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Boletim 11/junho 2011

Níveis de carbono atingem novo pico Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera alcançaram um novo pico, apesar da recessão econômica que ocorre em diversos países do ocidente e das promessas de vários governantes de cortar as emissões. Dados preliminares fornecidos pelo governo dos EUA mostram que os níveis de CO2 atuais, medidos em Mauna Loa, no Havaí, atingiram 394,97 ppm (em volume). Isto representa um aumento de 1,6 ppm em relação aos níveis do ano passado. A pesquisa surge após estimativas feitas pela Agência Internacional de Energia de que as emissões associadas à geração de energia foram as mais elevadas da história no ano de 2010. Cerca de três-quartos do excedente das emissões, no ano passado, vieram de países em desenvolvimento tais como China e Índia.

Esta tendência de aumento nas emissões tem alarmado climatologistas, que sugerem um valor máximo em torno de 400 ppm, caso realmente haja interesse das nações em evitar problemas climáticos mais graves. Segundo a Dra. Alice Bows, da Universidade de Manchester, estes dados evidenciam o caráter emergencial do problema; “os níveis de CO2 continuam crescendo, especialmente nos países em processo de industrialização. Caso China e Índia, particularmente, não trabalharem visando a descarbonificação de suas economias, os níveis de CO2 só poderão continuar crescendo no futuro próximo”. Apesar dos dados serem alarmantes e da proximidade da conferência das Nações Unidas sobre o clima, a ser realizada em Bonn, na Alemanha, nenhum acordo é esperado dadas as divergências existentes entre as nações ricas e pobres.

Fonte: environmentalresearchweb newswire (week 23) http://environmentalresearchweb.org/cws/article/news/46174 Contribuição do Prof. Marco Tadeu Grassi, UFPR