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CNPq - 65 anos apoiando o desenvolvimento cientifico e tecnológico do Brasil

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) completou nesse domingo, dia 17, 65 anos de fundação.

Criado em 1951, pelo Almirante Álvaro Alberto, com o compromisso do fortalecimento científico e tecnológico em todas as esferas do conhecimento, o CNPq é a única agência de fomento de abrangência nacional que, ao centrar a sua ação nos pesquisadores, estudantes, divulgadores, extensores de conhecimento, estabelece relações únicas e pessoais com cidadãos criadores em todo o país.

Sua atuação representou, no ano de 2015, um total de 101.772 bolsas concedidas (92.352 no país e 9.420 no exterior), além de 10.052 auxílios à pesquisa.

Atualmente, a agência conta com 12.735 bolsistas de Produtividade em Pesquisa, o mais alto nível de pesquisadores do CNPq. 

Na tarde desta segunda-feira, 18, haverá uma cerimônia de celebração dos 65 anos, com a presença do Presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, e a Secretária Executiva do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), Emília Curi.

O evento acontecerá às 15h, na sede do CNPq, em Brasília.

História

A ideia de criar um órgão federal que pudesse fomentar a ciência brasileira surgiu na década de 20 quando integrantes da Academia Brasileira de Ciência discutiam a necessidade de criação de uma entidade governamental que estimulasse o desenvolvimento cientifico e tecnológico do Brasil. 

Entretanto, foi a partir do pós-guerra que a produção científica passou a ser ponto chave nas estratégias do jogo político internacional. Esse movimento se intensificou no Brasil quando o almirante Álvaro Alberto propôs a criação de um Conselho Nacional de Pesquisa com a finalidade de promover e estimular o desenvolvimento da investigação científica e tecnológica, bem como a formação de pesquisadores e técnicos e o intercâmbio com instituições estrangeiras.

No ano de 1964 teve seu estatuto alterado para incorporar a formulação da política científica e tecnológica nacional em conjunto com outras instituições do país. O governo militar estimulava a formação de profissionais especializados para a indústria e o fortalecimento do aparato técnico-científico ao projeto modernizador do regime.

Em 1972 passou a ser o órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que pretendia concretizar programas e projetos, além de incentivar a pesquisa no setor privado e nas chamadas economias mistas. E em 1974, por meio da Lei Nº 6.129, passou a ser designado Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

A Partir da década de 1980 o CNPq amplia sua atuação operando em diversas frentes, buscando descentralizar o gerenciamento das atividades de C&T com a implementação dos Sistemas Estaduais de Ciência e Tecnologia (SECT's) e igualar o tratamento das ciências humanas e sociais aplicadas, com a introdução de novas áreas de conhecimento nas atividades de fomento. Nesta década surge o Prêmio Jovem Cientista e é implementada a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), responsável pela implantação da internet brasileira.

Em 1985, com a criação do Ministério de Ciência e Tecnologia, o CNPq passa a ser vinculado ao órgão que se tornou o centro do planejamento estratégico da ciência no Brasil. 

A década de 1990 traz uma nova era para o Conselho que começa a intensificar os esforços na atividade de fomento científico e tecnológico e incentivar, também, a inovação, abrindo campo para a iniciativa empresarial privada. Além disso, a partir de 1995 começa a promover e executar pesquisas visando os progressos social, econômico e cultural do País. É na década de 90, que o CNPq cria os instrumentos fundamentais para as atividades de fomento: a Plataforma Lattes e o Diretório dos Grupos de Pesquisa. 

Os anos 2000 chegam com a busca pela intensificação na participação, apoio e fortalecimento do Sistema de C&T, a partir do estabelecimento de parcerias com Fundações de Amparo à Pesquisa ou Secretarias de Estado. Em 2003 é criado a modalidade de Bolsa de Iniciação Científica Júnior e ampliado o número de bolsas nas diferentes modalidades. 

O primeiro Edital Universal do CNPq é lançado em 2007, tendo como objetivo apoiar projetos de pesquisa em todas as áreas do conhecimento. Em 2008 é lançado o Programa dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), com investimentos iniciais de R$ 582 milhões de diversas fontes. Em 2010 o CNPq lança a Plataforma Integrada Carlos Chagas. 

Em 2011 uma parceria entre os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), fomenta o programa Ciência sem Fronteiras em conjunto com a CAPES. O Programa busca promover e consolidar a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. O Programa concedeu mais de 101 mil bolsas em quatro anos, de 2011 e 2015.

Após décadas de investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico consolidou seu papel como executor de programas federais de financiamento a pesquisa. 

Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq