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CGEE conclui estudo sobre Programa de Iniciação Científica do CNPq

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), distribuídas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio de cotas, a instituições de ensino superior (IES) em todo o país, registrou aumento de 14,5 mil para 24,3 mil bolsas entre 2001 e 2013. 

Esse crescimento, no entanto, não acompanhou a expansão das matrículas de graduação no setor público e nem de pós-graduação. No mesmo período analisado, o número de matrículas no ensino superior cresceu 103%, enquanto as bolsas do Pibic tiveram um aumento de 92%. Os dados são estudo "A formação de novos quadros para ciência, tecnologia e inovação: avaliação do programa institucional de bolsas de iniciação científica" realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), cujos resultados foram divulgados em 25 de abril, no evento em que se comemorou o 66º ano de fundação do CNPq. 

A pesquisa avaliou a desconcentração espacial do número de bolsas Pibic – constatando queda na participação relativa das IES do Sudeste, por exemplo –; o impacto do Programa na formação de recursos humanos para pesquisa e seu efeito na redução do tempo médio de titulação de mestres e doutores. Observou que a participação no Pibic reduz o tempo entre a conclusão da graduação e o ingresso no mestrado, entre outros pontos avaliados.

A análise se completou com um estudo realizado com um grupo de bolsistas e orientadores do Pibic de uma unidade da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com o objetivo de avaliar o impacto do Programa na formação pós-graduada e inserção no mercado de trabalho. 

Constatou-se, por exemplo, que a pesquisa de iniciação científica relacionada e integrada ao projeto de investigação configura uma experiência mais rica para o aluno, estimulando o pensamento crítico e a criatividade, reforçando a escolha profissional e despertando o interesse pela pesquisa, entre outros quesitos. 

Mais da metade dos bolsistas (56%) declararam que as atividades de iniciação científica os levaram a ter contato com outra língua. Percentual semelhante (58%) teve oportunidade de divulgar suas pesquisas, ainda que apenas 19% tenham publicado os resultados. Neste grupo, 15% reportaram publicação em revistas internacionais. Entre os bolsistas consultados, 67% pretendiam cursar a pós-graduação. 

Para boa parte dos orientadores, o Pibic foi uma "ótima experiência" por ter criado oportunidade para o ensino de métodos e técnicas de pesquisa.

Além das bolsas Pibic, implantadas no final dos anos 1980, o estudo "A formação de novos quadros para ciência, tecnologia e inovação: avaliação do programa institucional de bolsas de iniciação científica" contemplou também as bolsas de iniciação tecnológica (Pibiti), criadas em 2007. 

A íntegra do estudo está disponível no endereço: 
https://www.cgee.org.br/documents/10195/734063/PIBIC-pdf.

Fonte: Agência FAPESP

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