstrar que o protecionismo causa prejuízos também pela diminuição do mercado potencial do Brasil.

A reação americana não surpreendeu a diplomacia brasileira. No Itamaraty, observa-se que o tema é trazido à mesa de negociações em todas as reuniões sobre contenciosos entre os dois países. Considera-se inclusive perfeitamente previsível o seu uso pelos EUA como instrumento de negociação.

É importante para o Brasil a proteção dos direitos dos autores nacionais. Mas é preciso estar alerta para que a defesa da propriedade intelectual não se transforme em instrumento de barganha para práticas protecionistas. Para isso, torna-se necessário identificar mecanismos adequados para a regulação da produção intelectual, em decorrência dos impactos das tecnologias de digitalização.

Fonte: Gazeta Mercantil, 16/5




7. Nova droga destrói placas de Alzheimer

Utilizando um novo medicamento, uma equipe de cientistas liderada pelo britânico Mark Pepys conseguiu diminuir o acúmulo de proteínas que causa doenças como o mal de Alzheimer e o diabetes tipo 2.

A descoberta abre a possibilidade de um novo tratamento para essas doenças degenerativas. Segundo declarou à 'Folha', Pepys, da Royal Free and University College Medical School, de Londres, nas próximas semanas a droga começará a ser testada contra a doença de Alzheimer, 'num pequeno estudo de alguns poucos pacientes'.

O trabalho, publicado na edição de hoje da revista científica 'Nature' (http://www.nature.com), mostrou bons resultados no tratamento de uma doença semelhante, a amiloidose.

Essa doença consiste no depósito anormal em órgãos e tecidos do corpo de uma substância protéica insolúvel, a amilóide, que resulta de defeitos em uma proteína normal do sangue chamada SAP.

'Tenho trabalhado com a SAP do sangue desde 75 e descobri em 97 a razão pela qual ela gruda nos depósitos amilóides', diz Pepys. Outra descoberta importante dele ocorreu em 1984, quando ele identificou o primeiro material quimicamente definido que era reconhecido pela SAP. 'Mostrei que essa pequena molécula poderia remover a SAP dos depósitos amilóides em tecidos removidos do corpo', afirma o pesquisador.

Sem interesse

Apesar de Pepys ter sugerido então que essa molécula poderia servir de base a um tratamento da amiloidose, 'as indústrias farmacêuticas não mostraram interesse em desenvolver um tratamento para essa doença rara'.

Para surgir o interesse foi preciso que nos anos 90 se conhecesse melhor a relação da substância amilóide no cérebro e o desenvolvimento da doença de Alzheimer, uma doença mais comum. Pepys pôde então convencer a companhia Hoffman-La Roche a colaborar na descoberta da droga que agora é anunciada na 'Nature'.

A droga já está sendo usada para tratar pacientes com amiloidose. Analisando a descoberta em um artigo na mesma edição da revista científica, Leslie Iversen, do King's College de Londres, afirmou que o uso da droga tem potencial para tratamento dos distúrbios de amilóide, e, possivelmente, do mal de Alzheimer.

Apesar de a proteína SAP ser um componente normal do sangue, a diminuição dos seus níveis trazida pela droga nos pacientes não apresentou efeitos colaterais.

Segundo outros estudos recentes, as modificações nas proteínas e o acúmulo de depósitos amilóides pode acontecer lentamente, até mesmo dez a 20 anos antes de aparecerem sintomas de doença.

Mas o fato de esses depósitos estarem sendo vistos agora como uma causa e não consequência da doença pode tornar o novo tratamento algo de fato eficaz.

A União Européia também deu uma nova esperança aos portadores do mal de Alzheimer nesta quarta-feira, ao apresentar seu orçamento científico para os próximos cinco anos. Pela primeira vez, uma parcela dos recursos -que são de US$ 15,9 bilhões- será destinada à pesquisa com células-tronco.

Esse tipo de célula, capaz de se transformar em virtualmente qualquer tecido do organismo, é uma promessa no tratamento de doenças degenerativas, como o Alzheimer. Seu uso ainda é polêmico em alguns países.



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