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Sessão Especial sobre os desafios ao desenvolvimento científico e tecnológico no país reúne Galembeck e Chaimovich na 39ª RA

Debate deve girar em torno da qualidade do ensino e a coordenação é do professor Eliezer Barreiro

Como é possível superar desafios ligados ao ensino de ciência, de modo a estimular mais e melhor as vocações dos alunos e trazer mais cabeças para o desenvolvimento tecnológico e científico? A pergunta quem faz é o professor Eliezer Barreiro, coordenador do LASSBio, do Instituto de Ciências Biomédicas, da UFRJ. As respostas virão dos renomados químicos Hernan Chaimovich (IQ-USP), presidente do CNPq, e Fernando Galembeck, da Unicamp, ex-presidente da SBQ. Eles farão parte da Sessão Especial "Desafios Atuais no Desenvolvimento Científico e Tecnológico", no dia 1 de junho, na 39ª Reunião Anual da SBQ, em Goiânia.

"A Sessão Especial chama a comunidade científica, sobretudo os mais jovens, a refletirem sobre seu compromisso social, através do trabalho, com o desenvolvimento sustentável do País", afirma Eliezer, coordenador da Sessão. "Os debatedores são dois nomes fundamentais na ciência brasileira e farão uma contribuição tremenda para esta reflexão", disse o professor, ao Boletim SBQ. 

Mesmo com todas as dificuldades conjunturais que colocam desafios, sobretudo financeiros, à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil, Eliezer acredita que a chave está na transformação do ensino. "A educação básica não estimula para a ciência. Isso é observado por ONGs e sociedades científicas internacionais", ressalta Eliezer. "Há um afastamento na formação científica dos jovens dos fundamentos experimentais. Esta defasagem se torna mais severa na formação dos professores e o resultado é que hoje o ensino de química é muito parecido com o que era no meu tempo de escola, mais de 50 anos atrás", explica o professor. 

Segundo Eliezer, o enfrentamento ao desafio da qualidade no ensino de ciências é responsabilidade da sociedade como um todo. "Esta iniciativa da SBQ deve refletir sobre outros atores que possam contribuir, como governo e a iniciativa privada. As empresas sabem que uma qualidade humana melhor se traduz em recursos humanos mais eficientes", afirma. 

Os participantes da Sessão Especial têm extensa folha de contribuições ao desenvolvimento da ciência brasileira. Antes de assumir o CNPq, no início de 2015, Chaimovich era coordenador do programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da FAPESP. Natural do Chile, onde se graduou em Ciências Farmacêuticas e Químicas, veio para o Brasil para fazer doutorado na USP. Foi diretor do Instituto de Química, chefe do Departamento de Bioquímica, implantou o curso de Ciências Moleculares, foi pró-reitor de Pesquisa e vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP. Foi também presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e é membro da Academia Brasileira de Ciência (ABC). 

Fernando Galembeck, professor e pesquisador da Unicamp, é um dos mais importantes nomes da química brasileira. Foi diretor do IQ-Unicamp, vice-reitor da Universidade, implantou e coordenou o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) e exerceu funções dirigentes na Academia Brasileira de Ciências (ABC), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise (SBMM), entre outras entidades.

 

A 39ª Reunião Anual da SBQ será no Centro de Convenções de Goiânia, de 30 de maio a 2 de junho de 2016.

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Texto: Mario Henrique Viana, assessor de imprensa da SBQ